Onde estão os amores perdidos
Onde estão os amores de verão
Se foram embora de ônibus, catraia, jumbo ou bimotor
Sejam as águas do chão ou do céu que os levam
Se vão e levam um pouco de mim,meu amor
Às vezes me levam sem saber
Às vezes eu nem quero ir e vou sem querer
E quando verão que os olhos que dizem oi
Não têm a mesma cor dos olhos que condenam
Quando não tem ninguém vendo?
Às vezes sem eu saber, vou junto
Vão pedaços de mim que eu cato por parcelas
Prestações baratas de alguém que não sabe ao certo quem os leva
Aos poucos quando eu me permito
Chego sem pedir licença
Pego como meu aquilo que realmente o é: eu.*
*s2
segunda-feira, 30 de junho de 2008
Aonde estão?
Postado por Kaline Rossi às 17:35 5 comentários
Co (Relação) Promíscua
Postado por Kaline Rossi às 09:20 1 comentários
Ser ser *
Sinto dizer
Mas não sei
Mais ser (verbo)
Ser (substantivo)
Não sinto que sei assumir
Prefiro Omitir
A Sorrir
Ou inventar felicidade
Camuflada em saudade
Reprimida ou contida
Só (adjetivo)
Só sendo.
*Repostagem de Outubro de 2007
- 2° Lugar no I Prêmio de Literatura Acreana Garibaldi Brasil
Postado por Kaline Rossi às 06:54 2 comentários
sexta-feira, 27 de junho de 2008
Guarda
Guarda a água
usa a chuva
salva a chuva
usa a água
guarda chuva
guarda o domingo
feriado
guarda dentro
tira do armário
eu enxergo melhor a minha sombra
por que é a única coisa
além do meu umbigo
que posso ver no escuro
com os olhos fechados
espera e fica na tua
guarda um pouco de si
o pouco de bom que se tem
poucos saberão
o quão pouco é
o tão pouco ser
esquece daquele dia no carro
pára de usar roupas verdes
te deixam pálidas
espera amanhecer
pra começar
denovo.
e respiro.
Postado por Kaline Rossi às 17:49 2 comentários
quarta-feira, 25 de junho de 2008
4:00 am
E agora eu tenho mais uma hora para me atrazar nas aulas, dar desculpas que perdi o ônibus do trabalho e para acordar com o despertador, olhar tudo escuro lá fora e achar que ainda é de madrugada.Não vai deixar de ser.Pelo menos por uma semana.
Postado por Kaline Rossi às 06:36 2 comentários
sábado, 21 de junho de 2008
quarta-feira, 18 de junho de 2008
Sobre lobos
Uma noite, um velho índio Cherokee contou ao seu neto sobre a guerra que acontece dentro das pessoas. Ele disse: A batalha é entre dois 'lobos' que vivem dentro de todos nós.
Um é Mau. É a raiva, inveja, ciúme, tristeza, desgosto, cobiça, arrogância, pena de si mesmo, culpa, ressentimento, inferioridade, mentiras, orgulho falso, superioridade e ego.
O outro é Bom. É alegria, paz, esperança, serenidade, humildade, bondade, benevolência, generosidade, verdade, compaixão e fé. O neto pensou nessa luta e perguntou ao avô: 'Qual lobo vence?' O velho Cherokee respondeu:
Aquele que você alimenta.
Postado por Kaline Rossi às 06:39 3 comentários
sábado, 14 de junho de 2008
Prêmio de Literatura Acreana
E eu só vou acreditar mesmo quando eu ver na publicação: 'I Prêmio de Literatura Acreana da Fundação Garibaldi Brasil' o meu poema que foi classificado em 3° lugar.
Ahhhhhhhhhhhhhh!
Parabéns para meus companheiros , Janu (1° lugar em Romance e 2° em Contos), Arthur (1° lugar em Contos) e ao Santiago Cidão que foi classificado, também, na categoria poemas.
Catraieiros, como eu.Fomentadores de cultura, como eu. Estimuladores de cultura, como eu. Engajados em políticas públicas e amantes das artes nas suas mais variadas formas, sejam elas música, jornalismo, fotografia, design e LITERATURA, como eu!
Visite
Postado por Kaline Rossi às 18:58 2 comentários
quinta-feira, 12 de junho de 2008
terça-feira, 10 de junho de 2008
Para quê?
Pra eu poder brincar com o sol
Pra eu ouvir os sons em ré bemol
Pra eu poder sair por aí
Cantarolando músicas tristes
Pra eu poder brincar com a lua
Que se esconde e se anula
Na janela cor tristeza
Transfusa luz que confunde
A vontade de viver o dia
Pra noite chegar logo
Pra poder deitar
Olhar as frestas do teto
Pros domingos serem mais longos
Pras despedidas menos freqüentes
Pros olhos permanecerem cerrados
Pra nunca acordar de um sonho bom
Sonho bom que perdura na mente
Pra voz reverberante
Acalmar meus ouvidos de forma terna
Que os verbos sejam só os de amor
Pras dores só carinho
Declarações digitadas por aí
Bilhetes coloridos
Letras indecifráveis
Sentimentos apropriados
Exacerbados e exagerados
De alguém que sofre
ao ver o tempo passar
De alguém que sofre
por não conhecer a si mesmo
por não saber se controlar.
Postado por Kaline Rossi às 18:42 1 comentários
sexta-feira, 6 de junho de 2008
Coisas que merecem ser esquecidas,também.
Já esqueci.
Postado por Kaline Rossi às 05:06 1 comentários
quinta-feira, 5 de junho de 2008
Coisas que merecem ser esquecidas
Tem coisas que a gente reza pras pessoas não lembrarem, mas sempre tem um filho da puta que faz o favor de lembrar.
Estava eu, chegando ontem no estacionamento de enfermagem da Ufac (estava rolando o projeto Perambulando), friozinho gostoso, bastante gente, ao som de Calango smith e derrepente ouço uma voz:
- E aí CATITA,BELEZA?- berrando
Eu, com o a luz do carro do indivíduo incidindo diretamente em minhas pupilas, impedindo consideravelmente que eu reconhecesse a tal pessoa e a tal voz,gesticulei com as mãos e com a boca algo do tipo:
- Não estou enxergando nada.
Virei e saí.
Posso até ter sido mal educada, mas pooooooorrraa, apelido da época de colégio, mencionado(para não dizer berrado) em público não é nada educado.Principalmente quando não se tem intimidade nenhuma e quando não se vê a pessoa há séculos (5 anos, talvez). E mais, quando não se tem afinidade com a pessoa.
Pensei em mandá-lo tomar no cú, pensei em rir e gritar: ' E aí, monga, como vai a família? Parou de babar? E a cirurgia de fimose, vai bem?' mas não.
Refleti, respirei fundo e me aliviei ao chegar à conclusão que tem gente que não cresce. E apelido de colégio, também, tem gente que não esquece.
Postado por Kaline Rossi às 08:56 4 comentários
terça-feira, 3 de junho de 2008
Me assiste,me lê,me julga,me lamenta, sente pena e me ri.
Mas me livra...
Me livra...
Me livra...
Que eu me livro.
De mim.
Postado por Kaline Rossi às 19:48 1 comentários
Só pra questão de registro.
Eu não acho mais tão ruim andar de ônibus no horário do almoço. Claro que não é coisa mais gradável do mundo ou aquilo que eu sempre desejei pra minha vida, mas é um fato que eu tenho que aceitar enquanto eu for uma orelha seca que não tem renda e muito menos carro.Pelo menos não tenho que dividir o espaço com galináceas.Galinhas ainda existem. ahnahn (mãozinha)
Têm coisas que agente tem que aceitar pro próprio bem e encarar como forma de amadurecimento.Quem diria que há alguns anos (meses) eu estaria aceitando essas merdas na minha vida?Eu estaria puta, falando mal de Deus e o mundo, bebendo, me drogando e..não, não estaria me prostituíndo.Achando que: quando o mundo vira as costas pra você, você vira as costas para o mundo ( grande Rei Leão). Não não, eu não sou mais assim: isso não me pertence mais, rapaz!Eu continuo reclamando, mas com outro enfoque.Pra abstrair as coisas ruins.
Acredito, mais do que nunca, que as coisas acontecem por um propósito e que, na maioria das vezes, é difícil ver o lado bom das coisas.Mas elas aparecem.Elas chegam.Elas dominam e fazem valer a pena todo o sofrimento,que, ora desnecessário, ora digno, é legítimo.A gente aprende, a gente cresce. Eu por exemplo, cresci uns 10 anos.Sem falsa modéstia.Talvez com um pouco de exagero.Mas é nas dificuldades que encontramos a força pra mudar.
Sei que tudo isso parece ctrl c e ctrl v de livro de auto ajuda mas eu preciso me auto ajudar. Afinal a ajuda tem que vir de nós mesmos. Senão vou acabar me auto fagocitando, praticando autofagismo, canibalismo? Começando pelas unhas.
Postado por Kaline Rossi às 06:54 3 comentários