terça-feira, 30 de dezembro de 2008

que som
se ri
quando se faz?
que som
se faz
quando se ri?

Vai-te e Lilith!

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Sai fora,Gina.

Não acho que viver seja melhor do que sonhar. Talvez o amor não seja uma coisa tão boa assim. Prefiro me perder entre letras e dedos do que no caminho que não se tem mapa: o do amor. Pensando bem, talvez seja a mesma coisa.

Continue sorrindo enquanto ainda há dentes.

Fugaz

Não tenho como fugir da vida por muito tempo. Nem de mim mesma.

domingo, 28 de dezembro de 2008

É que me faltam adjetivos.

Num campo verde, de grama verde, num céu azul existiam árvores. Na grama verde, em baixo do céu azul, existia vida. Da vida vinda do chão coberto de verde e do azul de cima nascia a árvore. Crescia, crescia, crescia até quase tocar o céu. O céu era baixo, se podia tocar com as pontas dos dedos, nas pontas dos pés sobre as pontas do chão. Ao alcançar, parecia estar se atravessando uma camada de gelatina que se rompia ao simples toque dos dedos e, do outro lado, sensação de menta.

Tudo flutuava aos tons cianos. Do céu baixo, de vez em quando chovia. Quando chovia era uma alegria. Podia se sentar à sombra daquelas árvores e observar delas crescer aqueles frutos. Em câmera lenta não tão lenta. Não tinham flores. Dos galhos das copas largas como uma saia rodada de bailarina, brotavam bolinhas cor de vinho de textura emborrachada que iam inchando à medida que a chuva caía, como uma esponja. De longe dava pra ouvir o barulho. Tinha barulho de vida. As bolas cresciam, cresciam. Algumas explodiam deixando o ar tomado pelo cheiro doce, outras ficavam lá esperando para serem colhidas.

Levantou da sombra e foi ao encontro da bola rubra. De tão grande, as duas mãos, (se tivesse mais, também) seriam necessárias para arrancá-la do galho. Com cuidado, fazia-se um furinho com o dedo e se rompia a camada emborrachada liberando todo o seu conteúdo. Por fora borracha. Por dentro gelatina. Uma fruta moderna com as tendências de materiais do atual século. É por que não se fazem mais adjetivos como antes. Seu conteúdo era sempre gelado. Como se tivesse saído da geladeira. Também, o vento vinha tão carregado de águas vindo de tão longe, daquele azul imenso refletido, que não vem daquele céu, que ás vezes penso que ao invés de sal, aquele azul era doce e não era doce por falta de sal e sim, por excesso de açúcar.

Prazer maior não existiria àquele de sentir escorrer pela boca aquela sensação gelada. Se tivesse espelho, seria engraçado enxergar-se com a boca vermelha feito sangue. Algo de se fazer inveja à qualquer vampirófilo. Escorria e não era pouco. Era fluído e escorria vermelho. Escorria gelado. Escorria lambuzado. Dava vontade de tomar banho. E esse era apenas um fruto. Uma bola cheia de (uma) cor e de sensações. Imagine viver de uma árvore dessas. Se naquele tempo o pudesse, faria piscina de refrescar com aquele sumo divino. Se bem que assim, como um tesouro descoberto, não gostaria que virasse a nova sensação dos últimos tempos desde a descoberta da maçã. Pobre maçã, não chega nem às raízes de vossa alteza avermelhada. A intenção era colher todas as bolas, colocá-las enfileiradas e ao deitar sobre elas, ser levada aonde o terreno quizesse (era meio inclinado). Só que estavam bem maduras, quase à ponto de explodir e foi assim que morri afogada. Por osmose.

O passado é ama*dor

Às vezes eu penso sobre pessoas más. Podem ser aquelas que não têm coração ou que já sofreram demais. E esse sofrimento não é comparável à um maior. Cada um sabe de si com antensidade que se é e que se tem. Não existe dor maior. Existe apenas dor. Tem gente que faz maldades com a dor, tem gente que não. Gente que morre, gente que mata, gente que se mata. gente que mata o horror. Gente que bebe, gente que joga sinuca, gente que se esconde detrás do telefone. Gente que reclama da maldade do mundo mas só o fato de existir já torna o mundo pior por achar que o sofrimento do outro é loucura. Não te lembras das noites que passou em claro lembrando de alguém? Ou chorando tragédias irremediáveis? Ou mesmo da maneira como a tua maldade pode ter deixado alguém tão infeliz quanto você? Se tu sofres, fazes parte. Não julgues a dor e nem o sofrimento como loucura. Louco é quem me diz e não é feliz na loucura, isso sim.Gente má é isso.Gente que especula, que sente prazer na dor, sua e de outréns. Gente má é aquela que não faz nada.Gente má é moldada pelo mundo.E olha só, é o mesmo mundo que você vive!


* Out 06

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Eu prometi.

Natal

Eu não vou escrever um texto depressivo sobre.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Sina

Era assim: sentada no banco de madeira desconfortável, sentia um vento que não conseguia explicar de onde vinha. a temperatura era amena. os raios solares chegavam às helicônias numa angulação que as deixavam com sombra no chão. tudo ao redor tinha cor de clorofila e marrom madeira. até o chão que tentava se desfarçar por desenhos, labirintos e mosaicos tinha tons já de antes conhecidos. Ao levantar o olhar podia se enxergar (a si mesmo) por entre as árvores, construções antigas, com traços e linhas vanguardistas. é, aqui já foi vanguardista na época de vanguarda. eu não cheguei a viver tal época mas estive em fotografias bem como muitos que conheço. Na época que eu era um incômodo, entre aspas, por não conseguir ficar sozinha, pessoas jogavam cartas como esporte. Uniam-se, conversava-se sobre política, sobre tendências esquerdistas, sobre como o mundo seria bom em 1999. Era um número bom, diziam eles: -Coisas boas, quando são repetidas, são melhores. E entre jogos, não de aposta, espumantes e cigarros, noites e dias iam e vinham enquanto alguém esperavam alguns em casa.
Por aquele chão, que agora é coberto por roupa nova, passou muita coisa. Passeatas, campanhas, manifestações, procissões, carnavais, setes de setembro, religiões, macumbas, cirandas, teatros, cordéis, poetas e poetisas, músicos e suas músicas. E como um flash, que veio com aquele vento e com o trabalhador que se diz cuidar de carros, voltei pra realidade ao som de um sino alto, agudo -potente até- que, diferente do que pensava ser: apenas uma reverberação, foi tocado durante quase 15 minutos. Nestes que me vi, com lágrima singular, sorrindo ao ver aqueles que me deram vida nova aos 20 anos. Ambos com uma pequena vida de mãos dadas firmemente ao subir a escada. Foi a primeira vez que ouvi o sino da catedral tocar.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

mesmo velho ano novo.

Se for pra passar a virada de ano longe de Rio Branco e das pessoas de Rio Branco e chegando lá só tiver as pessoas de Rio Branco que eu gostaria de ficar longe? Prefiro continuar em 2008.

Shivering

Singing loooooooouuddd and cle e ear.(8)


And it´s not for fear. it´s for hate.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Ir ( imperativo)

A cada nunca mais
Vejo o futuro presente
Se ontem foi pra sempre
Eu não posso esperar pelo amanhã
A dificuldade de largar tudo e ir embora
É o contraponto da insensatez
A carência que se confunde com a dor
E daí, vai ladeira a baixo
Sem freio nem pneu
E na contramão

E vai na contramão pro infinito
E vai, vai e volta pro início e eu fico
E vai, falando no infinito
E vai pro infinito que eu fico
pro infinito que eu fico.

É verd arte.

"Não sei se a arte pode mudar o mundo, mas se o mundo mudar foi por conta da arte."

Compra-se férias. Pode ser parcelada?

AVE(s)

Era um frango em meio aos pavões.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

fashhhhhhh


E eu, sinceramente, não tenho medo de me render à futilidades (há quem diga quando o contexto não satisfaz a quem não está inserido) do mundo bonito. Sei do que não gosto e sei do que não quero. De resto, como tenho dito, é só o que sobra.

Sobre a nova Biblioteca Pública do Acre

P-U-T-A-Q-U-E-P-A-R-I-U!


Posso voar.


contra fotos não há argumentos.

Compra-se férias.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Destino?

Pro passado: já!

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

eu dirijo sozinha
pensando sobre morte e vida
na vida da vida
nos mortos e nos vivos
nos sepulcros vazios
que fazem parte de um passado
que eu não fiz parte
e daqui a uns anos
me farei presente
no passado de outrém
nem que seja
apenas pela memória
dos velhos do além

Footless

O grande problema dos problemas de família é que são um problema.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Raindrops keep falling...

Antigamente a chuva que vinha até mim
Hoje eu que vou ao seu encontro
Vou em baixo da nuvem branca
Até me transformar numa nuvem negra.