segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Elas denovo.

Nasceram flores, nasceram fungos, maribondos e futuros moribundos.
O sol nasceu todos os dias no mesmo leste tangenciando a janela se infiltrando pela persiana.
E derrepente a luz do sol ficou branca mudando de astro pra satélite. As vezes metade, as vezes inteira iluminava os olhos côncavos brilhantes.
Ali deitada no chão frio, observava as nuvens (ah, as nuvens!) mudar de forma, dançando com o vento.
Graciosamente brancas às vezes eram corações, carneiros e dragões. Noutras pássaros, notas musicais, espadas e derrepente aviões!
Queria poder escrever com luz o que se via, pois a memória nova em folha já é gasta.

Sentindo

Sentir crescer com violência o sorriso que vem de dentro.
Sentir o palpitar da pupila dilatada (pa pu) brilhando em uma competição covarde com o sol.
Sentir as pernas mexerem descompassadamente em um ritmo insolente,daqueles difíceis de dançar.
Sentir os braços do tamanho do mundo, braços moles de fraqueza e fofos que nem algodão branco que acaricia a alma com o coração na mão.
Sentir crescer dentro de si a violência do ar em movimento que faz fechar os olhos e ver as ondas passarem.
As ondas invisíveis e audíveis que passam, abrem e fecham as janelas paralelas amarelas, são as mesmas ondas que fazem os pêlos do braço mole arrepiar de uma maneira diferente daquelas que fazem arrepiar de medo.

Ouvindo:
'Sentindo a solidez do que é volátil em silêncio' hehhe