quinta-feira, 23 de outubro de 2008

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E chovem pedras no teto.
Chovem pedras na minha cabeça.
Mas que vontade que dá olhar pra cima e ver as pedras caírem.
E chovem pedras com força.
Deixa eu fechar a janela
Antes que tudo aqui umedeça.

Presente

É o reflexo por entre vidros, por entre lentes, por entre mãos. Reflexo de vidas distantes, confusas e convergentes em alguns pontos. Legal é ligar esses pontos e formar um desenho que aos poucos eu vou descobrindo que desenho se forma. Pego na tua mão e conduzo o traço pro outro lado. Pega a borracha apaga o borrão que ficou. Lápis de cor não apaga. Ainda bem que é cor de nada. Cor de animal assustado. Faz a linha. Pega a corda. Amarra e guarda numa caixinha. Aquela na qual tu guarda só as coisas boas. Em cima da caixa, tem um laço verde cana.