sábado, 31 de janeiro de 2009

Nem o espelho me agrada mais.

Parede colorida

Tudo aqui é sobre eu
por que mim não conjuga verbo
unhas partidas em partes ímpares
ou partes de eu
acho que esqueci
como ser alguém
além do mim desejado
agora já é tarde
não tenho mais teu endereço
e em ruas próximas
eu esqueço
do que um dia era pra ter sido
meu mas não deu
nem escrito com luz.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Ir-se dói-se.

sábado, 24 de janeiro de 2009

199 e bolinhas.

Não tenho paciência para assuntos antigos, como os da época do colégio. Estranho é não sentir falta da minha melhor amiga. Sim, eu tinha. E tenho até fotografia. Naquela época era muito valioso ser melhor amiga de alguém. Era muito valioso você poder contar os seus problemas de casa que, aos ouvidos dos outros, eram apenas coisas de menina mimada. Ou de confessar, sob jura de morte, a paixão pelo coleguinha ao lado e até mesmo sentir-se envergonhada por nunca ter beijado na boca.

Os planos de crescer e fazer faculdade só serviram pra alguns. Alguns não entraram na faculdade e outros...não cresceram. E com o passar do tempo, eu continuo achando que nem todo o pra sempre é pra sempre mesmo, e como ja disseram por aí : o pra sempre sempre acaba. Se as coisas, se a vida seguir uma lógica natural, essa fase vai passar também. Como hoje me incomoda alguém que eu estudei na 7° série querer ter a mesma intimidade que tinhamos quando éramos apenas crianças, espero que daqui a uns anos eu me incomode ao ver fotografias e ler textos de um passado meu que, infelizmente , ainda é presente.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Tenho tendências bucólicas.

Mas com que cor?

Gosto de colocar cores palavras e sentimentos sem cor e de materializar sensações abstratas. Personificar adjetivos e hipérboles. Gosto de falar em português (antes da nova ordem gramatical) e de pensar em inglês, à vezes. Gosto também de dizer o que gosto. Mas não se consegue entendimento mútuo. E pra isso, eu não tenho cor.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Meio tarde

E o que resta
é quase nada
do pouco
que sobrou no fim

sou metade
já é meio tarde
pra não deixar
de dizer que sim

sou partes dos outros
sou toda minha
pelas esquinas e cozinhas
hão de haver sílabas
de lábios leporinos
bocas de dentes maltratados
ou má formados, de natureza

metades mal contadas
ao bel prazer
facas com pontas afiadas
só pra quem quizer ver

mas o que ninguém sabe
o que só eu sei
que a outra metade
foi catada aos pedaços por aí
montada em papel celofane
e pregada em paredes
aos pregos enferrujados

ninguém sabe que
o que resta além do fim
só se descobre
quando se chega lá.

sábado, 17 de janeiro de 2009

há tanta maldade.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Emosensacionalismo.

Chorinho me faz chorar.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Olho com olhos de vidro. vibro. procuro entre os dentes, o sorriso que vem vindo. eles dançam pra mim com gosto de limãohortelã.

Te dou uma frase de presente e um copo com amor
Mudo pra você me ver, com os olhos de quem vê.
Te dou um adesivo de presente
Pendura na parede da sua sala
Ou guarda, não mente

Quero ver quem diz que não

Passos pela calça estreita para um mesmo caminho
Passo de mim pra você. Passos de você pra mim.
A chuva não molha aqui dentro
Te abraço com pernas

Quero ver quem diz que foi em vão

Apago memórias do passado tão presente
Fecho os olhos pra te ver como lá
Vezes olho pelo espelho
Vezes te deixo
Como te deixei
Voltei pra buscar


e quem virá dessa vez?
com que olhos será?


Quero ver quem diz que não
Quero ver quem diz em vão
Vem dizer que não era pra ser assim

sábado, 10 de janeiro de 2009

Pra exorci-tar esse meu lado.

Acho que já vi(vi) isso. Eu tenho uma bateria para se tocar com os dedos. Tenho olhos vermelhos de raiva. Tenho nojo desses sentimentos. Quase não tenho mais estômago. Tenho pena dela. Covardia que nem nascendo denovo poderá se livrar. E que veio denovo. Por linhas tortas, tua vida também é. Por falas tortas, tua lingua queimará. Pelas vielas esburacadas e mal cheirosas por cervejas verdes regurgitadas, cairás e se arrependerás no dia seguinte. Poft, ouviu o barulho do tombo? Sentirás vergonha do ser repugnate que és. Culparás a que nenhuma culpa tem, verdinha. Declamarás impropérios e desgostos, com o mesmo vocabulário, é fato, que inteligência lhe falta. Lhe faltam livros. Lhe faltam amores nessa vida feita às sombras. Lhe falta luz, cara! Não se vive só de cores, nem rabiscos, fato idem. Como também fato é a certeza que daqui pra frente terás. Eu vou estar aqui. Só olhando e esperando o que eu já sei: não virás. Não espero muita coisa de gente que nega abraço de despedida.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Resoluções doismilenovianas

Nada de compartilhamentos esse ano!

Conselho

Não aponte para a fé. Dá verruga nos dedos.

Por que nem tudo pode ser azul.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

1:46 AC

Se o relógio parasse poderia enxergar pelos óculos caídos o tempo retido no espaço móvel, no braço cansado sobre o imóvel, e sentir aquele que não passa devagar. já são quase duas.

Ou seja, inferno.

às 16h30min o termômetro da farmácia no centro marcava 43°C.
Nunca desejei tanto uma heineken gelada!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

é que me falta coração.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Apenas uma questão de gênero.

Eu tive um sonho com o inimig(o). Era um sonho tranquilo. Me pareceu bem amável, carinhos(a) Pegava nos meus cabelos e me fazia carinho. Estranho que eu sabia quem era, e de tão abismada que fiquei, deixei. Era bel(o) como sempre, doce e plácid(a). Se assim não fosse, inimig(a) não seria. Agora entendo os encantos. Agora entendo.

Dois mil e trocadilhos.

Do ano que passou não fiz retrospectivas. Não me afoguei em nostalgia de tempos que não mais vão voltar. Não fiz listas, resoluções e nem promessas. Minto, fiz uma lista dos livros que li e quando olho sinto vergonha. É muito menos do que eu gostaria de ter lido. Pouco mais de meia dúzia. Alguns lidos de caboarabo, outros incompletos, mas lidos. Tirei poucas fotos da minha vida, das minhas coisas, das minhas pessoas. Não sei se é desapego ou se estou começando a desacreditar. Talvez eu esteja empenhada em fortalcer minha memória com lembranças que realmente aconteceram. Como felicidades, como abraços, sorrisos e momentos verdadeiros e não aqueles ensaiados para serem registrados pelas lentes. É disso que se sinto falta. Se não foi registrado e nem ensaiado, cadê-los?. Me falta magnésio na memória ou me falta cotidiano? Me falta uma câmera fotográfica ou me falta vida?

Agora vem a parte dos desejos: Nesse ano me dedicarei à mim mesma. Meu intelecto, minha profissão, tudo aquilo que eu puder usar só pra mim e que ninguém, mas ninguém mesmo pode destruir. Pode até atrapalhar, mas nunca destruir. Quero fazer mais coisas boas às pessoas. Quero poder mostrar o que há de bom dentro dessa carapaça aqui. Tem. Claro que tem. Não quero mostrar para mostrar simplesmente. Irradiar, contagiar, florescer e iluminar pretendo. Desejo não esperar muitas coisas do mundo. Desejo sim, poder aproveitar o que preciso das mais diversas situações. Não pretendo mudar pessoas. Pretendo apenas fazer parte delas, mesmo que seja da menor parte boa que se tenha. Quero fazer parte da parte boa que se tem. Quero dizer amor! Trabalhar meu corpo e minha mente. Ter uma vida mais saudável. Fazer coisas construtivas e satisfatórias. Quero contiuar escrevendo e cada vez mais me aperfeiçoando com vida. Quero viajar bastante, conhecer lugares e pessoas que valham. Quero ter registros. Quero cartas. Bilhetes. Músicas. Perfumes. Esse ano vai ser o ano eu e o mundo!