domingo, 25 de novembro de 2007

2:45 am.

Foram horas mas pareciam minutos.Um quarto pras três daquela antes do sol.E um quarto pra não sei aonde.No escuro, as pupilas dilatadas eram falhas e mesmo de olhos abertos- ou nem tão abertos assim- não viam quase nada.
Nada além da aura sua refletindo a luz do poste que invadia sem ser convidado pela janela meio aberta. Nada além das palavras proferidas sem a timidez costumeira e que chegaram fazendo bagunça por onde passavam. E as palavras faziam voltas, faziam curvas. turvas.Aos trancos e barrancos elas pareciam deslizar em silêncio.O silêncio que as vezes se fazia presente. Sorridente ainda.
Sóbrio ou ébrio, nem sei dizer.
Nada além de escudo eu constatei ao ir descobrindo o que aquelas palavras poderiam significar. Seriam apenas elas palavras?A dúvida estava no ar, estava no álcool e na caneca verde com água.
Foram horas que pareceram segundos que tanta coisa passou por sua cabeça que não conseguiu executar nenhuma.E foi melhor não tê-las executado.Por que coisa alguma é melhor que nada.E nada melhor que respeitar a si mesmo.