domingo, 11 de abril de 2010

da venta e do verde azul

e há que diga que nada mais há no azul imenso do céu, apenas ele. Grande, vasto, vezes multicolor, astros. Penso muitas coisas, entre muitas delas, coisas boas e proveitosas. Penso que nesse céu que abraça o chão, cabe muito mais que pequenos imensos astros vistos à olho nú, sequer almas perdidas, borboletas e algodões doces. A vida e o céu dão as mãos no entardecer pra cobrir os olhos de quem vê com a alma e os olhos da cara, o sol, aquele monstro que anda castigando quem fez, ou não, por merecer. Fato é que a terra, o céu e nem o diabo no sol são justos, por isso tanta revolta e perplexidade perante os acontecimentos fatídicos que assolam quem merece, e quem não.

Triste é ver essa coisa enorme sob nossas cabeças e sentir o quão mal tem se feito. Não tardar muito e o azul com carneirinhos tornar-se-á cinza e escuridão, por fim. E momentos como esses que poderiam ser perfeitamente compartilhados num vento seco, resultado de um pseudo frio, vir desarrumar a franja, cobrindo os olhos a olhar aquela linha, horizontal, dependendo de que ângulo se vê, se dissolver em segundos laranjados. Poder-se-ia compartilhar, se assim pudesse. Estar viva é muito mais gratificante do que um par de camas sem pés a ranger. Por que a ausência e a certeza de que a mesma é pra sempre, por vezes conforta, por outras é grata por que na vida, nada é por acaso e acima daquela imensidão azul e seus carneiros, há quem saiba demais.