quarta-feira, 28 de abril de 2010

que mistério que há

que mistério tem calvíce, que em cima nada existe, como insiste refletir raios ultra hiper mega violetas, de volta por céu

que mistério faz chover, jogando chuva nas nuvens e depois reclama do que manda de volta, o céu.

que mistério tem alice, com seus olhos borrados e tristes, como um conto escrito em papel sujo de outros sujos, como um canto escuro cheio de outras tristes a borrar olhos e calças.

que mistério tem a mesmice que se repete, se ri e se sente, como se a primeira vez fosse, como se fosse qualquer coisa, menos nada, primavera.

que mistério, insiste, há nesse que tudo ou nada se vê, viver entre folhas e luzes, escondendo o que realmente não se necessita, e a vida, lá fora, que há, onde está?

o mistério que existe, apagou-se nos mistérios da esquisitisse, que só quem tem paciência, insiste, ouve e lê sem bocejar.

e deixo escrito que não tenho.