sábado, 10 de janeiro de 2009

Pra exorci-tar esse meu lado.

Acho que já vi(vi) isso. Eu tenho uma bateria para se tocar com os dedos. Tenho olhos vermelhos de raiva. Tenho nojo desses sentimentos. Quase não tenho mais estômago. Tenho pena dela. Covardia que nem nascendo denovo poderá se livrar. E que veio denovo. Por linhas tortas, tua vida também é. Por falas tortas, tua lingua queimará. Pelas vielas esburacadas e mal cheirosas por cervejas verdes regurgitadas, cairás e se arrependerás no dia seguinte. Poft, ouviu o barulho do tombo? Sentirás vergonha do ser repugnate que és. Culparás a que nenhuma culpa tem, verdinha. Declamarás impropérios e desgostos, com o mesmo vocabulário, é fato, que inteligência lhe falta. Lhe faltam livros. Lhe faltam amores nessa vida feita às sombras. Lhe falta luz, cara! Não se vive só de cores, nem rabiscos, fato idem. Como também fato é a certeza que daqui pra frente terás. Eu vou estar aqui. Só olhando e esperando o que eu já sei: não virás. Não espero muita coisa de gente que nega abraço de despedida.