Aquela velha história que se repete desde os tempos mais primórdios, das explosões galácticas, das extinções e evoluções de espécimes, muitos todavia, desconhecidos até o momento em que não havia nada e nem ninguém que pudesse provar o contrário dos que se diziam existir. Por que nem tudo que é, existe. Nem tudo que existe, é. E é nesse paradigma que a vida segue seguindo, muitas vezes sorrindo, ou não, mas segue. Linhas, estradas, caminhos desconhecidos e adoravelmente inexplorados. Becos, vielas, buracos e barracos e seus habitantes inusitados. Em um mundo onde o reflexo é o que se diz, seja de água, chafariz ou qualquer outra coisa que rime, nem sempre o que sai da boca é o que encanta. Mesmo as vozes e timbres mais estranhos e, digamos, exóticos, tem seu valor. Ah tem. Muito bem dito, por sinal, diria Catatau que eu olho pra você enquanto passo mal. E é verdade. Lavo, passo e estendo no sol que queima pestanas e há de avermelhar cabeças escuras ou levemente escurecidas. Difícil saber o tom de cada um. Bom seria se ele queimasse esse cérebro. O lado esquerdo, esse porco. Queimasse mais neurônios. Eles, que não são usados mesmo, só servem pra estatística provar o quão inútil é termos um pote de sorvete de chocolate com creme e sermos intolerante à lactose. E não me venha com essas alternativas nojentas. Poupe-nos dessa praga agrícola que quer dominar o mundo, que quebra barreiras a cada ano, que passa dominando lares bovinos e lares de comida de verdade. Ninguém come toda essa soja, porra.
Que vida dura essa que arranca pedaços dos pés. que arranca cabelos e unhas. que dissolve o amor próprio em troca de uma satisfação volátil. que ruge como uma fome de anos dentro do estômago ácido. - quero comer teus erros, ele disse em grave e mal tom. um por um. - Pode comer, oras. Aproveita e me deixa invisível. A vida deve ser muito mais fácil p'raqueles que não tem rosto.
Me engana que eu gosto. Me engana que eu minto, que eu destroço, como um frango tísico e sem coloral, cada pedaço de esperança que insiste, mas insiste, em existir. Com o som do nada balbuciado por uma boca sem voz: uhúuu, uôô.
Mesmo pensando e escrevendo coisas sem sentido, conectadas apenas pela ínfima linha da imaginação e, mesmo desconexas, sempre haverá alguém para chamar de arte o ridículo emaranhado d'as cabeças que jorram enigmas a serem decifrados, instigando memórias e causos, associando semelhanças à fatos reais da vida real.
Acho divertido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário