sábado, 7 de fevereiro de 2009

Eu rio, tu ris.

Legal deve ser tomar banho no rio e ver o céu passar depressa. Mas como dizem que o azul do céu é reflexo da água, meu céu deveria ser marrom e as estrelas não teriam o brilho que têm em noites de céu sem luz. Por que em noites como essas fica difícil de se ver além. O brilho dos olhos de alguém pode dar medo se não se souber que não se faz por gosto. Simplesmente o é. Se não conhecece o rio acre de nome, tomaria banho nele. É um rio bonito apesar de ser feio. Quando cheio, como agora, parece um caldo de cana ou suco de cerveja. Onde botos e peixes feios nadam na esperança de não serem servidos na próxima sexta feira santa. Todo santo dia ele se renova. o rio. Legal deve ser poder banhar-se sem medo em suas águas, sem imaginar de onde saiu e por onde passou. Por que assim como o rio passa e arrasta pedaços pelos caminhos passados, pessoas também o fazem. Levam pedaços seus sem que se dê conta. Vezes fazem bom uso de si, vezes guardam na gaveta do armário onde ficam as coisas que não devem ser queridas. Acho injusto jogar no rio ou no mato. Ambos são tão preciosos. É tudo tão simples e descartável ao mesmo tempo que é odiável. O rio daqui não acaba no mar. Pedaços meus por aí, eu não sei aonde um dia vou poder encontrar. Talvez disputando alguma árvore da margem ou empregnada em peles manchadas do sol do céu marrom.

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