quarta-feira, 23 de julho de 2008

Pro espaço!

Eu gostaria que o meu inferno astral não fosse aqui, na terra.

Me escondendo de mim

Anseio não te ver mais. Paranóia consome o controle dos dedos, teclas, notas, ondas magnéticas, sílabas frias. Distantes. Diz-se que o amor faz esquecer dores e desamores. Amores outros. Amores perto. Amores longes. Será que o amor faz isso mesmo? O que será o amor, um horror sem controle? Esse mesmo amor que faz ter vontade de matar- vide relatos passados - é o mesmo amor que faz querer coçar as costas, das mãos calejadas -vide DNA- unhas cortadas, pra proteger e não machucar. O mesmo amor faz ter vontade de sumir do mapa. Matar todas do mesmo sexo, meu. Eita amor polivalente! Destruir empresas telefônicas. aquelas que permitem o envio de sms, sabe? Inocentes, claro. É o silêncio dos covardes e não dos inocentes.Não há maldade nesse mundo tão lindo. Mundo lindo que as vezes eu acho que não vivo. A maldade não há. Destruir os olhos cínicos de' oi, tudo bem' . Destruir os casos omissos. Mentidos. Aqueles que não tenho conhecimento. Daqueles que eu talvez nunca saberei. Talvez não: que eu nunca saberei. Há pactos silenciosos entre os covardes. Seria um prazer destruir a ti e depois, a mim também. assim. E os anseios se contradizem. É, eu sou violenta mas ainda não tive o prazer de praticar a violência. Eita amor doente. Cadê a poesia e as palavras com rima? Cadê a doçura dos dias belos? Viraram bílis. Das noites trocadas pelos dias agora escuros? Evaporou no sol de hoje. Derreteu junto com meu rio que insiste em correr. Em seguir o curso que nunca havia percorrido tanto. Quero me travestir de rosas venenosas. Tóxica. Pensando bem, talvez isso eu já seja.