sábado, 5 de abril de 2008

Carta Aberta.

O Dia que eu Criei Coragem para dar Novos Passos.

Nas últimas duas semanas além de lidar com a possível ruptura de um sonho, tive que desprender energia para lidar, também, com comentários tortos e maldosos que envolviam a minha banda. Comentários do tipo: “A banda vai acabar”, “Não são mais amigos”, “Elas brigaram”, “A culpa é do namorado” e outros que iam além do bom senso. Por enquanto é somente nessas horas de discórdia e fofoca que eu sinto como é ser famoso. E por esse motivo, mas não unicamente por ele, resolvi escrever esse texto.

Durante quase dois anos e meio, eu e os outros integrantes da Blush Azul nos esforçamos para unir sonhos, anseios e temperamentos diferentes em um projeto em comum: a nossa banda. Nesses dois anos ajudamos e fomos ajudados a fortalecer a cena independente musical de Rio Branco e do Acre. Compomos e gravamos. Tocamos aqui e Brasil a fora. Ouvimos e fomos ouvidos. Vimos e fomos vistos. E foi lindo.

Mas assim como todo rio amazônico modifica seu curso conforme a necessidade do meio, a Blush Azul, sendo uma banda amazônica, teve que modificar seu curso também. Nossa baixista e amiga Giselle Lucena foi levada a direcionar para outros rumos seus passos. Por motivos unicamente pessoais e que dizem respeito somente a ela, Giselle não faz mais parte da Blush Azul. Mas sempre será uma de nós, tanto pela sua colaboração artística com seus versos inteligentes e com sua presença de espírito, assim como pela nossa amizade, que não está exclusivamente ligada à banda.

Ao contrário do que foi dito pelas más e longas línguas, não houve nenhum desentendimento que tenha levado ao rompimento. Nem por parte dos integrantes da Blush Azul, nem por parte dos gestores e colaboradores do Coletivo Catraia. Como afirmei anteriormente, a saída da Giselle se deu por motivos pessoais. Cabe a ela responder por eles. Na quinta-feira fomos chamados pelos gestores do Coletivo Catraia para uma conversa, onde tivemos oportunidade de expor nossos anseios, esclarecer nossas dúvidas e nos fortalecer como artistas. Muito mais do que desentendimentos, existe um forte desejo por parte de muitos de que a coisa funcione. E ela irá funcionar. (No que depender de mim).

A Blush Azul pretende continuar trabalhando e seguindo com a parceria do Coletivo Catraia, parceria essa, que vem sendo estimulante (eu acredito), tanto para nós, quanto para outras bandas e pessoas envolvidas na construção de uma cena cultural que se sustente e se renove cada vez mais. A Blush Azul é grata ao Catraia assim como o Catraia é grato à Blush Azul. Brigo todos os dias para que a recíproca seja verdadeira. E creio que todos, catraieiros ou não, devem fazer o mesmo, trazendo para debate aquilo que precisa ser debatido, independente da forma como será exposto.

É muito mais saudável expor as coisas abertamente, do que por debaixo dos panos, na boca pequena de língua grande. E tomar para si como um problema só seu. O problema é de todos e diz respeito a todos. Se há algo errado, há e se não, deve haver a oportunidade de corrigi-lo. Como li no texto da Veriana postado no blog do Coletivo Catraia, o rio segue seu curso. E a Blush vai seguir diferentes cursos afluentes do mesmo rio. A Blush vai seguir. O curso. O rio. A música. A catraia. Na catraia.


Kaline Rossi
Baterista da Blush Azul
Integrante do Coletivo Catraia
Sonhadora e persistente.

dope show.

Deveriam inventar alguma bebida que desse o mesmo efeito que o sono dá nas pessoas.
Eu,não sou eu com sono, fechei a porta do carro nos meus dedos.
Dopada?Chapada?Bêbada?
Não.Com sono.