terça-feira, 30 de dezembro de 2008

que som
se ri
quando se faz?
que som
se faz
quando se ri?

Vai-te e Lilith!

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Sai fora,Gina.

Não acho que viver seja melhor do que sonhar. Talvez o amor não seja uma coisa tão boa assim. Prefiro me perder entre letras e dedos do que no caminho que não se tem mapa: o do amor. Pensando bem, talvez seja a mesma coisa.

Continue sorrindo enquanto ainda há dentes.

Fugaz

Não tenho como fugir da vida por muito tempo. Nem de mim mesma.

domingo, 28 de dezembro de 2008

É que me faltam adjetivos.

Num campo verde, de grama verde, num céu azul existiam árvores. Na grama verde, em baixo do céu azul, existia vida. Da vida vinda do chão coberto de verde e do azul de cima nascia a árvore. Crescia, crescia, crescia até quase tocar o céu. O céu era baixo, se podia tocar com as pontas dos dedos, nas pontas dos pés sobre as pontas do chão. Ao alcançar, parecia estar se atravessando uma camada de gelatina que se rompia ao simples toque dos dedos e, do outro lado, sensação de menta.

Tudo flutuava aos tons cianos. Do céu baixo, de vez em quando chovia. Quando chovia era uma alegria. Podia se sentar à sombra daquelas árvores e observar delas crescer aqueles frutos. Em câmera lenta não tão lenta. Não tinham flores. Dos galhos das copas largas como uma saia rodada de bailarina, brotavam bolinhas cor de vinho de textura emborrachada que iam inchando à medida que a chuva caía, como uma esponja. De longe dava pra ouvir o barulho. Tinha barulho de vida. As bolas cresciam, cresciam. Algumas explodiam deixando o ar tomado pelo cheiro doce, outras ficavam lá esperando para serem colhidas.

Levantou da sombra e foi ao encontro da bola rubra. De tão grande, as duas mãos, (se tivesse mais, também) seriam necessárias para arrancá-la do galho. Com cuidado, fazia-se um furinho com o dedo e se rompia a camada emborrachada liberando todo o seu conteúdo. Por fora borracha. Por dentro gelatina. Uma fruta moderna com as tendências de materiais do atual século. É por que não se fazem mais adjetivos como antes. Seu conteúdo era sempre gelado. Como se tivesse saído da geladeira. Também, o vento vinha tão carregado de águas vindo de tão longe, daquele azul imenso refletido, que não vem daquele céu, que ás vezes penso que ao invés de sal, aquele azul era doce e não era doce por falta de sal e sim, por excesso de açúcar.

Prazer maior não existiria àquele de sentir escorrer pela boca aquela sensação gelada. Se tivesse espelho, seria engraçado enxergar-se com a boca vermelha feito sangue. Algo de se fazer inveja à qualquer vampirófilo. Escorria e não era pouco. Era fluído e escorria vermelho. Escorria gelado. Escorria lambuzado. Dava vontade de tomar banho. E esse era apenas um fruto. Uma bola cheia de (uma) cor e de sensações. Imagine viver de uma árvore dessas. Se naquele tempo o pudesse, faria piscina de refrescar com aquele sumo divino. Se bem que assim, como um tesouro descoberto, não gostaria que virasse a nova sensação dos últimos tempos desde a descoberta da maçã. Pobre maçã, não chega nem às raízes de vossa alteza avermelhada. A intenção era colher todas as bolas, colocá-las enfileiradas e ao deitar sobre elas, ser levada aonde o terreno quizesse (era meio inclinado). Só que estavam bem maduras, quase à ponto de explodir e foi assim que morri afogada. Por osmose.

O passado é ama*dor

Às vezes eu penso sobre pessoas más. Podem ser aquelas que não têm coração ou que já sofreram demais. E esse sofrimento não é comparável à um maior. Cada um sabe de si com antensidade que se é e que se tem. Não existe dor maior. Existe apenas dor. Tem gente que faz maldades com a dor, tem gente que não. Gente que morre, gente que mata, gente que se mata. gente que mata o horror. Gente que bebe, gente que joga sinuca, gente que se esconde detrás do telefone. Gente que reclama da maldade do mundo mas só o fato de existir já torna o mundo pior por achar que o sofrimento do outro é loucura. Não te lembras das noites que passou em claro lembrando de alguém? Ou chorando tragédias irremediáveis? Ou mesmo da maneira como a tua maldade pode ter deixado alguém tão infeliz quanto você? Se tu sofres, fazes parte. Não julgues a dor e nem o sofrimento como loucura. Louco é quem me diz e não é feliz na loucura, isso sim.Gente má é isso.Gente que especula, que sente prazer na dor, sua e de outréns. Gente má é aquela que não faz nada.Gente má é moldada pelo mundo.E olha só, é o mesmo mundo que você vive!


* Out 06

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Eu prometi.

Natal

Eu não vou escrever um texto depressivo sobre.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Sina

Era assim: sentada no banco de madeira desconfortável, sentia um vento que não conseguia explicar de onde vinha. a temperatura era amena. os raios solares chegavam às helicônias numa angulação que as deixavam com sombra no chão. tudo ao redor tinha cor de clorofila e marrom madeira. até o chão que tentava se desfarçar por desenhos, labirintos e mosaicos tinha tons já de antes conhecidos. Ao levantar o olhar podia se enxergar (a si mesmo) por entre as árvores, construções antigas, com traços e linhas vanguardistas. é, aqui já foi vanguardista na época de vanguarda. eu não cheguei a viver tal época mas estive em fotografias bem como muitos que conheço. Na época que eu era um incômodo, entre aspas, por não conseguir ficar sozinha, pessoas jogavam cartas como esporte. Uniam-se, conversava-se sobre política, sobre tendências esquerdistas, sobre como o mundo seria bom em 1999. Era um número bom, diziam eles: -Coisas boas, quando são repetidas, são melhores. E entre jogos, não de aposta, espumantes e cigarros, noites e dias iam e vinham enquanto alguém esperavam alguns em casa.
Por aquele chão, que agora é coberto por roupa nova, passou muita coisa. Passeatas, campanhas, manifestações, procissões, carnavais, setes de setembro, religiões, macumbas, cirandas, teatros, cordéis, poetas e poetisas, músicos e suas músicas. E como um flash, que veio com aquele vento e com o trabalhador que se diz cuidar de carros, voltei pra realidade ao som de um sino alto, agudo -potente até- que, diferente do que pensava ser: apenas uma reverberação, foi tocado durante quase 15 minutos. Nestes que me vi, com lágrima singular, sorrindo ao ver aqueles que me deram vida nova aos 20 anos. Ambos com uma pequena vida de mãos dadas firmemente ao subir a escada. Foi a primeira vez que ouvi o sino da catedral tocar.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

mesmo velho ano novo.

Se for pra passar a virada de ano longe de Rio Branco e das pessoas de Rio Branco e chegando lá só tiver as pessoas de Rio Branco que eu gostaria de ficar longe? Prefiro continuar em 2008.

Shivering

Singing loooooooouuddd and cle e ear.(8)


And it´s not for fear. it´s for hate.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Ir ( imperativo)

A cada nunca mais
Vejo o futuro presente
Se ontem foi pra sempre
Eu não posso esperar pelo amanhã
A dificuldade de largar tudo e ir embora
É o contraponto da insensatez
A carência que se confunde com a dor
E daí, vai ladeira a baixo
Sem freio nem pneu
E na contramão

E vai na contramão pro infinito
E vai, vai e volta pro início e eu fico
E vai, falando no infinito
E vai pro infinito que eu fico
pro infinito que eu fico.

É verd arte.

"Não sei se a arte pode mudar o mundo, mas se o mundo mudar foi por conta da arte."

Compra-se férias. Pode ser parcelada?

AVE(s)

Era um frango em meio aos pavões.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

fashhhhhhh


E eu, sinceramente, não tenho medo de me render à futilidades (há quem diga quando o contexto não satisfaz a quem não está inserido) do mundo bonito. Sei do que não gosto e sei do que não quero. De resto, como tenho dito, é só o que sobra.

Sobre a nova Biblioteca Pública do Acre

P-U-T-A-Q-U-E-P-A-R-I-U!


Posso voar.


contra fotos não há argumentos.

Compra-se férias.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Destino?

Pro passado: já!

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

eu dirijo sozinha
pensando sobre morte e vida
na vida da vida
nos mortos e nos vivos
nos sepulcros vazios
que fazem parte de um passado
que eu não fiz parte
e daqui a uns anos
me farei presente
no passado de outrém
nem que seja
apenas pela memória
dos velhos do além

Footless

O grande problema dos problemas de família é que são um problema.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Raindrops keep falling...

Antigamente a chuva que vinha até mim
Hoje eu que vou ao seu encontro
Vou em baixo da nuvem branca
Até me transformar numa nuvem negra.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Bon voyage

me sinto tão deprimida quanto um suco de limão.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

meu violão é desafinado com a vida.

¹/¹² avos

Sou cada vez mais pseudo intelectual
que vive em um pseudo mundo
que está prestes ao seu pseudo fim
cada vez mais passado
do que presente
mais bicho
do que gente.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

.

sou feita
de pedaços mil
que não se encaixam
se sobrepõem

sou feita de cabelos
pêlos mil
tenho testa tomada
por eles

minha cabeça
tomada por pedaços
que se afogam
na massa matiz
meio preta meio branca
meio termo

sou feita de medo
dentro da cabeça
coberta por cabelos

tenho medo do que vejo
e do que não vejo, também.
do que não vejo
procuro e acho

sou feita de anseios
dos quais
não sei quais são
nem mesmo se
um dia terei
além de cabeça
coração.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

e o que resta
é só o que sobrou.

Fantasma

E quando vem vigiar, olhar o que estou fazendo, faço o que mais sei fazer: ignoro, finjo que não existe o que muitas vezes não existe mesmo. Sinto o cheiro que deixa rastro pelo quarto e pelo corredor. cheiro de rua, mulheres e copos. Impossível não sentir. Exala pela pele e pela boca. Sinto nojo e sinto pena. Aquele é maior. Vai-te e deita-te no hotel de luxo que o custo é apenas um saco de pão fresco. Meias notas arrancadas com tanto ardor das mãos seladas. Vai-te e come do que sobra. É só o que sobra. E o que fica, pra quem fica, pouca gente se importa.

Mas que calor.

Desligar-se do mundo, mesmo não sendo por vontade própria, ás vezes é bom. Parece que deixa de existir quando não se dá aquela olhadinha no orkut, faz alguma atualização no blog, coloca uma foto no flickr, fotolog, escreve alguma besterinha no twitter. Pessoas existem apenas nesse mundo virtual. Se vc não faz parte dele, todos os dias, não faz diferença.O mundo continua o mesmo e as vidas também. Que mundo é esse que as pessoas estão mais preocupadas com a foto que vão colocar no álbum do orkut do que dar um telefonema pra perguntar se está tudo bem. É o mundo que eu ainda vivo e estou tentando mudar de residência.o mundo de espionagem, de monitoramento e de esconderijos, no qual estive imersa. afogada. Me deixa escrever minhas perturbações, anseios e frustrações. Afinal, não é pra isso que serve um blog? Lembro da primeira vez que ouvi falar sobre blogs. Eram diários virtuais, que poderia escrever sobre si e compartilhar com os outros, se assim quizesse. Tem gente que encara como confessionário, como tribunal e tem até gente que acha uma bobagem escrever. Eu não. E é por isso que por mais que esses modismos passem, a minha necessidade de escrever vai estar em todos os lugares, sejam eles públicos, ou não. digitais, manuais, mentais. lá estarão. independente de ninguém. E eu também terei um telefone ( pelo menos até agora) que faz e recebe ligações e até mensagens de texto. É disso que eu preciso: de mecanimos pra me expressar e de me fazer entender para as pessoas que importam. que eu me importo. não importa se a recíproca é verdadeira. não há sentimento melhor do que o gostar. não se espera nada em troca. das vezes que é frustrante, é recompensado por poder dizer poucas palavras que podem melhorar o dia de alguém.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

piano ao fundo

É como voar com asas quebradas e dar de cara com um muro. E nem fez barulho. Estranho. Não escorre sangue e nem se sente dor. Dó se sente ao ver vento a quebrar as barreiras do muro, das árvores, desviando por entre pássaros e mosquitos do ar. Passa por um copo de café e leva o calor consigo. passa pelo prato de sopa e pela cerveja do bar. Passa pela janela e acena : - olá.
Segue seguindo. Segue frio, segue ávido, segue feliz, fazendo frio ou calor ao chegar. Vai embora quando bem entende.Não dá satisfação e ainda leva as coisas que lhe bem entender consigo.

- Vento, por favor, me leva!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Do meu mundo.

Dessa vez sim: 3 dos mil que passaram por suas mãos se foram antes do tempo.

domingo, 9 de novembro de 2008

Nova

Pelo reflexo eu vejo o que não é tão certo
Falo coisas que nem eu acredito
Pra me conhecer
Pra me conhecer

Porque duvidar de si?
Mais fácil é acreditar nas outras
Nas outras mentiras
Pra te convencer
Pra te convencer

Eu não quero mais
Eu não quero mais
Eu não quero mais ir
Eu quero ficar aqui

Quero passar por buraquinhos

Peço um cigarro
Só pra vê-lo apagar
Me dá uma cerveja
Mas eu nem gosto
Eu nem gosto
Fecho os olhos pra poder enxergar
Por entre as brechas do olhar
Mas eu nem posso
Mas eu nem posso

Pra te convencer
Pra me conhecer
Pra te conhecer
Pra me convencer

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Brincanagem

Declaração descarada na cara mascarada, que quem não vê é por falta de convite, é sacanada. Bons tempos os que eu não me conhecia!

Vou indo

Destruindo.

domingo, 2 de novembro de 2008

Novembro segundo.

E veja só, o cheiro não é mais o mesmo do meu. O suor, antes de magia, deixa grudenta a pele que as vezes parece que de derretida, apodreceu. Tragam as flores e os terços, quartos e quintos dos infernos. Aqui , jazem pedaços mortos que esperam clemência dos transeuntes que passam por perto e, ao verem a movimentação,chegam mais perto pra dar uma olhadinha. Tragam bancos e cadeiras e assistam o fim de um ciclo sem fim. Ele não termina. Só dá voltas em si mesmo com a periodicidade desconhecida. Tragam-me frutas para as oferendas. Podres como os que as trazem. Tragam sorrisos congelados por dentes que fumam. Amarelos e fétidos, cujo fim já conheço. Tragam-me olhos grandemente petrificados, fundos de olheiras e de marcas da vida. Tragam dedos raquíticos, sujos de sujeira do mundo por onde pega, como os pés sujos por onde passam.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Gerúndio prafrentex

Costurando.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

.

E chovem pedras no teto.
Chovem pedras na minha cabeça.
Mas que vontade que dá olhar pra cima e ver as pedras caírem.
E chovem pedras com força.
Deixa eu fechar a janela
Antes que tudo aqui umedeça.

Presente

É o reflexo por entre vidros, por entre lentes, por entre mãos. Reflexo de vidas distantes, confusas e convergentes em alguns pontos. Legal é ligar esses pontos e formar um desenho que aos poucos eu vou descobrindo que desenho se forma. Pego na tua mão e conduzo o traço pro outro lado. Pega a borracha apaga o borrão que ficou. Lápis de cor não apaga. Ainda bem que é cor de nada. Cor de animal assustado. Faz a linha. Pega a corda. Amarra e guarda numa caixinha. Aquela na qual tu guarda só as coisas boas. Em cima da caixa, tem um laço verde cana.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Allowed

Só aqui a réplica é permitida. É lida, logo imagina-se a voz dizendo. É ouvida, portanto, algum efeito terá. Nem que seja o de sempre. Mas terá. Só aqui a voz não se pausa. Só com ponto. Só aqui o passado não pode ser apagado. Quer dizer, até pode. Mas só aqui.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Diálogo.

-Eu a declaro culpada e sua sentença será de 7 anos de prisão no silêncio da dor. Acompanhada daquela que escorre quente e lentamente. Desta e somente desta.

-O que me sobra?

-Um desejo.

-Desejo morrer e viver denovo.

- Impossível. Ou uma coisa ou outra.

- Desejo morrer pelo menos.

- Morrer mais ou morrer menos?

- Apenas morrer.

- A troco de quê? Morrer dá trabalho.Morrer dói.

- Aposto que não dói mais do que viver. Quando se morre não tem como voltar à vida. A não ser que se vá para o paraíso eterno, lugar que eu duvido muito que iria. É um outro conceito de vida. Mas quando ainda se vive, de mais ou de menos, há possibilidade de se morrer. Várias vezes ou uma vez só.

- E você quer quantas vezes?

- Pelo tanto que tenho morrido, não sei se me restam muitas ainda.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Testículos

É uma batalha constante. Guerras homéricas. Sangue. Fluidos corporais. Cheiros putrefatos. Verde cor de lodo.Vermelho cor de sangue. Azul cor de céu. Escuro cor de chuva. Amarelo cor de lua cheia. Cinza cor de janela agora, porque de dia é marrom desbotado pela própria chuva cor escura, que é escura só de noite. De dia é azul claro. Azul claro da cor do céu de dia quando não tem nem sinal de chuva. No céu de dia, a nuvem branca passa a ser azul escuro de novo assim que no relógio dá-se meia volta inteira e não meia. E no azuleijo branco, que reflete a luz que a cor não tem nome, vejo formas projetadas. Tudo questão de física. Ótica. Óbvio que a mente não pára. Mesmo sem a luz artificial que liga no botão, a luz da cor que não tem nome não se apaga. Até que se feche a cortina. Até que o sol se aborreça e apareça. Nunca pára.

**
Os olhos que miram o mundo, enxergam a vida lá fora sem o mim. As pessoas vivendo suas vidas, sem o mim. Nada muda. Todos os processos, biológicos verdes, continuam a funcionar. Telefones continuam a tocar. Cervejas continuam sendo bebidas. Palavras continuam sendo proferidas, faladas, vomitadas, sussurradas, reveladas e seduzidas.

**
Fora da minha vida! Fora! Sai de mim fantasma branco. Sai de mim cruz que me assusta. Sai de mim pesadelo de noites verdes. Sai de mim demônio bonito e cheiroso. Te abomino e exorciso da minha vida. Se o teu mal tem cura, por que te afliges? Se o teu mal não tem cura, por que te aflinges?Espadas, balas, facas e machados. Em um tintilhar ensurdecedor de metal atritado. Ferrugem. Cólera. Lepra. Dengue. Degeneração progressiva. Hemorragia sem fim. Pupila sem cor. Cravos. Ataúde. E não, não tem lágrima nenhuma.
*

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Never hide

Você não pode se esconder no invisível por que o mesmo está em toda parte.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Escolha

É como se se sentisse, só. Quando o coraçao não sente é por que os olhos não vêem, oras.Prefiro a cegueira à exergar de mais. Prefiro óculos à lentes. Me viro de costas de olhos e ouvidos tampados. Planos para o ano que virá: Ter aulas de Braile.

ção.

Porque quando eu me pego olhando por céu numa tarde laranja, lembro quando o ar tinha cheiro de infância que se perdia entre as cores e os gostos de doce. A gente nem tinha idéia do que a vida é ou poderia ser quando a nossa idade dava pra contar nos dedos das mãos. E mesmo hoje,quando a conta ultrapassa os dedos do corpo, a vida continua sendo exatamente como era : Apenas uma expectativa

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Estomacaches

well (bad)come back.

O(the) clock

há três dias que olho a mesma hora no relógio. em dois dos dias pensei estar parado, o relógio. no terceiro eu só ri. o tempo passa devagar e rápido demais. já são 9hr denovo!

terça-feira, 7 de outubro de 2008

questaodemetricamesmo

e-n-q-u-a-n-t-o t-e-m- g-e-n-t-e q-u-e p-e-n-s-a p-r-a f-r-e-n-te
eu
pen
so
pra
bai
xo.


(-----)

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Impressões cotidianas do mundo meu: "Chocolate do amor"

em meio ao movimento constante
de gente e de vento,
falava a língua dos pássaros.
pela língua, oferecia o manjar dos deuses,
um pouco mais aperfeiçoado, diria eu: alterado.
hidrogenada gordura.
cereais crocantes no palito.
os deuses se revirariam em seus túmulos
ao ouvir o piar de um pássaro que vem de tão longe -do sul. vinha do sul- vender tal iguaria.
e vendia muito bem.
Mas me pergunto, será que é pelo piar do pássaro
ou pelo apelo sentimental da palavra amor?

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Que venha um vento bom.



que calor quente
que mata cadeias
aminoácidos, proteínas
que mata gente

calor escaldante
nesse inferno nascente
que nem com o sol se põe

parece querer deus fazer-nos sofrer
por favor liga o ar condicionado central daí de cima
não está dando pra aguentar
estou suando dignidade
antes fosse de tanto trabalhar

me rendo ao copo de coca cola que deixei congelar
sorvete, suco de limão com maracujá
piscina de soda
uma árvore pra eu poder descansar o tédio
e em baixo da copa eu poder assassinar o sol

não quero tempestades
nem que venham inundações
sim friagens e não trovões

mas que venha vento bom
venha o tempo de usar roupas quentes
tomar tacacá sem suar
venha o tempo de sopa, de filme com pipoca
sofá, chocolate quente e orelhas pra esquentar

venha um vento bom
aquele que fecha os olhos ao soprar
aquele que tem cheiro de flor
que venha o vento bom
o vento bom que se partilha o amor
vento bom que eu não me canso de esperar.

Eu quero é que venha um vento bom.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Post-it art





Aproveitemos os recadinhos e bilhetes vencidos, façamos arte!




Eu ganhei um presente cujo embrulho era feito desses aí.
=)

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

A Nova Literatura Acreana

Em breve nas bibliotecas públicas e acervos pessoais
=)

Tarde

E a moça que via o vento que ia e que vinha
folhas dançando acima do chão
pegadas sendo levadas pelo sopro sutil
apagadas no asfalto ardido
de clima árido tropical equatorial ocidental (?)
lia páginas de lingua que só ela entendia
lia dentes novos
sentia o aviso dos céus
e lembrava baixinho:

-Naquele dia chovia, naquele dia chovia.

domingo, 14 de setembro de 2008

Tóxico.

uma pequena dose de tóxico pra dentro de si.
para dentro de mim
uma pequena dose de tóxico de ti
pra dentro de mim.




parafraseando cordel.

domingo, 7 de setembro de 2008

Sunday

Coisa boa é assistir Discovery Channel dia de domingo. Espalhando ramas pelo sofá.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

diólogo monálogo: - Poeta?

- Mas você é muito nova pra poesia.
É, pode ser. Ainda não sou alcólatra, não sou divorciada muito menos casada. não tenho problemas com ex mulheres, nem com ex homens. Não tive uma doença grave que me fizesse refletir sobre toda minha vida. Não, não uso drogas. Não cheiro, não injeto. Fumo passivamente como muitos. Nunca perdi alguém muito próximo. Todos os dias morrem pessoas. Nunca tentei me matar de verdade. É que de vez em quando eu me sinto mal. Sabe, eu tinha a sensação que quando eu era pequena as pessoas morriam menos. Tem gente que morre mais de uma vez. Que vai morrendo. E eu, nova pra poesia e pra vida vou vivendo. 21 anos de quê? de que vida? vinte e uns passados que eu nem lembro. vinte e uns quebrados minutos que eu demorei pra pensar no que escrever agora. Vinte anos é muita coisa. Pra quem viveu alguma coisa.E quer saber?acho que a poesia que é nova pra mim.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

A boca

Tem gosto de sangue.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Infância fachada

As vezes eu fecho os olhos e me transporto para os lugares da minha infância. Literalmente eu viajo na maionese,viajo pelos caminhos tortuosos da massa de matiz não tão preta. Portas emperradas, mesa torta. Ando por corredores, sinto nas mãos a textura de maçanetas antigas, abro janelas marrons e dou de cara com a luz cegante. Deito em camas bagunçadas com lencóis furados. Poeira preta. Dejetos de morcegos do andar de cima. Forros aos pedaços. Banheiros com cheiro de barata. Corredores longos, escadas, jardins suspensos, quarto inacabado. Cama quebrada, quarto acabado. Escuridão. Pé de mamão macho. Tijolos quebrados. Caixa d'água. Samambaia a definhar. Casinha de cachorro. côcô. lodo. líquens. musgo. grades e azulejos quebrados. No meio do caminho pra saída: Ei, aqui existia uma casinha de boneca feita de madeira. Madeira feita de boneca. Eu era feita de madeira no meio do asfalto. Eu comia cimento.Eu queria apenas conhecer as pessoas que passavam na rua. Eu as via com listras no corpo. Minha ótica por dentro das grades.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Prece

Deus meu,
me livra desse mal
que sou eu.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Sobre mim (aquele que não conjuga verbo)

Sou a flor que tenta alcançar o céu, que vem o vento e derruba.
sou como um céu tempestuoso.
nuvens negras. raios fulminantes.
sou tantas coisas que as vezes acho que preferiria ser como os outros:"nada".
daria menos trabalho.
das vezes que sou faca afiada nos olhos, sou ouvidos, mãos grossas de afago também.
não são falsos. JURO!
soou de ouvidos abertos. megafones reversos.
palavras atrapalhadas por dicção infantil.
sou língua nos dentes quebrados.
fungo devastador.
sou mancha que gruda na roupa.
sou dor.
sou pernas de um passo,torto, só.
dos rumos que eu gostaria de guiar.
sou amor.
volto pra flor.
lá do topo, quase livre.
com medo de livre ser. nunca mais voltar.
volto em semente.
volto na esperança de germinar o sorriso.
volto com braços e pernas.eu sempre volto.
sou galhos de pernas finas e pêlos a fazer.
sou semente latente esperando pra em ti florecer.
E de galhos abertos tento alcançar o céu. seu.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Encontros lá de cima.


tão importante quanto criar raízes
é criar galhos.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Passo adiante.

Eu passo por caminhos antigos
Outrora visitados
Onde era casa
hj é grama
Onde era árvore
hj é muro
Onde era calçada
Hoje é rua

A cada passo
Uma lembrança
A cada metro
Uma saudade

Os lugares vão se modificando
E fica difícil dizer
Que a vida não mudou também
Eu não sou a mesma pessoa que fui
Mas talvez eu continue sendo o que eu sou
Pelo mesmo motivo de ser

Sem mudar a essência
Tudo permanece sendo
O que se foi destinado pra ser
A gente muda o caminho

Muda a cor
Muda os olhos
Mas não se muda aquilo que se é.
Muda as mãos
Muda o sorriso
Mas não muda aquilo que se quer.

sábado, 26 de julho de 2008

Cores, vai. Cores!


Me dá um pouco de cor pr'essa minha face.
pr'essa minha vida
que eu tenho pressa
pra ser vivida
ao invés de (a)traída.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Glup!( engolindo seco)

Sorte de hoje: Você escapará por um triz de um problema sério

Constatação.

Teu espaço
Meu ex-passo.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Pro espaço!

Eu gostaria que o meu inferno astral não fosse aqui, na terra.

Me escondendo de mim

Anseio não te ver mais. Paranóia consome o controle dos dedos, teclas, notas, ondas magnéticas, sílabas frias. Distantes. Diz-se que o amor faz esquecer dores e desamores. Amores outros. Amores perto. Amores longes. Será que o amor faz isso mesmo? O que será o amor, um horror sem controle? Esse mesmo amor que faz ter vontade de matar- vide relatos passados - é o mesmo amor que faz querer coçar as costas, das mãos calejadas -vide DNA- unhas cortadas, pra proteger e não machucar. O mesmo amor faz ter vontade de sumir do mapa. Matar todas do mesmo sexo, meu. Eita amor polivalente! Destruir empresas telefônicas. aquelas que permitem o envio de sms, sabe? Inocentes, claro. É o silêncio dos covardes e não dos inocentes.Não há maldade nesse mundo tão lindo. Mundo lindo que as vezes eu acho que não vivo. A maldade não há. Destruir os olhos cínicos de' oi, tudo bem' . Destruir os casos omissos. Mentidos. Aqueles que não tenho conhecimento. Daqueles que eu talvez nunca saberei. Talvez não: que eu nunca saberei. Há pactos silenciosos entre os covardes. Seria um prazer destruir a ti e depois, a mim também. assim. E os anseios se contradizem. É, eu sou violenta mas ainda não tive o prazer de praticar a violência. Eita amor doente. Cadê a poesia e as palavras com rima? Cadê a doçura dos dias belos? Viraram bílis. Das noites trocadas pelos dias agora escuros? Evaporou no sol de hoje. Derreteu junto com meu rio que insiste em correr. Em seguir o curso que nunca havia percorrido tanto. Quero me travestir de rosas venenosas. Tóxica. Pensando bem, talvez isso eu já seja.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Fantasia minha (baseada em fatos reais)

........................................

porque ainda há um coração aqui.

Vendedores

Vende-se dores.Tratar aqui mesmo.

sábado, 19 de julho de 2008

Contém ml

O corpo humano é composto por 70 % de água.
Isso responde as minhas dúvidas sobre de onde sai tanta.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

PLOC!



Sobrenome chiclete.Dos que tem cor de sonho.
Sobrenome nuvem.Das que dão a sensação de paz.
Eu quero paz. A minha paz.
Quero o sobrenome amor: TRANQUILO.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Não me falte o passo, coração.

Das dores não acho que a minha é a maior.É só a que tenho.

Não me olhe com olhos mil. Se procurar um pouco, dentre as brumas e águas, tenho só dois.

Vomitspot.

Faço daqui, sim, privada suja para vômitos verbais. Verborragias com o sangue d'alma.

Pelos olhos rasgados.

Se pudesse fazia dessas palavras aqui, ponta de faca. Que entraria pelos olhos rasgando todos os nervos e vasos.Animal fatiado? Chegaria ao estomago. Ácido extremo. O faria regurgitar a saliva alheia que outrora(s) bebeu com a sede dos que há muito não veem fonte fresca. A sede da coca cola do deserto, já quente. A sede da água límpida da fonte. Água logo ao lado,fonte logo ao lado, sim. Mais conveniente não poderia ser. Quer dizer, até poderia. Dos sorrisos familiares, conforto. Da calçada agora, duplamente pisada, subterfúgio. Do portão da despedida, não mais exclusivo. Da varanda, risos. Daqui?Agora? Imensurável dor.A água da fonte que inunda a casa onde morava o amor,chega levando as flores transformando em horrores. Sonhos pesadelos intermináveis. Levam a água dos olhos que não se sabe mais de onde sai. Com a mesma faca, rasgaria cada célula da mão que toca a pele nova que, na mão, já é morta. Pois se o passado me condena. O teu presente é a minha pena de morte.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Vai-te e vive-te.

domingo, 13 de julho de 2008

Falo de mim.

Me sangra a alma.
Me mata aos poucos.
Me distrói o pouco de bom que (ainda) há.
Se não fosse eu
Seria mais fácil de resolver .
Se pelo menos alguém ouvisse um pedido de ajuda
Ou será que o grito está baixo demais?
Em sinal nulo ou submisso
Continua gritando-se pra dentro.

sábado, 12 de julho de 2008

Equinócio

Passo a noite em claro
nem acordo.
o dia ainda está escuro.
(!)

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Outros ares.

Quer respirar outros ares?Vá de ônibus.Há muitos ares por lá.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

(h)à esmo.

Ando por calçadas passadas.
De cal. De poeira.
De cuspe dos mal educados.
De sangue dos mal afortunados.
Ruas calçadas de barro socado.
Ando por ruas de linhas tortas.
Ruas que o fim não vejo.
Ruas que nunca mais andaria. Jurei.
Entro por estacionamentos para passar o tempo.
Dou voltas fingindo a procura de vagas.
Vezes entro, compro um doce.
Se fumasse, compraria um cigarro.
Se não me fizesse sentir mais só:
Cerveja verde. Ou algo com limão.
Vezes dou mais uma volta e sigo por onde entrei.
Eu não tenho nada pra fazer naquele lugar.
Mas quando não tem aonde ir
Qualquer lugar me faz feliz,
O que frequentemente é rotina,
Até o estacionamento do supermercado
É rota final pro meu fim.

domingo, 6 de julho de 2008

shut up

Há horas que é melhor calar-se e manter-se em silêncio. Os olhos já dizem tudo mesmo.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Aonde estão?

Onde estão os amores perdidos
Onde estão os amores de verão
Se foram embora de ônibus, catraia, jumbo ou bimotor
Sejam as águas do chão ou do céu que os levam

Se vão e levam um pouco de mim,meu amor
Às vezes me levam sem saber
Às vezes eu nem quero ir e vou sem querer

E quando verão que os olhos que dizem oi
Não têm a mesma cor dos olhos que condenam
Quando não tem ninguém vendo?

Às vezes sem eu saber, vou junto
Vão pedaços de mim que eu cato por parcelas
Prestações baratas de alguém que não sabe ao certo quem os leva

Aos poucos quando eu me permito
Chego sem pedir licença
Pego como meu aquilo que realmente o é: eu.*



*s2

Co (Relação) Promíscua

O que seria a presença senão a ausência constantemente presente?O que seria da ausência senão a presença tão perto mesmo distante?Pergunto-me todos os dias. Mas não me cabe. Nunca me coube. Deixo que eles se resolvam. Resolvam-se eles. E enquanto isso não acontece eu fico a observar a ausência e a presença se fundirem em frente aos meus olhos, espelhos d' agua salobra. Reflexos de passado amargo não(mal)resolvido.Reflexos descendentes à dor. Resolvam-se eles.

Ser ser *

Sinto dizer
Mas não sei
Mais ser (verbo)
Ser (substantivo)
Não sinto que sei assumir
Prefiro Omitir
A Sorrir
Ou inventar felicidade
Camuflada em saudade
Reprimida ou contida
(adjetivo)
Só sendo.


*Repostagem de Outubro de 2007
- 2° Lugar no I Prêmio de Literatura Acreana Garibaldi Brasil

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Guarda

Guarda a água
usa a chuva
salva a chuva
usa a água
guarda chuva
guarda o domingo
feriado
guarda dentro
tira do armário

eu enxergo melhor a minha sombra
por que é a única coisa
além do meu umbigo
que posso ver no escuro
com os olhos fechados

espera e fica na tua
guarda um pouco de si
o pouco de bom que se tem
poucos saberão
o quão pouco é
o tão pouco ser

esquece daquele dia no carro
pára de usar roupas verdes
te deixam pálidas
espera amanhecer
pra começar
denovo.



e respiro.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

4:00 am

E agora eu tenho mais uma hora para me atrazar nas aulas, dar desculpas que perdi o ônibus do trabalho e para acordar com o despertador, olhar tudo escuro lá fora e achar que ainda é de madrugada.Não vai deixar de ser.Pelo menos por uma semana.

sábado, 21 de junho de 2008

Gripe

Inspiro
Espirro!

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Sobre lobos

Uma noite, um velho índio Cherokee contou ao seu neto sobre a guerra que acontece dentro das pessoas. Ele disse: A batalha é entre dois 'lobos' que vivem dentro de todos nós.
Um é Mau. É a raiva, inveja, ciúme, tristeza, desgosto, cobiça, arrogância, pena de si mesmo, culpa, ressentimento, inferioridade, mentiras, orgulho falso, superioridade e ego.
O outro é Bom. É alegria, paz, esperança, serenidade, humildade, bondade, benevolência, generosidade, verdade, compaixão e fé. O neto pensou nessa luta e perguntou ao avô: 'Qual lobo vence?' O velho Cherokee respondeu:

Aquele que você alimenta.

sábado, 14 de junho de 2008

Prêmio de Literatura Acreana

E eu só vou acreditar mesmo quando eu ver na publicação: 'I Prêmio de Literatura Acreana da Fundação Garibaldi Brasil' o meu poema que foi classificado em 3° lugar.
Ahhhhhhhhhhhhhh!

Parabéns para meus companheiros , Janu (1° lugar em Romance e 2° em Contos), Arthur (1° lugar em Contos) e ao Santiago Cidão que foi classificado, também, na categoria poemas.
Catraieiros, como eu.Fomentadores de cultura, como eu. Estimuladores de cultura, como eu. Engajados em políticas públicas e amantes das artes nas suas mais variadas formas, sejam elas música, jornalismo, fotografia, design e LITERATURA, como eu!

Visite

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Feliz

Dia do Correio Aéreo Nacional!

terça-feira, 10 de junho de 2008

Para quê?

Pra eu poder brincar com o sol
Pra eu ouvir os sons em ré bemol
Pra eu poder sair por aí
Cantarolando músicas tristes

Pra eu poder brincar com a lua
Que se esconde e se anula
Na janela cor tristeza
Transfusa luz que confunde
A vontade de viver o dia

Pra noite chegar logo
Pra poder deitar
Olhar as frestas do teto

Pros domingos serem mais longos
Pras despedidas menos freqüentes
Pros olhos permanecerem cerrados
Pra nunca acordar de um sonho bom
Sonho bom que perdura na mente

Pra voz reverberante
Acalmar meus ouvidos de forma terna
Que os verbos sejam só os de amor
Pras dores só carinho
Declarações digitadas por aí
Bilhetes coloridos

Letras indecifráveis
Sentimentos apropriados
Exacerbados e exagerados
De alguém que sofre
ao ver o tempo passar
De alguém que sofre
por não conhecer a si mesmo
por não saber se controlar.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Coisas que merecem ser esquecidas,também.

Já esqueci.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Coisas que merecem ser esquecidas

Tem coisas que a gente reza pras pessoas não lembrarem, mas sempre tem um filho da puta que faz o favor de lembrar.
Estava eu, chegando ontem no estacionamento de enfermagem da Ufac (estava rolando o projeto Perambulando), friozinho gostoso, bastante gente, ao som de Calango smith e derrepente ouço uma voz:
- E aí CATITA,BELEZA?- berrando
Eu, com o a luz do carro do indivíduo incidindo diretamente em minhas pupilas, impedindo consideravelmente que eu reconhecesse a tal pessoa e a tal voz,gesticulei com as mãos e com a boca algo do tipo:
- Não estou enxergando nada.
Virei e saí.
Posso até ter sido mal educada, mas pooooooorrraa, apelido da época de colégio, mencionado(para não dizer berrado) em público não é nada educado.Principalmente quando não se tem intimidade nenhuma e quando não se vê a pessoa há séculos (5 anos, talvez). E mais, quando não se tem afinidade com a pessoa.
Pensei em mandá-lo tomar no cú, pensei em rir e gritar: ' E aí, monga, como vai a família? Parou de babar? E a cirurgia de fimose, vai bem?' mas não.
Refleti, respirei fundo e me aliviei ao chegar à conclusão que tem gente que não cresce. E apelido de colégio, também, tem gente que não esquece.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Me assiste,me lê,me julga,me lamenta, sente pena e me ri.
Mas me livra...
Me livra...
Me livra...


Que eu me livro.
De mim.

Só pra questão de registro.

Eu não acho mais tão ruim andar de ônibus no horário do almoço. Claro que não é coisa mais gradável do mundo ou aquilo que eu sempre desejei pra minha vida, mas é um fato que eu tenho que aceitar enquanto eu for uma orelha seca que não tem renda e muito menos carro.Pelo menos não tenho que dividir o espaço com galináceas.Galinhas ainda existem. ahnahn (mãozinha)

Têm coisas que agente tem que aceitar pro próprio bem e encarar como forma de amadurecimento.Quem diria que há alguns anos (meses) eu estaria aceitando essas merdas na minha vida?Eu estaria puta, falando mal de Deus e o mundo, bebendo, me drogando e..não, não estaria me prostituíndo.Achando que: quando o mundo vira as costas pra você, você vira as costas para o mundo ( grande Rei Leão). Não não, eu não sou mais assim: isso não me pertence mais, rapaz!Eu continuo reclamando, mas com outro enfoque.Pra abstrair as coisas ruins.

Acredito, mais do que nunca, que as coisas acontecem por um propósito e que, na maioria das vezes, é difícil ver o lado bom das coisas.Mas elas aparecem.Elas chegam.Elas dominam e fazem valer a pena todo o sofrimento,que, ora desnecessário, ora digno, é legítimo.A gente aprende, a gente cresce. Eu por exemplo, cresci uns 10 anos.Sem falsa modéstia.Talvez com um pouco de exagero.Mas é nas dificuldades que encontramos a força pra mudar.

Sei que tudo isso parece ctrl c e ctrl v de livro de auto ajuda mas eu preciso me auto ajudar. Afinal a ajuda tem que vir de nós mesmos. Senão vou acabar me auto fagocitando, praticando autofagismo, canibalismo? Começando pelas unhas.

domingo, 1 de junho de 2008

Back to black

I died a hundred times

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Sorte de hoje: Uma surpresa agradável está à sua espera

péra aí que estou chegando!

terça-feira, 27 de maio de 2008


domingo, 25 de maio de 2008

Fixing a hole where the rain gets in.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Juízo.

O difícil não é tê-lo e sim deixá-lo nascer sem chorar de dor.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Estoque

Ouço suas músicas como se fossem suas
Eu não me encaixo mais
Vejo em suas mãos respostas pras tuas
Não pras minhas loucuras.

Enxergo nas ruas linhas desnudas
Contínua escuridão embaçada
Estou sem óculos
O rumo para os passos pro meu nada
Foi desviado

Disfarçando a fissura em coisas que não valem
Que são perecíveis com o tempo
Que o espelho não mostra.

Estocando sentimentos bons na gaveta
O amor não é perecível, eu sei.
Ele não dissolve
Ele resolve.

Pra esperar
Pra esperar o tempo
Que parece querer brincar com a minha cara
Que se julga a cura para todo mal
Insiste em não passar
Insiste em não querer ajudar
Afinal, é normal.

sábado, 17 de maio de 2008

Sobre o positivismo.

Bem, infelizmente meu vocabulário de palavras sujas anda muito restrito.Por um lado é bom, aliás, não é bonito uma mulher ficar falando palavrões todas as horas,.Embora eu fale com bastante frequência.Mas o que me incomoda é que quando eu quero reclamar de alguma coisa,me faltam palavras e as reclamações se concentram em uma só: Puta que pariu.

Estava eu, no meu primeiro dia de trabalho(Tá, não é trabalho, é estágio.Sou a mais nova estagiária da Embrapa.Escraviária na verdade, por que por enquanto não vou ganhar nada, além de experiência, currículo e blá blá blá.Coisas para estimular pobres estudantes como eu a continuar estudando.) e descobri que vou precisar descobrir como fazer meu trabalho.Além de não saber fazer, vou ter que descobrir como faz, e fazer.Minha 'chefe' também não sabe fazer.Puta que pariu.

Depois de providenciar todas as papeladas burocráticas,ganhar meu cracházinho,andar e conhecer meu ambiente de trabalho fui pegar o ônibus para ir embora.A embrapa dispõe de um ônibus exclusivo para os funcionários, por que fica no Km 14 da BR364.É longe e não é brincadeira.Eu pensava, na minha inocência, que o ônibus ia me deixar em casa, visto que era 11:30 am e eu tinha aula na Ufac às 13:30.Feliz, subi ao ônibus e 5 min depois ele parou na BR, ao lado de uma parada de ônibus.Pensei : Puta que pariu.O ônibus te pega em casa, na verdade em um aparada de ônibus mais próxima da sua casa, às 7:00am e te leva de volta às 17:00 pm.Agora eu sei. Puta que pariu.

Calor infernal,gente fedendo, falando alto, galinhas, senhoras,crianças.Uma miscelânea de coisas boas para uma quinta feira ao meio dia e para quem está dentro de um ônibus que demora 1h para chegar à cidade.Puta que pariu.Com vontade de chorar, com fome, extressada eu ficava me repetindo: Puta que pariu, puta que pariu, tem que valer a pena.TEM QUE VALER A PENA!!

E é isso. As coisas são difíceis, a gente sofre, se fode(ainda não me divirto) mas espero de coração que as coisas melhorem pra mim.Afinal não é possível que as coisas ruins aconteçam de graça. Tudo tem um motivo (momento auto-ajuda) e se coisas ruins acontecem agora, boas coisas virão.Um dia.

Alguém, além de mim, acredita nesse papo?

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Vícios

ahhh
essa
moderna
invasão de privacidade
alheia
(e vice-versa)
interneticamente falando
me dá dor de cabeça!
!
!
!

terça-feira, 13 de maio de 2008

Fracasso.

E eu tenho medo do tempo.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Carta Aberta da Coletividade

O Catraia é um coletivo de pessoas de várias áreas do conhecimento que enxergam a cultura como um meio de agregar, estimular, potencializar e realizar mecanismos capazes de escoar, integrar e difundir produções artísticas, educativas e culturais para o benefício da sociedade onde está inserido. Sistematizado como coletivo de dos seus agentes e dos grupos que a fomentam. Faz alguns dias que nós, colaboradores do Coletivo Catraia, vimos transparecer críticas pouco válidas ao andamento desse processo. Algumas dessas críticas partem de pessoas que não tem conhecimento do que realmente é o Catraia e sua coletividade, tampouco de suas verdadeiras intenções. Outras, infelizmente, são feitas por pessoas que já tiveram um forte vínculo conosco e que por esse e único motivo, se acham no direito de deturpar o que viram e, principalmente, o que fizeram enquanto colaboradores do Catraia. Muitas dessas críticas são feitas de forma velada, através de sarcásticos e viperinos comentários, que não constroem, nem sugerem apontamentos relevantes para a melhoria das políticas de cultura comum a todos. Para nós, do Catraia, críticas desqualificadas não são novidade. Mas críticas desqualificadas feitas abertamente, sim.

Ignoram que até quando se pretende ser
parcial e passional, é preciso ser
primeiramente imparcial e racional

Travestindo plataformas de achaque como veículos de informação, alguns costumam alimentar a discórdia e a balbúrdia, através de afirmações sensacionalistas e perniciosas. É absolutamente compreensível que certas pessoas, alheias ao conceito, ao processo e ao trabalho do Catraia, se oponham a ele de maneira veemente por puro preconceito ou ignorância. Também é normal que essas pessoas elaborem seus pensamentos a partir de pré-concepções e argumentos truncados, envoltos nas brumas passionais do criticastro, disfarçando seus anseios escusos com falsas bandeiras de liberdade e igualdade. Essas pessoas ignoram que até quando se pretende ser parcial e passional, é preciso ser primeiramente imparcial e racional, pois nenhuma causa se mantém firme e válida sem o estudo e o conhecimento de seus contrários, sejam eles firmes, válidos ou seus antônimos.

As críticas desqualificadas feitas por essas pessoas, se apoderam das ações do Catraia, dos esforços feitos por seus colaboradores e se constroem com um único objetivo: desestabilizar os passos de quem caminha pela Cultura, através da coletividade e destruir qualquer tentativa de acerto. São críticas que ferem a autonomia e o direito de autodeterminação do Catraia e de seus parceiros, pois abordam de forma ferina e deturpada assuntos comuns a todos ali, muitas vezes ultrapassando as noções da boa convivência e da ética. Acusam o Catraia de ser sectarista e estratificador nas suas ações. Mas esquecem que as nossas portas sempre estiveram abertas, assim como os ouvidos dos que aqui estão. No Catraia somos a favor do debate. Ouvimos o que queremos e o que não queremos. Assim como somos estimulados a falar não só o que queremos, mas o que devemos. Ao contrário do que se afirma erradamente, a verdade do Catraia é feita da soma das verdades das várias pessoas envolvidas em seu processo.

O que chamam de sectarismo, nós no Catraia, e dos vários coletivos parceiros do Circuito Fora do Eixo, chamamos de seleção natural pelo trabalho. O que chamam de estratificação, nós chamamos de criação de métodos e de hierarquização de responsabilidades. O pensamento dentro do Catraia é livre, mas o caminhar é um só. Porém antes de andar, debate-se muito. E é através de debates, conversas e explanações, que chegamos sempre ao denominador comum (o consenso) que possibilita a todos nós colaboradores vislumbrar um presente e um futuro rico em possibilidades. No Catraia,a pluralidade de pessoas e, consequentemente, de idéias, assim como a diversidade de conhecimento e as diferentes realidades de seus integrantes fortalecem o grupo e seu conceito principal: a coletividade em prol da Cultura.

Algumas pessoas põem em xeque o conceito de coletividade do Catraia, acusando-o de ser seletivo. Essa afirmação em partes é verdadeira. O Catraia é coletivo pela cultura e seletivo pelo trabalho. Ironicamente esse tipo de afirmação parte de gente que não tem o costume de suar a camisa no Catraia em prol da cultura tão defendida verborragicamente por eles. E é através do trabalho que se adquire poder de argumentação. O alinhamento conceitual e político do Catraia é voltado para o trabalho. Do músico e sua banda, ao agente cultural e seus objetivos alcançados, tudo é pautado pelo labor. O Catraia é um grupo de pessoas alinhadas ao claro pensamento de que tudo no Acre é feito com um grau a mais de dificuldade. E que por isso mesmo tudo precisa ser feito com mais garra. Sabemos das dificuldades, limitações e anseios do nosso estado. Mas também sabemos de seu potencial. Creditamos e acreditamos nele.

Somos contra o pensamento 'farinha pouca,
meu pirão primeiro' e batalhamos para erradicar
posturas individualistas que atravancam nosso trabalho

Além de estimular as bandas, associadas ou não, através de ações pró-ativas, como o estúdio de ensaio e a assessoria de marketing, imprensa e publicidade, o Catraia busca formas de escoagem de produção, criando mecanismos profissionais para fomentar o trabalho da cena cultural independente de Rio Branco. Com recursos próprios e das parcerias, o Catraia discute e age para que a emancipação desse trabalho aconteça para outros pontos da sociedade e do estado, não se restringido a um pequeno feudo de atuação. Somos contra o pensamento "farinha pouca, meu pirão primeiro” e batalhamos para erradicar posturas individualistas que atravancam a ampliação do nosso trabalho engajado. Entre erros e acertos, nos capacitamos. Permutamos experiências e tecnologias. E estimulamos a participação das pessoas nos diversos campos da cultura. Não detemos fórmulas, nem protocolos, tampouco a verdade absoluta. Mas sabemos onde estamos e pelo o que lutamos. Pelo Catraia, aprende-se errando e erra-se aprendendo.

Embora algumas pessoas tenham optado por criticar os processos metodológicos que vêm sendo implantados internamente no Coletivo Catraia, para nós, catraieiros, nunca nos coube julgar ou condenar os processos utilizados por essas pessoas e seus meios e veículos de informação cultural. Sempre respeitamos e continuaremos a respeitar a dimensão conceitual e de auto-gestão de todos os projetos, veículos ou grupos que trabalhem com cultura, por acreditarmos que a pluralidade se dá com respeito e todo objetivo comum deve ser alcançado de forma coletiva. Também nunca coube ao Catraia analisar ou criticar tecnicamente uma banda. Para o Catraia toda banda, independente de seu estilo, tem importância, que é medida pelo trabalho, relevância e consistência de sua postura no fortalecimento da cena de música independente acreana e brasileira.

Ao invés de colaborar ativamente, alguns preferem fazer parte do Catraia de forma equivocada. De fora, posicionam-se velada e gradativamente contrários aos passos do Catraia pelo simples motivo de não entenderem o processo ou de não fazer parte dele ou por incapacidade ou vontade própria. Sem dúvida é uma forma pouco positiva de colaborar. Compreensível até certo ponto. Confuso a partir deste. Nenhuma dessas pessoas se mostrou interessada em complementar e seguir um método. Nenhuma delas se propôs aproximar-se e contribuir para a melhoria daquilo que considera equivocado. Usando um falso discurso de liberdade, para elas o trabalho depende de como, onde, por quanto e quando quiserem. Muito fácil. Mas assim o mundo não funciona. O que chamam de liberdade, nós chamamos de falta de bom-senso.

O Catraia se preocupa com a qualidade
de seu trabalho, mas leva em conta o oneroso
processo de capacitação de seus envolvidos


Não existe liberdade, quando ela vem com os dois pés no desrespeito. Não existe liberdade quando ela vem no grito, no recalque ou na falta de tato e consideração. Para o Catraia liberdade é um termo de extrema importância. Liberdade se constrói com respeito e trabalho. Trabalho enobrece o espírito. Espírito nobre eleva o corpo. Corpo elevado é liberdade. E é nessa estratégia que o Catraia firma seus passos. Capacita para o trabalho através da concretização da verdadeira liberdade – aquela que termina quando a do próximo começa. Prezando pela boa convivência, confrontamos dificuldades abertamente para evitar conflitos. E trabalhamos. O Catraia se preocupa com a qualidade de seu trabalho, mas leva em conta o oneroso processo de capacitação de seus envolvidos, respeitando as limitações individuais dos mesmos e estimulando avanços.

Para nós, do Catraia, cada um que está ali tem um porque de ali estar. E para cada um há, não só poder de voz, como também poder de ação. Batalhamos pelo entendimento disso, através do aprimoramento dos mecanismos de relacionamentos interpessoais. Repudiamos, interna e externamente, qualquer demonstração de desrespeito, individual ou coletiva, pública ou não. Repudiamos a violência passiva do boato e da fofoca. Assim como também repudiamos a sectarização e a estratificação. Batalhamos pela saúde nas relações, nos debates, nos confrontos e nos enfrentamentos. Acreditamos na pluralidade, na gestão pautada por métodos profissionais e na capacitação das pessoas através da cultura e de sua cadeia produtiva. Buscamos de forma soberana e parcimoniosa, o método ideal que alie trabalho com satisfação, diversão com engajamento social, conhecimento e cultura para todos.

Atenciosamente,

Janu Schwab – Gestor de Marketing e Estratégia, Rodrigo Forneck – Gestor de Produção e Eventos, Saulo Machado – Músico associado e Gestor de Sonorização, Jeronymo Artur – Gestor de Comunicação, Karla Martins – Gestora de Administração e Planejamento, Thays França – Secretária de Relações Institucionais e Colaboradora de Produção e Eventos, Diego Mello – Músico associado e Colaborador de Comunicação, Thalyta França – Sub-coordenadora de Produção, Kaline Rossi – Músico associado e Colaboradora de Produção e Eventos, Ana Helena de Sousa, Colaboradora de Produção e Eventos, Veriana Ribeiro, Colaboradora de Comunicação, Rodrigo Oliveira, Músico associado e Colaborador de Sonorização, Santiago Queiroz – Colaborador de Comunicação, Daniel Zen – Músico associado, Colaborador da Coordenadoria de Ação Política da ABRAFIN e Presidente da Fundação Elias Mansour, Renato Reis – Fotógrafo e Colaborador do Circuito Fora do Eixo, Pablo Capilé, Marielle Ramirez e Lenissa Lenza – Espaço Cubo (Cuiabá), Marcelo Domingues - Demo Sul (Londrina), Pablo Kossa – Fósforo Records (Goiânia), Talles Lopes – Coletivo Goma (Uberlândia).\



Fora do Eixo
Catraia
. Coletivo pela Cultura.Seletivo Pelo trabalho

sábado, 10 de maio de 2008

A Corda

Em meio a um sonho ruim e um despertar forçado me sinto paralizada.Pra levantar.Pra tomar um rumo diferente, ou seja, um rumo.Pra quem não tem de onde partir fica difícil saber aonde se quer chegar.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Sobre pássaros.

Ela parecia um pássaro.Tinha o rosto fino, nariz pontudo e lábios que ,juntos, pareciam pêssegos ou talvez figos abertos.Lobados e protuberantes pra frente.Cabelos curtos, ralos na cabeça.Usava sempre batom escuro.Talvez fosse pra chamar a atenção por que ela parecia um pássaro e os pássaros, assim como todos os animais, têm suas estratégias para chamar a atenção.Os humanos também. E ela nem precisava colocar um batom escuro. Já chamava.

Além do rosto, o corpo lembrava também. Esguio, longelínio, fino, quase sem curvas. Para uma mulher ela era bem esquisita. E para um pássaro também.Usava roupas que pareciam não ter a delimitação entre uma peça e outra. Parecia uma vestimenta contínua, embora eu sabia que eram calça centro-peito e blusa de alça fina.Cobria as poucas curvas que tinha, na parte frontal do corpo.Tinha a coluna meio curvada pra frente, uma flor murcha.

Usava uns óculos com armação grossa. Tipo daqueles de acrílico.Preto, vermelho. Já vi vários modelos no nariz que aponta sempre pro infinito.E como era grande.Tinha cara de jornalista.E de pássaro também.Talvez uma lesbianchic.Sapacaxa do agreste. Talvez uma cdf que gostava de assitir animes nos fins de semana e desenhar. É, ela tinha cara de quem gosta de desenhar.Geralmente pessoas estranhas tem estranhas maneiras de se distrair.No caso dela aposto que seria desenhar ou escrever.

Talvez tivesse anorexia.Talvez tivesse o pai magro.Talvez estivesse em um desses regimes malucos.Talvez estivesse treinando pra ser modelo. Não, acho que não.Era muito feia. Parecia um pássaro. E quando estava atravessando a rua, esperando o homenzinho ficar verde, eu pensei: Por que será que ela não sai voando? Eu queria saber voar.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Sobre unhas.

Guardo as cutículas pro final.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Saudade - Pablo Neruda

Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...

Saudade é amar um passado
que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...

Saudade é sentir que existe
o que não existe mais...

Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...

Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.

E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.

O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.

domingo, 27 de abril de 2008

Start Reverse

Partindo do princípio que todo começo é sempre o fim de algo que é bom(ou de algo ruim),o meu princípio começou e acabou de trás pra frente.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Dos copos e corpos.

O mundo se fecha
os ouvidos se abrem
os olhos circulam
os miolos se confundem
com o peso da responsabilidade
de ser e aceitar-se só.
Nem tenho dó.
Apenas das minhas rimas
Conhecidamente mal construídas
Que me distróem.
Malditas que me assustam
Vezes durmindo
Vezes acordadas
Corróem nuvens de algodão salgado
Que faz um estrago à vida
Que não precisa ser longa pra ver.
E quando os olhos se fecham
Nas pálpebras o peso de ser
Sem escolhas e nem alternativas
O que já se vê no espelho
De ser aquilo que se nega em voz alta inaudível
Mesmo sabendo que o desejo mais íntimo é
Mergulhar em um mar de Caipiroscas
E só sair em coma.na maca.na cama.pra cama.pra casa
Ir pra casa à pé no escuro
E pular o muro.
Must be the moooon!

Niente

'Se tudo parece tão vazio
Se tudo parece tão estranhoooooooooô'


Berros do NADA não saem da minha cabeça.
Bom.Bom demás.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Mão.

Segue o barco
O rio.
A rua.
As linhas que separam as mãos.
Linha tênue do sentir ou não.
Mão única.
Mão dupla.
Mão áspera.
Mão distante.
Mão rejeitada.
Mão molhada de água salgada.
Do mar.
Do rio.
Da rua.
Do meio fio.
Daqui.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Insônia

O monólogo diálogo ecoa no quarto.
Antes fosse 1/4,mas 1/2 de um só, dá metade do que seria necessário pra me fazer sentir menos azul.





*Insônia.Monólogo diálogo.
Saudades da época de composições compulsivas.
Saudades de tantas coisas.
Saudades também.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Lembrando


As vezes ao abrir os olhos eu não quero acordar.Finjo que não vejo a luz cegante nos meus olhos.Sem cortinas ela é atrevida.Entra mesmo.Antes eu me incomodava mas hj não, até gosto.As cortinas se mantém abertas.E quando os olhos abrem completamente eles vêem o que minha mente pensa a todo minuto.É uma recaptulação do dia anterior,da noite, recaptulação do antes.Vezes boas, vezes ruins as lembranças são bem vindas.Contróem coisas boas e distróem as coisas ruins.Acho que as vezes eu só vivo de lembranças.E ruim viver de lembranças só.Sozinhas e sozinha.

sábado, 19 de abril de 2008

V.I.P


Eu sou uma V.I.P - Very Indian Person.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Cha cha cha changesss

E o frio está indo embora assim como a minha vontade de mudar o mundo.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

E não é fofoca.




Outro atrazo meu(ou talvez não)é o The Gossip.A vocalista uma fofa - literalmente - super estilosa foi eleita uma das mais pessoas mais Cools do momento juntamente com Luisa Loverfoxxx e Thom York. Além de não negar sua preferência por mulheres,usa roupas extremamente chamativas e descoladas.Ela não está nem aí pro seu peso.
E precisa?Com uma banda fazendo um rockzinho modernoso,a performace de Beth Ditto(a vocalista)com sua voz meio soul é eletrizante.Muito além das divas de corpo,cabelo e maquilagem impecáveis.Beth e Amy winehouse estão no meu top.Podem não ter o comportamento ou a aparência 'normais' mas sabem fazer shows e músicas boas demais.


Standing In The Way Of Control- The Gossip





Versão da Música Standing In The Way Of Control pelo Soulwax.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Vícios.



Todos sabem que alguns vícios quando são deixados de lado,são substituidos por outros.Vício ou não,durante 3 noites tenho comido melão pela madrugada.Melão,dos amarelinhos, nem tão doces, mas gelados.

Saibam vocês que o melão não é uma fruta calórica, pois 100 gramas dela contém apenas 30 calorias.É rico em vitaminas A, C e do complexo B.É também uma excelente fonte de sais minerais como, por exemplo, ferro, cálcio e fósforo.


E daí?E daí nada.

Larguem as drogas,deixem seus vícios de lado e viciemo-nos em melão!

Velhas novidades.

Este resumo não está disponível. Clique aqui para ver a postagem.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Should we go outside?



Curta brasileiro com direção de Clarice Falcão, Célio Jr. e Juan Manuel, "Dois Menos Dois" trata de romance em um banco de parque. A trilha sonora é a música "Sprout and the Bean", de Joanna Newsom.

Fofo,não?

Espreme que sai.

Escreve-se apenas pelo prazer de escrever e ser lido por olhos anônimos.Olhos que de anônimos passam à protagonistas de facetas impiedosas da fala escrita.
Repetente?
Recorrente.Inquietude.
Devaneios egoístas?
Quimeras solitárias.
Repentinas.Verspetinas.
Das de sol quente na janela e nas costas.Vezes nuas,vezes vestidas,costas essas que sofrem o peso dos ombros curvos e colo torto.
Ignorância?Investimento intelectual à longo prazo.
Dos vinte.Dos vinte e poucos.Dos trinta.
Arrogância?Fragilidade.Escudo de mentira.A arma dos fracos sem espadas e nem lanças.Me lança teus ataques.Absorvo com o orgulho.Esse também, falso.De fato.
Imaturidade?Ingenuidade do ser algo que não se vê que se é.Ou mesmo do não ser.

Espera aí.Espreme mais um pouco,que coisa boa sai.

Quando adestramos a nossa consciência, ela beija-nos ao mesmo tempo que nos morde.

Nietzsche

Pano

Por baixo dos panos
Meu pano de fundo é totalmente rasgado.

sábado, 12 de abril de 2008

Zoom

Eu queria ter uma lente de aumento pra olhar os olhos das pessoas e enxergar além do sorriso da face.Passando por cáries e saliva pra ouvir com os olhos o que se passa no coração.

Ouvir com os olhos é ler com a imaginação,personificando cada interjeição em expressão facial e tom de voz familiar.

Eu queria encontrar pessoas com coragem pra me deixar olhar e retribuir meu olhar nos olhos com os olhos, pode ser.Retribuir com sorrisos, pode ser.Retribuir com uma mão.Com um banco macio pra sentar, pode ser.Retribuir com verdades,tem que ser.

Eu queria que a comunicação outrora transmitida pelo vento e captada pelos olhos,substituisse a de hoje,comunicação verbal não oral.Escrita.Injusta.

Escravos de jó



-Você vai ter que morrer pra eu parar de sorrir.

Ou você vai ter que sorrir pra eu parar de morrer?

Sem.

E tudo parecia fazer sentido.As formigas seguiam os rastros deixados por outras delas,o vento fazia curva,fazia reta.Fazia calor.Os pássaros pareciam estar meio engasgados,um canto afogado de água.Mas mesmo assim tudo parecia fazer sentido quando a vontade de ir à janela observar o movimento do nada se desfez em uma colher de chocolate self-maid.
E até mesmo o calor refrescado pela chuva parecia fazer sentido quando olhei pro chão e a água já estava sobre meus pés.As coisas simples fazem sentido.De vez em quando,só.

Wait

À espera.
Sempre há.

Ponto e vírgula.

Fala-se de vida em morte.
De morte em vida;
De morte e vida;
De vida mal vista;
Vida mal vivida;
Vida póstuma;
Morte prematura;
Vida torta;
Morte direita;
Vida tonta;
Vida direta.;
Morte de conduta.

E eu fico pensando e me cobrando mesmo,quando eu vou começar a viver a minha vida decentemente,sem ter que me preocupar com o que eu deveria ter feito por uns, pra uns e me arrepender por uns, por mim e por todos.Eu não desisto e nem canso de levar porrada na cabeça.Um dia aprendo.Hei de aprender que todas essas coisas só dependem de mim (nós mesmos) pra que sejam mudadas.Clichezão clássico e totalmente aplicável.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Auto-(im)própria-importância

Eu me acho importante.
Tenho que me achar.
Senão, quem acha?

segunda-feira, 7 de abril de 2008

É.

É mesmo
É muito
É mito
É muito
E minto
É,minto.

sábado, 5 de abril de 2008

Carta Aberta.

O Dia que eu Criei Coragem para dar Novos Passos.

Nas últimas duas semanas além de lidar com a possível ruptura de um sonho, tive que desprender energia para lidar, também, com comentários tortos e maldosos que envolviam a minha banda. Comentários do tipo: “A banda vai acabar”, “Não são mais amigos”, “Elas brigaram”, “A culpa é do namorado” e outros que iam além do bom senso. Por enquanto é somente nessas horas de discórdia e fofoca que eu sinto como é ser famoso. E por esse motivo, mas não unicamente por ele, resolvi escrever esse texto.

Durante quase dois anos e meio, eu e os outros integrantes da Blush Azul nos esforçamos para unir sonhos, anseios e temperamentos diferentes em um projeto em comum: a nossa banda. Nesses dois anos ajudamos e fomos ajudados a fortalecer a cena independente musical de Rio Branco e do Acre. Compomos e gravamos. Tocamos aqui e Brasil a fora. Ouvimos e fomos ouvidos. Vimos e fomos vistos. E foi lindo.

Mas assim como todo rio amazônico modifica seu curso conforme a necessidade do meio, a Blush Azul, sendo uma banda amazônica, teve que modificar seu curso também. Nossa baixista e amiga Giselle Lucena foi levada a direcionar para outros rumos seus passos. Por motivos unicamente pessoais e que dizem respeito somente a ela, Giselle não faz mais parte da Blush Azul. Mas sempre será uma de nós, tanto pela sua colaboração artística com seus versos inteligentes e com sua presença de espírito, assim como pela nossa amizade, que não está exclusivamente ligada à banda.

Ao contrário do que foi dito pelas más e longas línguas, não houve nenhum desentendimento que tenha levado ao rompimento. Nem por parte dos integrantes da Blush Azul, nem por parte dos gestores e colaboradores do Coletivo Catraia. Como afirmei anteriormente, a saída da Giselle se deu por motivos pessoais. Cabe a ela responder por eles. Na quinta-feira fomos chamados pelos gestores do Coletivo Catraia para uma conversa, onde tivemos oportunidade de expor nossos anseios, esclarecer nossas dúvidas e nos fortalecer como artistas. Muito mais do que desentendimentos, existe um forte desejo por parte de muitos de que a coisa funcione. E ela irá funcionar. (No que depender de mim).

A Blush Azul pretende continuar trabalhando e seguindo com a parceria do Coletivo Catraia, parceria essa, que vem sendo estimulante (eu acredito), tanto para nós, quanto para outras bandas e pessoas envolvidas na construção de uma cena cultural que se sustente e se renove cada vez mais. A Blush Azul é grata ao Catraia assim como o Catraia é grato à Blush Azul. Brigo todos os dias para que a recíproca seja verdadeira. E creio que todos, catraieiros ou não, devem fazer o mesmo, trazendo para debate aquilo que precisa ser debatido, independente da forma como será exposto.

É muito mais saudável expor as coisas abertamente, do que por debaixo dos panos, na boca pequena de língua grande. E tomar para si como um problema só seu. O problema é de todos e diz respeito a todos. Se há algo errado, há e se não, deve haver a oportunidade de corrigi-lo. Como li no texto da Veriana postado no blog do Coletivo Catraia, o rio segue seu curso. E a Blush vai seguir diferentes cursos afluentes do mesmo rio. A Blush vai seguir. O curso. O rio. A música. A catraia. Na catraia.


Kaline Rossi
Baterista da Blush Azul
Integrante do Coletivo Catraia
Sonhadora e persistente.

dope show.

Deveriam inventar alguma bebida que desse o mesmo efeito que o sono dá nas pessoas.
Eu,não sou eu com sono, fechei a porta do carro nos meus dedos.
Dopada?Chapada?Bêbada?
Não.Com sono.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Descaso Calado

Para todos que dizem não
Eu digo sim
Digo que sou, digo que fui, digo que fiz.

Para todos aqueles que olham por cima
Eu olho por baixo
Olho por dentro
Eu atravesso
Transcedo aquilo que não é legítmo
Aquilo que não é de bom grado

O descaso caladooo
O descaso caladooo

Para aqueles que não se importam
Para aqueles que largam
Ou que dizem que não acreditam
Eu digo que consigo
Eu faço, eu prossigo

Pois o descaso se disfarça por preguiça
Pela ignorância e pela graça
O descaso se disfarça de responsabilidade renegada
Se faz pela falsa culpa sempre armada

O descaso caladooo
O descaso caladooo

Mesmo não dizendo sim, fazendo ou negando
Faço uso dos ouvidos,meus conselheiros
Pra projetar como gostaria que fosse
Pois mesmo que seja só na imaginação
E tenho a capacidade
E a coragem de dizer não.


Com o descaso calado
O descaso calado
Pelo descaso calado
Só o descaso é calado.

segunda-feira, 31 de março de 2008

Humor 'motherfucking' Nigro

Bom de mais.

Canto das gérberas.

Me contradizendo,então
Saio de fininho, em vão.
Calo-me com os olhos
E deixo me perder na multidão

Multidão sem cor e sem forma do escuro
Uso o tato,uso o murro
De frente pro muro
Eu julgo muito, faço pouco

Faço caso,desfaço o laço
Rasgo o forro daquilo que era vermelho-amor
E reciclo no vermelho-ódio
Vermelho-dor

Pra não querer fechar com botões de rosas sem cor
Ou gérberas mortas do canto da parede
Pra não me deixar cair no escuro sem fim
No escuro eterno do rancor
E no ensurdecedor barulho do silêncio
Cerro os olhos mudos
Por que segundo palavras cuspidas
Nada disso mais têm valor.

Ego.

Difícil é falar do ego dos outros quando se tem o maior de todos eles.Quando o ego cobre os olhos não se enxerga além do que se quer.

terça-feira, 25 de março de 2008

(...)

Eu odeio muito mais a gramática hoje do que um dia odiara. Pra falar a verdade eu nunca odiei gramática tudo isso aqui é mais uma viagem da minha cabeça que está livre de pensamentos numéricos,(por enquanto),sonoros(por enquanto),livre de palavras faladas(por enquanto)mas não livre de pensamentos escritos na mente,esses não.

Parece que tudo que eu li(foi pouco menos do que eu gostaria de ter lido)e aprendi, não serve de nada pois o conhecimento acumulado não se faz presente em silêncio muito menos em desuso.Vira pó.Vira arquivo da memória falha.Mas eu tenho o poder de escolher o que eu gosto de usar,de ouvir e do que não.

Prefiro muito mais os pontos.Finais.Continuando's. Os dois pontos,aqueles um em cima do outro,me assustam por que advertem:'Lá vem mais palavras','Agora é minha vez de falar'.Como se precisasse dizer!

Os travessões são meus inimigos pois eu quase nunca tive oportunidade de usá-los.'É aquilo que o segue', 'Como eu dizia'. Apenas os ouço,sempre,constantemente.Ouço por que quero, não minto,por que se não quizesse,o ponto final seria um triunfo meu.

As vírgulas sim, essas são incessantes.Prolongam,pausam sem expectativa prévia pro fim, torturam adjetivos seguidos de verbos mal passados,abrem o buraco, cavam mais fundo pras palavras entrarem e sem ter pressa de ir embora. Abrem sem dar licença para travessão alheio,muito menos dois pontos(um em cima do outro).Seguem seguindo, descontroladas,ameaçadoras e angustiantes, seguem sim.Pequenas curvas feitas à lápis ou caneta,ou até mesmo com os dedos e teclas,visualmente sem peso,tornam-se bombas,pedras,punhos pros ouvidos e pra cabeça, principalmente.
Lê-se.Ouve-se.Pouco fala-se.Muito fala-se.Pouco deixa-se falar.E tudo acaba não em um ponto final.Quizera eu.Acaba com pontos.Três.Um seguido do outro.Horizontalmente.Pro infinito.

Aqui sim, eu posso usar meu ponto final.Posso mesmo?

segunda-feira, 24 de março de 2008

Colorida Quimera.

As cores eram tão fortes e tão reluzentes que ofuscavam o sol.Seguiam uma linha perpendicular, quase uma parábola por cima das nuvens até o chão.O verde era de brócolis, mas eu não quiz pegá-los.O vermelho era de melancia,mas como era muito grande eu não consegui abrí-la.O azul era do céu mesmo, aquele azul de céu sem nuvens.No fim, que se dava rente aos meus pés, não tinha pote de ouro e muito menos de mel.Então do amarelo eu tirei palmas de banana comprida, que estavam tão doces que eu comi ali mesmo.Tinha gosto de banana mas cor e textura de manga.Quanto mais eu tirava, mais tinha pra tirar.Para as pessoas que passavam eu oferecia e eu me sentia muito simpática e prestativa, seria o efeito dos tesouros das cores? Acho que ali eu percebi que de nada valem os tesouros se você não tem com quem dividir.Então eu acordei com fome.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Passividade

Acabe com isso de uma vez!
Eu sinto palpitar
e me pergunto porque
Me sinto culpada
Por querer que acabe logo
Consegue pegar o telefone
E dizer: Alô?Pode conversar?
Eu sei que a espera
Foi sempre uma irmã
Aliás, mais que irmã
Uma irmã gêmea univitelina
Ou melhor, um irmão
Que não hesitava em abrir o coração
Que não hesitava em chorar
Que nunca hesitava
E eu aqui, como sempre
Esperando...sempre esperando
O êxito.

terça-feira, 11 de março de 2008

Bolo sujo.

Por que
às vezes
sinto vontade
de vomitar
palavras
com ímãs
de maldade
que atraem
as coisas
(dentro de mim)
que eu não
consigo controlar
e fazer um bolo
bolo de maldade
jogar pro alto
e esperar se espalhar
retribuir o mal
com o bem
pois as coisas
e as pessoas
se transformam
e evoluem para
o que quer que seja
e na maioria das vezes
quem recebe
aproveita melhor
do que você.

Predicativos do sujeito só.

E não vejo mal algum em ter problemas.Todo mundo os tem.Quantos tem coragem de expor suas angústias? suas caras feias? suas cara bonitas? seus espelhos pixelizados(?)Suas fraquezas, suas mentiras, suas incapacidades e incompetências, suas falhas e seus medos?Poucos.
E quando não se tem pra quem pedir ajuda?Se fode e se fode conscientemente.

Dedos Inquietos - parte terceira ou segunda.Pessoa.

Por que será que as verdades ditas em terceira pessoa soam menos agressivas aos ouvidos que as assumidas em primeira pessoa de si?

E pergunto mais:Por que será que as palavras, verbos, adjetivos, defeitos e afins enfim, quando lidos senão ouvidos, doem mais?

Eu respondo baseado na verdade d'outrém: Por que temos mais tempo pra relletir, pra pensar e concordar ou não, e se inundar com todos os sentimentos ruins que nos afogam nesses momentos.Momentos estes nos quais pessoas como uma amiga(imaginária) se fazem mais fortes e mais fracas, mais mulheres e mais crianças, mais burras e mais inteligentes, mais covardes e mais corajosas.Sem terceira ou segunda pessoa.

domingo, 9 de março de 2008

Ser Mulher

'Por que ser mulher é ser humano e ser humano é ser homem, é ser mulher...'

segunda-feira, 3 de março de 2008

Uva

Quanto mais o tempo passa
Mais o tempo passa.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Sangue.

Ele pode ser de dor
ou de amor
pode ser violência
ou por carinho
Pode ser de ódio
ou de solidariedade
Pode ser por fraqueza
ou por pura nobreza
Na dúvida ou no alívio
Ele traz alegrias pra mim
por isso
Meus anjos e demônios
Dizem amém.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

De si, pouco se sabe além de mim.

No tempo em que usava sandálias menores que os pés,roupas emprestadas que cobriam as partes que(ainda)não tinha, que mal deixavam ver o que se tinha dentro de si pois escondia com os ombros o que a alma mostra pelos olhos: Aquilo que realmente é.
Achava que era dona do mundo,mas sabia que não se domina o mundo com os ombros.Lhe faltavam braços.E era a dona do mundo.Do seu mundo.Aquele que as fronteiras eram as paredes do quarto de reboco nú, rabiscadas com giz colorido roubado da tia da escola.

Na escola era rainha,era a invejada por todas, a imitada - o que na época irritava-a ao extremo ao ponto de fazer coisas que ninguém teria coragem de fazer.Assim começou nascer alguém em cima de outro alguém.Psicologicamente falando,algo totalmente explicável por Freud.E que fique bem claro que eu não entendo nada de psicologia além do senso comum de dizer que o velhaco explica tudo.Vai saber.Tenho até um livro dele aqui que troquei em um sebo mas nunca tive a coragem de ler.

Como dona do mundo -aquele lá das paredes coloridas- se perguntava o que faltava para se sentir inteira,plena e tranquila com as coisas do seu mundo e do mundo dos outros.Tentava de todas as formas possíveis compensar a falta e ausência com a autencidade copiada, forjada de alguém da revista ou da mtv.Sentia-se satisfeita com tão pouco, se sabotava pensando que as coisas não poderiam ir além do que se vê.
Não sabia que para entender as coisas dos mundos e fazer com que eles fossem seus, tinha que ser do mundo também.E que antes de pertencer a qualquer mundo que fosse, teria que pertencer a si mesmo .Acima do que não se vê e acima do que se quer.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Pequena

Tinha os cabelos maiores que a metade da sua altura, pretos como o teclado que agora me serve como tradutor de idéias, preto como a noite sem lua e nem estrelas.Olhou pra mim com olhos de jabuticaba madura ou talvez bolas de bilhar, tão pretas que dava pra ver o reflexo meu e disse:
- O que é isso no seu nariz?
- Um brinco.
- Eu quero um brinco no meu nariz também.
- Não, você é muito pequena ainda pra ter brincos além das orelhas.
Se escondeu atráz da poltrona e levantou em um pulo só dizendo:
- Olha lá fora. Vaquinhas.
E se escondeu.
E olhei as vaquinhas e fiquei pensando.As crianças me comovem.E eu tenho uma certa resistência à isso.À crianças.Em todos os lugares que eu estou, seja numa fila, seja andando na rua ou no ônibus elas tendem a olhar pra mim com uns olhos estranhos e isso me incomoda.Parece que elas sabem de mim mais que eu e pensam:- Olha só, ela nem se conhece.Me dá medo.Mas eu gosto.É uma forma de me testar.Imagine só, as crianças me testando!

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Imunidade contr'outros

Não tem como roubar aquilo que já faz parte de si.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Pretérito passado

Faço um risco
rabisco
em cima do passado escrito
faço um traço
até ficar borrado

O passado escrito
já foi lido e relido
mas não consegue sair
do pretérito falido
falado

Mas o passado que a gente guarda pra viver depois
é aquele que conseguiu não sair dos planos de papel
e que vivido ou não
talvez nem tivesse a chance de ser presente.

Hide.Love.

Beatles me pega nos melhores momentos.Eu ouço e confirmo o que eu sempre soube: Eles são geniais.

You´ve got to hide your love away


Here i stand head in hand
Turn my face to the wall
If she´s gone i can´t go on
Feeling two foot small
Everywhere people stare
Each and everyday
I can see them laugh at me
And i hear them say

Hey, you´ve got to hide your love away
Hey, you´ve got to hide your love away

How can i even try?
I can never win
Hearing them seeing them
In the state i´m in
How could she say to me
"love will find a way"
Gather ´round all you clowns
Let me hear you say

Hey, you´ve got to hide your love away
Hey, you´ve got to hide your love away


http://http://www.youtube.com/watch?v=jz7IjXu0DfQ

Gotas

Enquanto lá fora
As gotas doces
Se suicidam das alturas
Aqui dentro
As gotas são salgadas
E se suicidam da mesma forma.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Para materializar a tortura e não perder o costume:
Quem grita no escuro não grita sozinho.

domingo, 20 de janeiro de 2008

Convexo

Já deixou de ser promessa,agora é minha dívida.És o reflexo convexo da parte ruim de mim.A parte que me deixa dividida entre o orgulho e a verdade.

Negrito

Pra ser ouvida mesmo que em silêncio
Eu falo em negrito
Em sinal nulo ou submisso
Eu grito pra dentro.

Em tom, então.

Me fala de amor com o teu som
Que eu te dou uma nota como resposta
O tom
Por que eu ouço o tremor da fala
Pecebo o som da voz que as vezes se cala

Enxe-me de sílabas unissínonas
Da boca que jorra pregos
Que vibra o martelo
Que constrói em cima de mim
Um vão acústico que me ensina a ouvir
Com a sensibilidade o bem me quer, quem não quer.

Se eu finjo em cima do muro
É pra tomar jeito
Pra tomar murro
Pois o esboço do meu esforço
É escrito em som escroto
No compasso dois por quarto
De um único tom relapso
O meu
Que disfarço entre os graves ecoados
E agudos desafinados.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Simpatia.

Sorrir com os ombros economiza músculos da face.

Monsto d'umbigo

Eu criava um monstro no umbigo. Ele era insistentemente chato e inconveniente, me fazia cócegas e de vez em quando me causava dor.Era cômodo tê-lo por perto por que me dava prazer quando ele aparecia com algo que refletia, mas eu só conseguia enxergar no escuro dos olhos fechados.
Esse monstro apesar de todas as impressões boas que ele me dava, eu queria matá-lo por que sabia que nada que eu via e que eu achava era real.
Quimeras vestidas de flores verdes e cheiro de baunilha, ou molhadas com som de passos solitários marcados na poeira recém pisada.Só quimeras.
A minha luta era diária e constante,o meu monstro d'umbigo precisava morrer.As batalhas eram travadas todos os dias com hora e local marcado: ao amanhecer e em frente ao espelho.
Olhos no reflexo, monstro no reflexo.Eles se enfrentavam com os olhos e com a imagem que só o reflexo podia ver.O monstro era cego, não podia ver o reflexo que via o monstro com olhos de desenho animado...
Não morria fácil, por mais que eu tentasse.Resolvi que talvez fosse mais fácil se acostumar com a sua presença.
EGO.

Sonhos

Sorte de hoje: Seu maior sonho vai se realizar


Bem, como eu tenho vários maiores sonhos, tenho que escolher qual deles eu vou realizar agora. Mas será que eu tenho que escolher mesmo? Porque ele não se realiza sozinho? ahh, assim seria muito fácil!

*Boa idéia, vou listar alguns dos meus sonhos.