sexta-feira, 13 de abril de 2012

Em legítima defesa da honra

Bolinha e três companheiros formavam o grupo musical Os 4 Batutas. Ele tocava bateria na bandinha de colégio Marista, lá na Paraíba. Cabeludos, ousados e à frente de seus tempos verbais, fizeram muito sucesso em mil novecentos e uns copos de caldo de cana. Tal sucesso foi interrompido, dizem que sim e dizem que não, quando Bolinha, cara gente boa e de bom coração descobriu que sua mulher, Lindonésia, estava lhe traindo com o motorista do Vereador que morava perto de sua humilde residência. Armou tocaia na esquina da farmácia, esperou ela passar com o cara e os seguiu. No sinal da Rua Tambaba desceu do carro, apertou o gatilho na Linda e no amante. Foi preso, claro. Mas não por muito tempo. Pagou pena de dois meses por que seu advogado conseguiu sua libertação alegando que tinha cometido o assassinato em legítima defesa. Legítima defesa da honra. E o cantor dos batutas, conhecido como Zé Baralho, seguiu carreira solo e hoje vive de sucessos passados.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

menos é mais

ama-me menos,
mas ama-me por muito tempo.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

tempo verbal

Enquanto isso na sala de aula:

- Fernanda

- Presente, professora

- Carlos

- Presente!

- Marina

- Presente
(mas cheia de passado)

domingo, 1 de abril de 2012

do falar

Nesse mundo cheio de silêncios,
tenho o péssimo hábito de usar das palavras 
(e de gostar muito disso).