segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Aqui ontem há um ano.

Rezei para que o hoje fosse daqui a dois anos
Que eu estivesse grande, fosse moça e tudo resolvido
Ontem, sonhei pra que fosse eu ao seu lado
(ontem, há dois anos)
Que tudo que passamos fosse futuro e não passado
Não haveria quase nada a se arrepender
Nada de marcas, nada marcado


Chorei quando você foi embora
Sabendo que futuro também seria
‘Que se foste é por que não deveria ter vindo agora
Ou não, vai ver que era pra ter vindo mesmo assim
Eu que não deveria

E ter ido como se foi fez-me como hoje sou
A ti também fizeste, que sei
de ontem há dois anos a frente
Eu me fui. Se fosse no futuro, no passado também.
Pensaria em tudo de novo, com algumas mudanças
(cometer o mesmo erro não faz parte de ontem pra frente)

E se o destino viesse hoje, lhe digo: não sei se ia.
Não sei se o trocaria por praias, coqueiros, uma horta ou jardins
Nem se cantaria a música, sem palavras, aplaudindo aos céus
Não me sendo, tudo e todos para ti
Não veria tantos e tantas, fingindo aquilo não querer
Hoje eu sei: não fui.
Mas depois dessas rimas tão ruins: um dia posso vir a ser.

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