domingo, 31 de maio de 2009

cheirava alegria

sábado, 30 de maio de 2009

as vezes quando fico muito feliz fico entalada. fico querendo sorrir, mas o sorriso, ele fica dentro da barriga e quanto mais empolgada eu fico, parece que eu vou explodir pela garganta . tenho andado assim ultimamente. muitas coisas boas acontecendo, muitas coisas boas que vão acontecer e eu preciso sorrir mais alto. talvez esteja na hora de eu fazer a placa:' sorrindo muito'.

fazei o bem sem olhar a quem. então compra uma máscara aí, maninha, por que com essa tua cara aí fica difícil.

de pensar que todas as pessoas merecem uma segunda chance que me rendi. com a alegria nos olhos e nos dedos, abraço e choro coletivo. foi choro de alegria, emoção, dor, dúvida? foi só choro sincero. fazer parte da transformação da vida de alguém, ou apenas da vida, é gratificante mesmo com apenas um sorriso quase sem dente. eu já fui mais forte pra's coisas da vida. ainda bem que essa fase passou e agora posso sentir tudo que sempre quiz e nunca pude por medo dos medos, medo dos outros, medo de mim mesmo. a gente se conhece e sabe onde se encontra aquilo escondido, só a gente sabe aonde está. uma das coisas boas de ser livre é isso: poder viver sem culpa e sem ter medo de chorar.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Placas

Ando confeccionando placas. É, é uma maneira de dizer sem abrir a boca. De falar sem ser ouvida e sim, ser lida. Mas me ler, você pode aqui. me ver? Quero levar minhas palavras pra onde quer que eu vá. Pode ser em um livro, talvez denovo daqui a um tempo, talvez algo mais. Pode ser em um artigo científico, ou numa lápide. Sim, em breve verás. Pode ser em uma poesia escrita no verso de uma propaganda de geladeiras ou de cursos de como falar português. Pode ser escrita em forma cuja forma lembra letra de criança. Eu tenho esse lado infantil e faço questão de admirar quadros e flores coloridas. Por exemplo, ganhei uma semente nativa de presente e quiz chorar. Olhei pela janela e vi umas nuvens fingindo. Fingindo chover, fingindo molhar. Levantei os braços, sem me preocupar com o que tinha em baixo deles, com os olhos fechados tive que abrir uma brecha pra uma lágrima órfão sair. Ela saiu e bateu a porta. Meus braços formavam um 'a'.

Uns dias antes, ao sair de casa eu vi alguma coisa escrevendo com nuvens o céu. Ué, nuvem não escreve. Ando tão distraída que imaginei a palavra escrita: 'avião'. Às vezes eu também me imagino morrida. Que bizarro por que eu não era convidada pro enterro. Eu olhava tudo de cima e não entendia nada. Vi gente pingando colírio, fingindo chover. Vi gente rindo, gargalhando por fora e por dentro. Tinha alguns que choravam de verdade, mas alguns só faziam caretas. Caraca, como você é feia, ainda bem que eu nunca mais vou te ver, desabafei . As lentes dos óculos escuros não eram tão escuras assim. Alguns relinchavam: 'acho é pouco. ela mereceu, fazer o que né? é a vida'. Tinha uns que se amassavam no canto do muro aproveitando que as atenções estavam voltadas para a minha mãe. Ela chorava que eu fiquei com vontade de chorar também. Segurava a minha mão de dedos roídos. Ainda tinha um pouco de esmalte vermelho. Culpa da funerária que não me limpou direito. Dentre os 'porquês, aonde eu errei, a culpa é minha, a culpa é daquele desgraçado, Deus que quiz assim, não foi Deus quem quiz, tinha um futuro longo pela frente, pelo menos vou ficar com o guarda roupa dela, ela me devia dinheiro, ela me devia um homem, ela planejava viajar com o marido, ele não tinha fotografias, ela esteve grávida, pretendia comprar um cachorro novo, derrubar uns mil metros cúbicos pra fazer mesas e salas de estar, ela não era toda de verdade, deveria ter arrumado a bicicleta, estava ficando meio gorda, eu gostava da banda dela, mas acho que ela pagava de gatinha, eu achava ela bonita, mas era metida, era metida por que se achava superior a tudo e todas, e era, se não fosse não teria tanta gente aqui, fingindo, fingindo? fazendo contatos, tem uma festa alternativa daqui a pouco, ela gostava de limão e de bebidas coloridas, que se foda ela não está mais aqui mesmo, ele está solteiro, eu achava que ela era lésbica, fazia bruxaria, gostava de estacionamentos, tinha uma pilha de livros não lidos, comprados e dados, dizem que ela tinha cleptomania, que horas vai ser o enterro? o pai dela não bebeu hoje, será que ela ainda guarda aquela carta? ela não possuía títulos e era muito feliz', eu me despedia confecionando a minha última placa:"Aqui jaz"

terça-feira, 26 de maio de 2009

Não se preocupe com sua vida. Há sempre alguém pra cuidar dela.

domingo, 24 de maio de 2009

eu já fui muito mais poética.

às vezes eu queria ter um controle remoto igual do filme Click. Como eu já assisti o filme, ia saber usá-lo de maneira prudente.

Das palavras há muito não ouvidas

Peba.

Monólogos

.é por que as vezes a gente fica lembrando das coisas e, sabe, seria legal dar um ctrl z ou um delete.

.acho que Deus escreveu meu destino em braile por que juro, juro mesmo, que não sei.

. a samaúma deu flor.

. ás vezes eu queria poder ajudar mas seria como sentenciar-se ao mesmo mal.

.eu sempre gostei de telefones públicos.

.alguns insetos exalam um odor não muito agradável.

.não consigo me livrar do relógio verde.

.uso o relógio no braço direito mas não sou canhota. eu gosto do meu braço direito.

.a vida é longa e dura. complete a frase.

Acho que o que o Bush sente quando lembra da merda que fez com o Iraque, é o mesmo sentimento que o Marcelo Camelo tem ao lembrar de Ana Júlia.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

das bizarrices e futilidades kalinianas

Hoje eu vi três crianças de mais ou menos 5, 6 anos apedrejando um outdoor da Colcci, cuja garota propanda era a Gisele Bündchen. Fiquei chocada. Elas atiravam com tanta força, tanta raiva, tanta garra! Será que elas estavam apenas brincando, fazendo o que mais gostam de fazer e independente da pessoa, propaganda ou lugar atirariam pedras do mesmo jeito? Essas crianças de hoje em dia já têm opnião formada desde cedo, eu pensei. Culpa da televisão. Tinha uma menina no meio. Talvez ela atirasse pedras de inveja: "Poxa, eu nunca vou ser bonita e nem ter tanto dinheiro quanto ela". Mas acho que as crianças dessa idade ainda não desenvolveram esse tipo de inveja. Isso é coisa de adulto frustrado. Depois eu pensei denovo: porra, enquanto vocês atiram pedras, eu queria ser ela. Não ser ela, nem acho ela tão bonita assim, mas há de convir que o poder que ela tem é dos grandes e fortes. Talvez ter o dinheiro dela, o Brasil, a Colcci e o mundo aos meus pés. Talvez algum diretor de filme, escritor (que não seja de best sellers ou de auto-ajudas), cientista ou pesquisador pros fins de semana também.

Ainda bem que Gisele e eu não temos o mesmo gosto pras coisas. haha!

=)

quinta-feira, 21 de maio de 2009

bizarriceas kalinaceas

tive um sonho bizarraceo. sonhei que estava dentro de um ônibus. era gigante, parecia um trem, um metrô que eu não conseguia ver o motorista. o ônibus estava andando em alta velocidade e eu só sabia disso por que meus cabelos estavam esvoaçando-se e meu rosto estava meio desfigurado, como se eu estivesse fazendo careta o tempo todo. eu babava, tentava lamber a baba mas minha língua não conseguia sair da minha boca. eu estava tendo uma overdose de oxigênio. me sentia mole mas me sentia feliz. o veículo parou. olhei pela janela eu não via nada além de uma imensidão azul. era o céu ou era o mar? estávamos flutuando. estávamos eu não sei, não me lembro de ninguém do sonho, mas eu estava flutuando. não, na verdade éramos nós mesmo. eu e o ônibus. mais de um já é plural. eu vi umas nuvens mas elas cresciam grandes, gordas e verdes. pareciam brócolis de algodão doce. achei estranho. então, começa a fazer um barulho estanho, como se o chão estivesse se rachando no meio. aquele barulho estridente de metal. olhei pro meio e pra baixo e realmente: o chão estava se rachando. pela fresta eu podia ver muita luz amarela e verde. aos poucos vinham saindo uns galhos marrons, iam se espalhando, emergindo do chão que não era chão, era céu. não era mar senão eu teria morrido afogada. os galhos começaram a invadir o espaço, iam crescendo e folhas também. as folhas cresciam muito rápido, naquele efeito que é o contrário de slowmotion. era uma samaúma de folhas vermelhas belíssimas. os galhos como não conseguiam furar o teto do ônibus, iam fazendo voltas e mais voltas dentro do espaço até formar meio que um jardim emaranhado de verde, marrom e vermelho. agora que eu não conseguia ver o fim mesmo. mas na verdade no fim de tudo, eu estava ficando sufocada pela beleza e grandeza da árvore que sentei nas raízes, fui escorregando até cair no buraco que a árvore tinha feito no chão. eu abri os braços e voei.

acordei com as mãos arranhadas de balançar contra a parede que tem grafiato.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

se eu fosse você no meu lugar não seria eu.

constatação

o tempo passa mais devagar quando contamos os dias.

terça-feira, 19 de maio de 2009

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAaahhhhh

tenho um sorriso que não cabe na boca. e olha que minha boca é grande.

das impressões matutinas

às vezes me incomodam esses passos sobre a minha cabeça.

Podemos estar falando

Tenho professores graduados, mestrados e doutorados em Engenharia Florestal mas com especialização em Gerúndio.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

CELULAR EU TE AMO!

domingo, 17 de maio de 2009

Eu ouço a rádio. A bossa. Fico imaginando se as ondas- que onda! - chegariam aos lugares mais distantes que qualquer quantidade de horas de barco, qualquer quantidade e volume de água, bolhas, espuma, chegariam. Vou na difusora: '- Avisa saudades.' Vixe, se treme! Talvez menos árvores para desviar. Talvez menos seios desnudos para olhar. Talvez uma chapinha mal feita, talvez um coque cheio de pudor. Grande rio no peito? Cavaleiro sem medo nenhum. Sou número de topete e ímpar. Sou sol e soul. Sou leão. Hoje sim, tenho peito. Apóio a causa do câncer.

Não esqueço do dia que te dei um sorriso de presente. Nele havia, aos montes, toneladas de sujeiras alheias. Havia sim, a cor do amarelo cor da tua pele suja sem banho. A cor da parede que você queria pintar para parecer menos gélido. Eu me limpei. O branco não é pra todos. É que nem a noiva virgem ao usar. Que piada, noiva. Que piada, virgem. Não distribuo tapinhas nas costas de graça. Não imploro por atenção: Oi?Fala comigo? Você é nova aqui, não vês que esse é meu harém?. Não. Meu cartél é feito por variações pessoais, personificações (adoro essa palavra) do eu mutante. Mutante como a flor laranja que de tanto sol, aquele tão necessário para a vida verde, vira amarela desbotada, como a tua cor pseudo estrangeira. As vezes a gente pode se surpreender. Nesses dias de ventos frios do sul, às vezes me sinto xenofobista. Preciso mandar fazer cobertores de orelhas sob medida.

sábado, 16 de maio de 2009

posso ser um silêncio ao contrário, se você quiser.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Arquitetura de merda*












*Coprólitos. Excrementos fossilizado de seres vivos. Nesse caso são de vermes que formam verdadeiros prédios, construções de côcô. Influências de Diotisalvi? Niemeyer? Engenheiros e Arquitetos do programa da casa própria da Caixa Econômica? Índia? Não sei, mas essas criaturinhas são engenhosas e eu perdi meu tempo, sim, tirando fotos dessas coisas. Pode parecer nojento, mas nessa arte há beleza.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Do espírito de

"Não basta termos um bom espírito. O mais importante é aplicá-lo bem."

René D.

não, não não me compares com aquele que voa e canta
nem aos pares das memórias coloridas sonoras
daquele pássaro vermelho nem lembranças tenho
voou pra longe e pra longe de mim
obrigada! pra longe da minha memória fraca

-amém (coral infantil)

não, não me venha com cantarolas, bandeirolas e nem caramelos
pega logo esse teu suco de limão sem doce e enfia
na cara ou em outro lugar qualquer

para de fingir jujubas coloridas
quando na tua cama a pelúcia é do cão ou outro animal virulento
que te dá alergia de morte

alegria, alegria!
ganhaste a carta áurea?
de que te serve se nem cor tens?
desculpa, mas eu nunca acreditei em religião
e o que tem escrito lá
é mais bonito de se ver atrás das grades
comendo o pão que teu amigo amassou
lendo teoremas de Descartes

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Ela pergunta e ele responde.
- Se você fosse uma flor, qual flor seria?
- Comigo ninguém pode.


.

domingo, 10 de maio de 2009

Assim, meio penso.

Eu penso em você todo o diatodos os diaspenso em você de manhãpenso hoje e penso amanhãpenso em estar ao seu ladopenso no dia de vocêdia seudia meuvocê no meu dia

penso pra deixar de lado o que pro lado de lá se foipenso que em cada semana que se passa emana a vontade de viver o dia seguinte cada vez maispenso nas coisas que podem virpenso no barco penso no riopenso no que tu viupenso assim no que eu vi e ri epra falar a verdadefoi muitomasmuito engraçado

Pensei em escrever uma cartapensei em ligarmas des penseinão adiantavou ter que esperarOlhei uma foto sorrisim eu estava láestive como em nenhum lugarsou eusim fui euserei eu alie nada mais importa além do que me torna tua minha.

- penso também que eu esqueci o que dizer agoradrogadeveria ter anotado- É que eu acordei e sonhei pensandopenso demais e sabequão bom é pensaré por isso que eu pensologonão desisto dessa vida cheia de pensos.

sábado, 9 de maio de 2009

Da macumba mal feita.

Não morreu mãe, mas morreu cão e cadela.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Dono sem cão- Frida Kahlo

Você só pedia um pouco da minha atenção

E eu quase sempre te dizia não

Você gostava de andar sempre ao meu lado

Eu te chutava, te mandava embora, te chamava de chato



Mas de repente você partiu

E a gente nem se despediu

O que restou, além dessa canção

Fui eu, mais um dono sem cão

E de repente você partiu

E a gente nem se despediu



Então te procurava pra desabafar

Quando o mundo inteiro parecia me sufocar

Você em nenhum momento me deixou na mão

Aturou minha voz desafinada e o meu violão



Mas de repente você partiu

E a gente nem se despediu

O que restou, além dessa canção

Fui eu, mais um dono sem cão

E de repente você partiu

E a gente nem se despediu

quinta-feira, 7 de maio de 2009

fridisrantis

a despedida teve como trilha sonora o motor de um barco.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

se eu fosse um deus, dos bons, mandaria mudar as ruas e calçadas de lugar.

terça-feira, 5 de maio de 2009

mandei acender velas.

Um culto à ignorância

Não tem coisa melhor do que não saber das coisas. Digo mais, não tem coisa melhor do que não entender nada. Se você não sabe e não quer saber, te livra da responsabilidade de se manifestar sobre qualquer coisa. É a liberdade da ignorância. É um direito de escolha e não tem nada a ver com sabonete. É uma escolha que só quem não é, pode ter. É feita em sã consciência. É a liberdade de ser quem se quer e de fazer com que os outros saibam que o querer é muito mais íntimo que qualquer coisa que se diga. É olhar pelos olhos com filtro, só passa o que convém. É respirar ar puro, longe de esgotos, galinheiros, de mauzoléus e pseudo igrejas cujos cultos não são à ignorância. É ouvir que há tiroteios em bibliotecas e se conformar: "Pelo menos eles procuraram um lugar com ar condicionado para ir". É ouvir tantas coisas e sorrir sem medo de ser feliz, sem culpa e sem nenhuma dor no peito, repito, sem nenhuma dor no peito!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

depois de meses, quase ano, na escuridão, posso afirmar com toda a certeza que agora que vejo luz, sinto falta do escuro.

domingo, 3 de maio de 2009

eu vi a luz
e chorei.
por dentro.