sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Outubro.

Dentro desse quarto de paredes amarelas e um vento sujo no meu rosto eu só consigo pensar em nada. Antes o nada fosse nada, mas o nada é você.Refiro-me a ti como nada para não me comprometer. Ahhh como eu queria a maciez dos seus cabelos e a ausência dos mesmos me encanta. Os teus lábios hipnotizam os meus olhos que disfarçam e tentam controlar os sinais. Sinais estes, que todo mundo vê e eu insisto em deixar que ninguém perceba. Mas tu , meu caro, percebes que eu sei. Sentes que eu sei. A presença que faz sorrir,timidamente, é a mesma que causa desconforto.É a mesma presença que na ausência , como agora, perturba. E agora, desse quarto verde, não mais amarelo e não mais sujo, eu traço caminhos imaginários (que acho que só eu imagino) do encontro de nossas mãos tímidas . Imaginário, distante imaginário.

Nenhum comentário: