segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Bala de troco. Que coisa triste.

Tão vazio como meu estômago ao meio dia. Tão profundo como último livro lido- de colorir-.Tão nutritivo como o sanduíche noturno que faz você se revirar, arrotar e ter pesadelos pesados. Tão inspirado quanto aqueles que aspiram. Ai, esses que me rodeiam. Fazem esse mundo girar do lado avesso. De dentro pra fora como uma dor antes de começar a ser sentida. Como um pássaro pousando antes de nem ao menos ter voado. Essas ruas recém-pintadas que mudam de rumo como se muda de roupa e/ou de companhia. Esses semáforos que incitam o ódio e a paciência necessária do dia a dia. Esses desvios involuntários por ruas (re) conhecidas. É a minha última saída. A única placa que me guia é o orgulho que me salva. Mas é muito pouco. ´
É pouco demais. Não cabe na mão. Não enche uma colher. Nem um conta gotas dá conta de contar. Mas eu conto por que teimosia e persistência, e não insistência, me são inerentes. Sou leonina, porra. De nada me vale sem se valer a pena. De nada vale a pena senão o pássaro. De nada vale o cavalo senão os dentes. Nada a ver isso aí, viu.  Dou valor a cada centavo e há quem chame isso de mesquinharia. Mas quem irá me poupar senão eu mesma? Aprende, filha, não espere do outro aquilo que ele não pode te dar. Não se contente com balas escusas.
-Mas eu só queria meu troco.