terça-feira, 30 de junho de 2009

coisa boa

é ter um amor sem passado
com gosto de vencido*





*crédito da frase pro Marquinhos.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Descobri que sorvete de creme combina com teu gosto
Que as ruas que me levam pro teu caminho
Passam por um lago pintado
De listras brancas, vermelhas e pretas
De plantas coloridas na pele
De guerras, danças e gritos cantados

Descobri que aquela flecha de anjo
Na verdade era flecha de outro
Tinha um pó extasiante
Parecia estar escrito na bula
Se tivesse, andava de costas pra lua
É hora de sentir de verdade
Com moderação pode abusar

Entrou de vez como num batuque
Abalou as estruturas coronais
De penas e pássaros
Reverberou com um canto
Como naquele canto que te vi
Pela primeira vez chorar

De mãos dadas com teus pêlos
Cabelos, me dá teus anseios?
Me vi do lado avesso
Esperando você me espiar

Foi naquele dia, na luz da tua
Que eu vi minha mão nua
Calos, cores, calos com calos
Me calo, e espero você voltar.

dos meus verbos pontuais

agora sim eu posso me livrar do arco-íris,
do relógio, da blusa, daquela caixa cheia de coisas,
de ventos, de cheiros, de guardanapos rabiscados com azeite,
e bebidas cevadas fedidas e verdes,
de segredos inconfessáveis,
não por mim, por eles,
e do quebra-cabeça que fiquei de te deixar na porta de casa,
eu virgulo.

posso me livrar enfim daquele grampo de cabelo.
achado por acaso no chão do meu chão.
da arte de enganar. que dias e dias foram nossos chãos.
nossos. fingido normal.
sim coletivo. plural. ésse no final.
péga. é de presente.
ela no fim e eu no começo.
ou seria do contrário. o avesso?
eu pontuo.

me lembro bem daquela música que diz em sons menores.... que dor é maior...
não é tua voz que canta... não precisa...as notas que me notam... me tocam...
com mãos e membros limpos....fluídos correntes e límpidos...

lembro daquele acorde maior...acorda faz sol....
te levo pra praia e te faço sorrir sem dó...
te balanço no colo, te mostro em aquários...
peixes estranhos a sorrir e festejar arpejos trasparentes...

debaixo daquele guarda chuva colorido...
cor sim cornão...sorriso amarelo mostarda...
acende um incenso com cheiro de patuá, pra disfarçar...
debaixo da camisa uma flor com espinhos...
agudos e bonitos...me espera na porta do cemitério...
que te vejo chegar...

eu pratico o verbo reticentiar

domingo, 28 de junho de 2009

Morangos frenéticos e a passeata sonora dos cegos

É tudo cinza. Céu, chão, faces e subterrâneos. Árvores tentam resistir nascendo, florando e sombrando como se fosse a última vez e respirando como se fossem únicas responsáveis, em meio aquela bagunça organizada em linha reta. Elas me dão medo. Me olham com cara de abraço. Às vezes eu sinto por não ser tão amável, mas isso me faz ser quem eu sou. Bom ou não, graças ao bom senhor. Por aqui cachorros passeiam, mas só eles. Senhoras solitárias têm seus momentos caninos da calçada. É meio triste ver todos aqueles semblantes preocupados com a vida e, mais do que nunca, com a morte.

Logo de cara: Passa a bolsa, passa o tênis e o casaco. Foram-se algumas centenas de reais e um bilhão de certezas que as coisas ruins só acontecem com o vizinho. Deve ter sido outra macumba mal feita. Placas, placas, letreiros, faixas, homens e carros. É muita informação pra dois olhos só. Como não tenho câmera fotográfica, (roubaram junto com a minha dignidade noutros tempos. Consegui recuperar só a dignidade) meu obturador pessoal registra a cada piscada, imagens que, se eu pudesse, reproduziria com as mãos. Mas não posso. Na minha infância ao invés de estudar artes, estudei música. E isso não justifica minhas falhas de caráter. Nada justifica. Só o Word.

Penso tragédias. Vejo um ônibus atravessando a rua e imagino um trem vindo de encontro a ele, amassando narizes e esbugalhando olhos. Eu sei que trem não anda na mesma rua que o ônibus, mas tudo isso é fruto da minha imaginação, como disse. Imagino pessoas se partindo no meio na calçada, órgãos, víceras, sangue e membros alados, seios e silicones jogados no passeio enquanto pombos procuram o resto de milho de pipoca que sobrou do verão passado. Imagino-me caindo em um precipício e lá em baixo só existem vermes de óculos. Entro no avião e imagino uma explosão, pessoas voando e eu sendo amassada por umas toneladas de ar. Até nas coisas mais simples como ao entrar no meu quarto no escuro e jurar que quando eu acender a luz um extra terrestre vai pedir meu cérebro, ou um monstro vai chupar meu sangue, ou até mesmo um homem comum vai me dar um tapa na cara, me jogar no chão e desmaiar no banheiro de remorso. Minha mente é absurdamente, eu sei, mas isso me faz ser mais centrada e estar preparada sempre para o pior. E quando o melhor vem, é um maravilha de bom.

Vi uma banquinha de frutas.Todas elas me pareciam deliciosas e o preço era três vezes mais barato do que eu costumava pagar em outros lugares. O que eu fiz? Como compulsiva que sou, comprei três cartelas de morangos. Lindos, vermelhos de dar água na boca. Botei na mochila, com cuidado para não amassar e depois guardei na geladeira. Uns dias depois tinha até esquecido dele. O frio me fez ficar um pouco mais burra. Parecia que os neurônios tinham dado um paradinha básica para o café quente, pra aquecer. Resolvi pegar um metrô, coloquei as cartelas dentro da mochila denovo e segui. Segui, segui, andei, andei- Caralho como essa cidade é grande- metros, metros, estações, metrôs, morangos. Abro uma cartela e começo a comer. Era tão suculento que eu senti que estava mordendo uma nuvem, vermelha, claro. Vermelho. Frio. Gelado. Morango, morango, calçada, mendigos, morango, lojas, pastelaria do chinês, vermelho, papelão, pedaços de marmitas encostadas aos postes, folhas, vermelho, morango, morango vermelho, doce, padaria, sons, sons, vermelho, morango, sons, doce, flauta, acordeon, meleca, doce, vermelho, cubos sonoros, morango, faixas de pedestres, branco, vermelho, morango, cabeludos, metaleiros, morangueiros, morangos, guitarras, dó-ré-mí-fá-sol-lá-si, vermelho, pentatônica, turuturpá, morango, vem de ré pra mim sem dó, baterias, suco, batuques, xeco-xeco, vermelho, cachorro, côcô, vermelho, -vamos dar uma entradinha?- como assim, entradinha, ô rapaz!?- vermelho, morango, suco, fiquei corada, ladeira, carros carros, vendedor de macaxeira (o que ele estava fazendo ali?), vermelho, suco, vermelho, escaleta, azul, daquela cor, vermelho, morango, - meu deus, que cara bonito!-, paixões instantâneas e voláteis, ladeira, portas, sons, notas musicais, eu e meus morangos frenéticos.

Parei, olhei e continuei olhando. Um grupo de pessoas, umas 30, atravessam a rua, duas a duas. Detalhe: uma delas estava vendada. Primeiro achei que era uma terapia de grupo para desenvolver confiança na outra pessoa, mas logo vi que eles eram cegos e seus cachorros estavam sendo treinados junto com eles. Passavam vagarosamente por cima da faixa de pedestre, listras bancas no asfalto preto, pareciam as teclas de um piano, ou de uma escaleta, que quem soprava era o vento frio que vinha do leste. Cada passo, eu imaginava uma nota, aumentaram a velocidade e pronto, logo vi: era a nona sinfonia de Beethoven.

sábado, 27 de junho de 2009

Em meio ao cinza gélido
pra colorir uso um arco-íris no pescoço
.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

acontece


aconteceu o que eu temia: virei uma amante da natureza e o pior de ser uma amante é ter que aceitar dividir, aceitar compartilhar algo que nem é seu de verdade, com outras pessoas que não são nem pessoas de verdade.

aconteceu o que eu temia quando falava dos algodões doces e dos horizontes de outréns. aconteceu quando achava bobagem um sentir tão abstrato que é dizer gostar de algo ou alguém. é abstrato, não se quantifica, não se dimensiona. se sente, se sonha.

aconteceu o que eu temia que qualquer árvore me faz chorar e nem todas são seringueiras ou marupás. aconteceu que pássaros vêm até mim querendo conversar. é como se eu tivesse um imã que virou reverso. meu reverso é do bem e eu só tenho esse agora pra usar.

ontem entrou um pássaro gordinho de peito dilatado pela minha janela. voou, voou se bateu e ficou a me observar apontando lápis usados. parecia querer me dizer algo com seus olhos redondos, estes que pareciam querer explodir de tão brilhantes. teve uma hora que eu pensei que ele ia se transformar num anjo, ou num demônio, vai saber. já tive mais medo das coisas bonitas da vida. deve ser porque eu tive uma nuvem preta, um isofilme 100% sob meus olhos que me impediam de enxergar as luzes, as luzes do céu e as luzes do teu olhar.

aconteceu que ao andar em baixo de uma árvore gigantesca, ela cuspiu uma flor na minha cabeça. esse tipo de cuspida eu adoro. era cheirosa e delicada. olhei pra cima e sorri: 'obrigada'. seus galhos pareciam querer me abraçar, mas eu sou tão pequena, sou tão pequena a te olhar. desculpa, um dia te alcanço. por enquanto posso ficar aqui, embaixo da sua sombra? preciso repassar meus sonhos acordada, tô cansada de viver e não sonhar.


demorou, mas aconteceu que consigo enxegar os horizontes que vão além, pode acreditar. Além daquela próxima castanheira ali, além do que os livros podem me ensinar. Além do meu céu, que é mais pro norte. além daquele cheiro forte que me faz lembrar.

aconteceu que meu perfume preferido não tem mais gosto de laranja e nem de dor. aconteceu, que pra retribuir, cuspi pra cima e meu cuspe virou flor.

domingo, 21 de junho de 2009

me disfarço
me desfaço
me deslaço
te abraço
no chão

terça-feira, 16 de junho de 2009


pegue um machado
amole
pegue um pano
para limpar o suor, vai precisar.
pegue também um punhado de sementes
das que tem bastante proteína
não esqueça do seu pó
proteja-se do sol
siga o rumo dele
afaste aquele cipó
aviste, mire, apunhale
dilacere, arregace
rompa, machuque
veja sangrar
sangue sem cor
sinta o cheiro, é cheiro de dor
ali ficou um pedaço aberto
outro pedaço se foi em suas mãos
volte daqui a uns meses
uns anos
veja se há buracos
não. fechou.
agora veja quanto cresceu
olhe seu interior
veja nos anéis, o que sobrou?
cicatriz que formou
tinha cara de cumaru-ferro
usava óleo de peroba
mas tinha cheiro de cravo
de defunto que tentou ser
por muitas e muitas vezes
até apodrecer
e cara, como fedeu.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

foto por J. Arthur

das cores e dos prazeres

domingo, 14 de junho de 2009

please, don´t watch me dancing.

sábado, 13 de junho de 2009

sonhei de virar quadrado.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Dos tempos

Às vezes eu não me importo em acordar atrasada. Estar atrasada sempre foi um coisa normal. Mas quando eu era uma garota primária, tinha neura de relógio. A aula começava 7h e às 6h15, impreterivelmente, lá estava eu, sentada na arquibancada da quadra de educação física, vendo as pessoas chegarem com suas caras de sono, suas remelas viscosas e suas pastas de dente na gola da blusa. Umas pareciam que sequer tinham acordado, tinham chegado à escola pelo sonambulismo conduzido por seus pais. Quase ninguém ia de ônibus. Pequenos burgueses, não sabem o que é sofrer de verdade, alguns diziam. Tinham pais e mães, a maioria. Os que não tinham, não eram totais infelizes, não. Eram da galera do fundão, da galera da briga, da galera do futebol e a galera do livro também. Eu fazia parte de duas dessas galeras aí. Essa galera se divertia na tristeza e na desgraça que eram suas vidas. Admiro essa habilidade das crianças. Viviam na diretoria. -Preciso conversar com a sua mãe, menina. - Se você encontrar ela em casa primeiro que eu, me avisa. Também quero conversar com ela. Batiam nos menores para se sentirem superiores e poderosos mas quando chegavam em casa iam assitir animes de monstrinhos fofinhos e choravam de saudades do amigo imaginário chamado Marih, era tailandês. Escreviam cartas à mão deficiente de caligrafia. Kali=bonito; graphia= escrita. Nunca foram entregues por que os correios não aceitavam enviar ao destinatário com o mesmo endereço do remetente.

Sei que com o tempo isso foi passando. O tempo passou a ser uma mera palavra que não pesava em quilos, pesava em segundos e meus segundos são bem leves. Todos os meus seis relógios marcam uma hora diferente. Uns alguns minutos antes da meia noite, outros alguns minutos depois do nascer do sol. Meus horários favoritos. De dia viro flor e de noite viro bicho. Tem relógios que eu nem uso, me lembram tempos que eu não quero me lembrar. Tem uns que eu não consigo livrar do braço direito, que é o braço que eu mais gosto. Não sou canhota. Sou direita. Consegui abstrair seus tempos.

Mas a verdade mesmo é que hoje em dia não me preocupo com a pontualidade, apenas a dos meus ponteiros. Se é hora de acordar, em que relógio? Se é hora de cantar, com que galo? Foi-se o tempo que eu me preocupava com o passar dos passos apressados. Foi-se o tempo que 6h era o horário de acordar e 10h30, 10h32 eram os de durmir. Foi-se o tempo que eu contava as horas. Foi-se o tempo que minhas flores preferidas eram gérberas. Foi-se o tempo que minha pele era rosa.


quinta-feira, 11 de junho de 2009

vim aqui, escrever no blog.

feliz ao vivo
e à cores.

vem nadar aqui, vem.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Dos sonhos

Era daquelas pessoas paralisadas. Paralisadas no tempo, no espaço e no lugar. Tinha dois sonhos. Daqueles simples que, se a vida não tivesse virado 1° pra direita, não seria sonho, seria apenas uma rotina. Tivera uma febre de 3o dias. Sua mãe morreu cedo. Tinha mais ou menos uns 50 anos. Ou menos. O sofrimento envelhece e dá pés de galinha para qualquer vinteoitão que se acha invencível por tudo, inclusive pelo tempo. Ele nem se achava, queria mesmo é sonhar. Devido à febre ficou doente pro resto de sua vida. ainda tem um resto. Ao confessar sobre o que tinha acontecido, senti uma certa umidade nos olhos daquele senhor e eu confesso que dos meus, quase escaparam alguns úmidos. Não tinha os movimentos das mãos. Eram apenas pêndulos moles, sem controle que, à medida que ele tentava controlá-las , balançavam que nem uma maria mole com cheiro e cara de pele. Acho que tinha paralisia na língua também ou talvez fosse apenas a falta de dentes que dificultava uma dicção compreensível. Ele fazia tudo sozinho. Todos os dias de manhã pegava o saco de estopa com os punhos, na verdade usava o osso das mãos para sustentar o peso, arrastava com suas pernas pesadas (também tinha problemas nos pés, eram pela metade e sempre enrrolados em faixas). Pra enxugar o suor do esforço, punhos na testa. Incrivelmente conseguia tirar saquinho por saquinho, caixinha por caixinha e montar uma bandeja de balas, chicletes, jujubas e pirulitos sobre um banquinho de madeira.

- "Meus sonhos eram: aprender a ler e ser escritor." Tirou do saco um caderninho amassado de capa mole. Coqueiros e um mar azul.

- "Veja. eu que escrevi. Na verdade não escrevi, eu ditei e a minha vizinha escreveu pra mim. " Eram poesias. Eu já estava quase chorando.

O primeiro verso, o único que me lembro, dizia:

Não há tesouro no mundo capaz de ser maior que minha mãezinha
Não há tesouro maior, nem nos mares há.(...)

-"Um dia eu ainda vou publicar um livro. Vou largar essa banquinha de doces e vou ser famoso. Obrigada minha filha, por ajudar a montar a minha banquinha. Deus te dê todas as coias boas que ele não deu pra mim."


..
.
.
.
.
.

Entrei no Ufac soluçando e pensando: hora de escrever um projeto.



segunda-feira, 8 de junho de 2009

a gente nunca sabe o que fazer. acaba fazendo sem saber mesmo.

na minha casa só chove do lado direito.

bloguimeio.


testando postagens por e-mail. mas que maravilha!



--
Kaline Rossi

hoje sim, eu sou eu naquele espelho.

domingo, 7 de junho de 2009

me falta um template pra vida.

sábado, 6 de junho de 2009

quando estou no céu,
Deus me dá uma bomba
de nuvens de presente
e quando ela explode
tudo se inunda
de azul turqueza
que é a minha cor.
é uma das minhas cores.
por que às vezes eu não tenho cor
me foge. me erra.
ei, morra aqui!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Dia do Amor.


O mundo está em crise. Isso é fato consumado, comentado e debatido até em mesa de bar. (como assim 'até em mesa de bar'? tem gente que quando bebe fica inteligente, importante e às vezes até invisível. É um bom momento para se debater). Tem gente que não sabe nem é o que está em crise mas, como é o assunto da moda, acaba debatendo normalmente. Crise econômica, crise imobiliária, crise de rinite, crise existencial, crise sentimental, até. O brasileiro se acha inteligente. Sabe falar muito sobre pouco que, juntando tudo, não é quase nada.

Falando sobre o fato consumado. As pessoas usam todos os tipos de estratégias mercadológicas, persuasivas e até sentimentais para aquecer a economia. Em tempos de aquecimento global e crise econômica eu não sei pra que lado ir quando se fala em consumismo. Chegando o tão falado 12 de junho, lojas vão enfeitando suas vitrines com corações, palavras bonitinhas, balões vermelhos, fotografias e preto e branco ( preto e branco é bem romântico, não acham?). Tudo para aquecer a economia local e atrair mais clientes. Esse é o intúito dessa data. Como todo mundo sabe, no mês de junho as vendas eram baixíssimas e decidiram criar um dia para que as pessoas tivessem um motivo para gastar seus dinheiros. Pumba! Nasce o dia dos namorados. Mas, e se o mercado dos namorados também estiver em crise?

Com o surgimento de relacionamento alternativos, por exemplo, onde se preza por um amor , paixão, tesão, livre, sem títulos de propriedade, direitos autorais ou de uso, por um amor que não se encaixe nos estados civis existentes na constituição brasileira, nos padrões mais aceitos socialmente, os 'namorados' estão virando raridade, coisa de velho, coisa de gente doida, coisa de gente insegura, coisa de gente...gente como você, como eu, como nós. Sabe-se que para toda prática extrema sempre surge uma alternativa. Temos como exemplo o vegetarianismo, o hiduísmo, o homossexualismo (na verdade eu sei que é homossexualidade, por que o sufixo ismo remete à doenças. e ser homossexual não significa ser doente. é só pra rimar), o feminismo, o namorismo, o ficandismos, o peguetismo e o simples Amor. O amor é uma alternativa, na minha opnião, a melhor de todas para tudo. Não precisa de status social e nem de certidão de posse ou propriedade. Não precisa pagar taxa de quebra de contrato ou de advogados. Quer dizer, de vez em quando precisa. Consideremos as situações normais. Desse amor livre que eu sou à favor. O que importa não é uma aliança de compromisso, é a aliança da alma. O que importa não é o sobrenome, o que importa é o que você realmente representa na vida da pessoa. É uma questão que se resolve à dois, à três ou à quatro para algumas pessoas, mas só se resolve com ele, com o sentimento, com o amor.

Para mulheres frágeis e pouco inteligentes emocionalmente, influenciáveis por essa pressão psicológica e idealista do mercado, dia 12 de junho só presta se você tiver um namorado ( não acredito que os homens sintam a mesma coisa. acho que só no aspecto de que todo mundo gosta de ganhar presentes, independente da data) é um dia muito triste, quando não se tem um namorado, é claro. Bridget Jones que o diga.

Por isso que depois da minha revolução verde, eu estou agora encabeçando (mesmo que seja só dentro da minha própria cabeça) a revolução do Amor. Devemos tirar essa idéia da cabeça que somos reféns dessas coisas que tentam colocar nas nossas cabeças, e muitas vezes conseguem. Não falo de chifres. Não se compra sentimento em nenhum lugar. O máximo que você pode fazer é comprar um sonho na padaria, só. Se você não se encaixa nesse contigente de pessoas 'namoradas' e sim, enamoradas, apaixonadas, não se sintam constrangidas nessa semana que antecede o dia daqueles que têm o título de namorados, em comprar uma lembrancinha, um chocolate, um carrinho de brinquedo, o que quer que seja para dar de presente, mas só se sentir vontade e não por obrigação. O amor não tem data, assim como o dia das mães, dia dos mortos e outros dias. Pra mim, dia 12 de junho e todos os outros dias no ano, é dia do praticar e exercer o AMOR!

quarta-feira, 3 de junho de 2009

- Há sempre algo de ridículo nas emoções da pessoa que se deixou de amar.

Oscar Wilde

terça-feira, 2 de junho de 2009

esse tempo frio me lembra os tempos que eu era outra pessoa. ainda bem que eu já tinha esquecido.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

estou com cheiro de armário.

oração verde.

às vezes eu tenho medo do meu lado verde. eu não queria ser tão ecologista.

"Ensinem às suas crianças o que ensinamos às nossas, que a terra é nossa mãe. Tudo que acontecer à terra, acontecerá aos filhos da terra. Se os homens cospem no solo, estão cuspindo em si mesmos. A terra não pertence ao homem, o homem pertence à terra. Todas as coisas estão ligadas como sangue une uma família. Há uma ligação em tudo. Os rios são nossos irmãos, saciam nossa sede. O homem não tece a teia da vida, ele é apenas um fio. Tudo que faz à teia ele faz à si mesmo."

Amém.