terça-feira, 15 de julho de 2008

Não me falte o passo, coração.

Das dores não acho que a minha é a maior.É só a que tenho.

Não me olhe com olhos mil. Se procurar um pouco, dentre as brumas e águas, tenho só dois.

Vomitspot.

Faço daqui, sim, privada suja para vômitos verbais. Verborragias com o sangue d'alma.

Pelos olhos rasgados.

Se pudesse fazia dessas palavras aqui, ponta de faca. Que entraria pelos olhos rasgando todos os nervos e vasos.Animal fatiado? Chegaria ao estomago. Ácido extremo. O faria regurgitar a saliva alheia que outrora(s) bebeu com a sede dos que há muito não veem fonte fresca. A sede da coca cola do deserto, já quente. A sede da água límpida da fonte. Água logo ao lado,fonte logo ao lado, sim. Mais conveniente não poderia ser. Quer dizer, até poderia. Dos sorrisos familiares, conforto. Da calçada agora, duplamente pisada, subterfúgio. Do portão da despedida, não mais exclusivo. Da varanda, risos. Daqui?Agora? Imensurável dor.A água da fonte que inunda a casa onde morava o amor,chega levando as flores transformando em horrores. Sonhos pesadelos intermináveis. Levam a água dos olhos que não se sabe mais de onde sai. Com a mesma faca, rasgaria cada célula da mão que toca a pele nova que, na mão, já é morta. Pois se o passado me condena. O teu presente é a minha pena de morte.