segunda-feira, 30 de junho de 2008

Aonde estão?

Onde estão os amores perdidos
Onde estão os amores de verão
Se foram embora de ônibus, catraia, jumbo ou bimotor
Sejam as águas do chão ou do céu que os levam

Se vão e levam um pouco de mim,meu amor
Às vezes me levam sem saber
Às vezes eu nem quero ir e vou sem querer

E quando verão que os olhos que dizem oi
Não têm a mesma cor dos olhos que condenam
Quando não tem ninguém vendo?

Às vezes sem eu saber, vou junto
Vão pedaços de mim que eu cato por parcelas
Prestações baratas de alguém que não sabe ao certo quem os leva

Aos poucos quando eu me permito
Chego sem pedir licença
Pego como meu aquilo que realmente o é: eu.*



*s2

Co (Relação) Promíscua

O que seria a presença senão a ausência constantemente presente?O que seria da ausência senão a presença tão perto mesmo distante?Pergunto-me todos os dias. Mas não me cabe. Nunca me coube. Deixo que eles se resolvam. Resolvam-se eles. E enquanto isso não acontece eu fico a observar a ausência e a presença se fundirem em frente aos meus olhos, espelhos d' agua salobra. Reflexos de passado amargo não(mal)resolvido.Reflexos descendentes à dor. Resolvam-se eles.

Ser ser *

Sinto dizer
Mas não sei
Mais ser (verbo)
Ser (substantivo)
Não sinto que sei assumir
Prefiro Omitir
A Sorrir
Ou inventar felicidade
Camuflada em saudade
Reprimida ou contida
(adjetivo)
Só sendo.


*Repostagem de Outubro de 2007
- 2° Lugar no I Prêmio de Literatura Acreana Garibaldi Brasil