segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Fantasma

E quando vem vigiar, olhar o que estou fazendo, faço o que mais sei fazer: ignoro, finjo que não existe o que muitas vezes não existe mesmo. Sinto o cheiro que deixa rastro pelo quarto e pelo corredor. cheiro de rua, mulheres e copos. Impossível não sentir. Exala pela pele e pela boca. Sinto nojo e sinto pena. Aquele é maior. Vai-te e deita-te no hotel de luxo que o custo é apenas um saco de pão fresco. Meias notas arrancadas com tanto ardor das mãos seladas. Vai-te e come do que sobra. É só o que sobra. E o que fica, pra quem fica, pouca gente se importa.

Um comentário:

Thalyta França disse...

Gostei! enquanto li senti uma ira, fiquei irada rsrs...

:*