sábado, 12 de dezembro de 2009

Chá comigo.

meus sonhos passaram voando entre aquelas nuvens enquanto eu, aqui de baixo, observava com aquela minha velha amiga gastrite nervosa, tomando chá de hortelã, meu novo vício. Novo vício que eu me rendi fácil. Diferentemente das drogas que circulam por aí e pelos sangues, eu fiz questão de largar mão dessa resistência fundamentada num passado frustrado de um chá de casca de laranja. Hoje eu entendo muito mais a minha gastrite, quando eu decretei ódio mortal e abominação pública àquele simples e inocente líquido amargo. Percebi que decretei meu bem estar e minha amargura sempre pro ano que vem, assim como muitas coisas na minha vida cujos planos tem data pra começar e margem de erro pra adiamento de no máximo 1 ano.

O chá não pode ser aquela 8 maravilha gastronômica mas eu não acredito se alguém me disser que qualquer chá sem açúcar é gostoso. Pode ser gostosinho, bom de tomar, relaxante, qualquer outro adjetivo mas gostoso não é de jeito nenhum. Um dia minha avó (mentira, foi a minha mãe) me fez um chá de casca de romã que tinha gosto de meia. E pra saber como era o gosto, é só lembrar do cheiro de uma meia recém saída de um pé suado de dentro de um sapato de couro. Pois é. Consegui superar o trauma de criança do chá de casca de laranja da minha avó, que como dizia a minha avó ( e ela disse mesmo, não é chavão) fazia bem pra gripe. Acho que foi por isso que a gripe nunca me largou. Tava é bem.

Superei o trauma do chá de casca de romã ( que minha mãe jura faz bem pra garganta e agora eu acredito) e agora achei meu novo vício. Por que não se faz chá com sazon, mas com amor e pelo amor, tomar chá hoje em dia ficou muito mais gostoso.