quarta-feira, 28 de maio de 2008

Sorte de hoje: Uma surpresa agradável está à sua espera

péra aí que estou chegando!

terça-feira, 27 de maio de 2008


domingo, 25 de maio de 2008

Fixing a hole where the rain gets in.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Juízo.

O difícil não é tê-lo e sim deixá-lo nascer sem chorar de dor.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Estoque

Ouço suas músicas como se fossem suas
Eu não me encaixo mais
Vejo em suas mãos respostas pras tuas
Não pras minhas loucuras.

Enxergo nas ruas linhas desnudas
Contínua escuridão embaçada
Estou sem óculos
O rumo para os passos pro meu nada
Foi desviado

Disfarçando a fissura em coisas que não valem
Que são perecíveis com o tempo
Que o espelho não mostra.

Estocando sentimentos bons na gaveta
O amor não é perecível, eu sei.
Ele não dissolve
Ele resolve.

Pra esperar
Pra esperar o tempo
Que parece querer brincar com a minha cara
Que se julga a cura para todo mal
Insiste em não passar
Insiste em não querer ajudar
Afinal, é normal.

sábado, 17 de maio de 2008

Sobre o positivismo.

Bem, infelizmente meu vocabulário de palavras sujas anda muito restrito.Por um lado é bom, aliás, não é bonito uma mulher ficar falando palavrões todas as horas,.Embora eu fale com bastante frequência.Mas o que me incomoda é que quando eu quero reclamar de alguma coisa,me faltam palavras e as reclamações se concentram em uma só: Puta que pariu.

Estava eu, no meu primeiro dia de trabalho(Tá, não é trabalho, é estágio.Sou a mais nova estagiária da Embrapa.Escraviária na verdade, por que por enquanto não vou ganhar nada, além de experiência, currículo e blá blá blá.Coisas para estimular pobres estudantes como eu a continuar estudando.) e descobri que vou precisar descobrir como fazer meu trabalho.Além de não saber fazer, vou ter que descobrir como faz, e fazer.Minha 'chefe' também não sabe fazer.Puta que pariu.

Depois de providenciar todas as papeladas burocráticas,ganhar meu cracházinho,andar e conhecer meu ambiente de trabalho fui pegar o ônibus para ir embora.A embrapa dispõe de um ônibus exclusivo para os funcionários, por que fica no Km 14 da BR364.É longe e não é brincadeira.Eu pensava, na minha inocência, que o ônibus ia me deixar em casa, visto que era 11:30 am e eu tinha aula na Ufac às 13:30.Feliz, subi ao ônibus e 5 min depois ele parou na BR, ao lado de uma parada de ônibus.Pensei : Puta que pariu.O ônibus te pega em casa, na verdade em um aparada de ônibus mais próxima da sua casa, às 7:00am e te leva de volta às 17:00 pm.Agora eu sei. Puta que pariu.

Calor infernal,gente fedendo, falando alto, galinhas, senhoras,crianças.Uma miscelânea de coisas boas para uma quinta feira ao meio dia e para quem está dentro de um ônibus que demora 1h para chegar à cidade.Puta que pariu.Com vontade de chorar, com fome, extressada eu ficava me repetindo: Puta que pariu, puta que pariu, tem que valer a pena.TEM QUE VALER A PENA!!

E é isso. As coisas são difíceis, a gente sofre, se fode(ainda não me divirto) mas espero de coração que as coisas melhorem pra mim.Afinal não é possível que as coisas ruins aconteçam de graça. Tudo tem um motivo (momento auto-ajuda) e se coisas ruins acontecem agora, boas coisas virão.Um dia.

Alguém, além de mim, acredita nesse papo?

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Vícios

ahhh
essa
moderna
invasão de privacidade
alheia
(e vice-versa)
interneticamente falando
me dá dor de cabeça!
!
!
!

terça-feira, 13 de maio de 2008

Fracasso.

E eu tenho medo do tempo.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Carta Aberta da Coletividade

O Catraia é um coletivo de pessoas de várias áreas do conhecimento que enxergam a cultura como um meio de agregar, estimular, potencializar e realizar mecanismos capazes de escoar, integrar e difundir produções artísticas, educativas e culturais para o benefício da sociedade onde está inserido. Sistematizado como coletivo de dos seus agentes e dos grupos que a fomentam. Faz alguns dias que nós, colaboradores do Coletivo Catraia, vimos transparecer críticas pouco válidas ao andamento desse processo. Algumas dessas críticas partem de pessoas que não tem conhecimento do que realmente é o Catraia e sua coletividade, tampouco de suas verdadeiras intenções. Outras, infelizmente, são feitas por pessoas que já tiveram um forte vínculo conosco e que por esse e único motivo, se acham no direito de deturpar o que viram e, principalmente, o que fizeram enquanto colaboradores do Catraia. Muitas dessas críticas são feitas de forma velada, através de sarcásticos e viperinos comentários, que não constroem, nem sugerem apontamentos relevantes para a melhoria das políticas de cultura comum a todos. Para nós, do Catraia, críticas desqualificadas não são novidade. Mas críticas desqualificadas feitas abertamente, sim.

Ignoram que até quando se pretende ser
parcial e passional, é preciso ser
primeiramente imparcial e racional

Travestindo plataformas de achaque como veículos de informação, alguns costumam alimentar a discórdia e a balbúrdia, através de afirmações sensacionalistas e perniciosas. É absolutamente compreensível que certas pessoas, alheias ao conceito, ao processo e ao trabalho do Catraia, se oponham a ele de maneira veemente por puro preconceito ou ignorância. Também é normal que essas pessoas elaborem seus pensamentos a partir de pré-concepções e argumentos truncados, envoltos nas brumas passionais do criticastro, disfarçando seus anseios escusos com falsas bandeiras de liberdade e igualdade. Essas pessoas ignoram que até quando se pretende ser parcial e passional, é preciso ser primeiramente imparcial e racional, pois nenhuma causa se mantém firme e válida sem o estudo e o conhecimento de seus contrários, sejam eles firmes, válidos ou seus antônimos.

As críticas desqualificadas feitas por essas pessoas, se apoderam das ações do Catraia, dos esforços feitos por seus colaboradores e se constroem com um único objetivo: desestabilizar os passos de quem caminha pela Cultura, através da coletividade e destruir qualquer tentativa de acerto. São críticas que ferem a autonomia e o direito de autodeterminação do Catraia e de seus parceiros, pois abordam de forma ferina e deturpada assuntos comuns a todos ali, muitas vezes ultrapassando as noções da boa convivência e da ética. Acusam o Catraia de ser sectarista e estratificador nas suas ações. Mas esquecem que as nossas portas sempre estiveram abertas, assim como os ouvidos dos que aqui estão. No Catraia somos a favor do debate. Ouvimos o que queremos e o que não queremos. Assim como somos estimulados a falar não só o que queremos, mas o que devemos. Ao contrário do que se afirma erradamente, a verdade do Catraia é feita da soma das verdades das várias pessoas envolvidas em seu processo.

O que chamam de sectarismo, nós no Catraia, e dos vários coletivos parceiros do Circuito Fora do Eixo, chamamos de seleção natural pelo trabalho. O que chamam de estratificação, nós chamamos de criação de métodos e de hierarquização de responsabilidades. O pensamento dentro do Catraia é livre, mas o caminhar é um só. Porém antes de andar, debate-se muito. E é através de debates, conversas e explanações, que chegamos sempre ao denominador comum (o consenso) que possibilita a todos nós colaboradores vislumbrar um presente e um futuro rico em possibilidades. No Catraia,a pluralidade de pessoas e, consequentemente, de idéias, assim como a diversidade de conhecimento e as diferentes realidades de seus integrantes fortalecem o grupo e seu conceito principal: a coletividade em prol da Cultura.

Algumas pessoas põem em xeque o conceito de coletividade do Catraia, acusando-o de ser seletivo. Essa afirmação em partes é verdadeira. O Catraia é coletivo pela cultura e seletivo pelo trabalho. Ironicamente esse tipo de afirmação parte de gente que não tem o costume de suar a camisa no Catraia em prol da cultura tão defendida verborragicamente por eles. E é através do trabalho que se adquire poder de argumentação. O alinhamento conceitual e político do Catraia é voltado para o trabalho. Do músico e sua banda, ao agente cultural e seus objetivos alcançados, tudo é pautado pelo labor. O Catraia é um grupo de pessoas alinhadas ao claro pensamento de que tudo no Acre é feito com um grau a mais de dificuldade. E que por isso mesmo tudo precisa ser feito com mais garra. Sabemos das dificuldades, limitações e anseios do nosso estado. Mas também sabemos de seu potencial. Creditamos e acreditamos nele.

Somos contra o pensamento 'farinha pouca,
meu pirão primeiro' e batalhamos para erradicar
posturas individualistas que atravancam nosso trabalho

Além de estimular as bandas, associadas ou não, através de ações pró-ativas, como o estúdio de ensaio e a assessoria de marketing, imprensa e publicidade, o Catraia busca formas de escoagem de produção, criando mecanismos profissionais para fomentar o trabalho da cena cultural independente de Rio Branco. Com recursos próprios e das parcerias, o Catraia discute e age para que a emancipação desse trabalho aconteça para outros pontos da sociedade e do estado, não se restringido a um pequeno feudo de atuação. Somos contra o pensamento "farinha pouca, meu pirão primeiro” e batalhamos para erradicar posturas individualistas que atravancam a ampliação do nosso trabalho engajado. Entre erros e acertos, nos capacitamos. Permutamos experiências e tecnologias. E estimulamos a participação das pessoas nos diversos campos da cultura. Não detemos fórmulas, nem protocolos, tampouco a verdade absoluta. Mas sabemos onde estamos e pelo o que lutamos. Pelo Catraia, aprende-se errando e erra-se aprendendo.

Embora algumas pessoas tenham optado por criticar os processos metodológicos que vêm sendo implantados internamente no Coletivo Catraia, para nós, catraieiros, nunca nos coube julgar ou condenar os processos utilizados por essas pessoas e seus meios e veículos de informação cultural. Sempre respeitamos e continuaremos a respeitar a dimensão conceitual e de auto-gestão de todos os projetos, veículos ou grupos que trabalhem com cultura, por acreditarmos que a pluralidade se dá com respeito e todo objetivo comum deve ser alcançado de forma coletiva. Também nunca coube ao Catraia analisar ou criticar tecnicamente uma banda. Para o Catraia toda banda, independente de seu estilo, tem importância, que é medida pelo trabalho, relevância e consistência de sua postura no fortalecimento da cena de música independente acreana e brasileira.

Ao invés de colaborar ativamente, alguns preferem fazer parte do Catraia de forma equivocada. De fora, posicionam-se velada e gradativamente contrários aos passos do Catraia pelo simples motivo de não entenderem o processo ou de não fazer parte dele ou por incapacidade ou vontade própria. Sem dúvida é uma forma pouco positiva de colaborar. Compreensível até certo ponto. Confuso a partir deste. Nenhuma dessas pessoas se mostrou interessada em complementar e seguir um método. Nenhuma delas se propôs aproximar-se e contribuir para a melhoria daquilo que considera equivocado. Usando um falso discurso de liberdade, para elas o trabalho depende de como, onde, por quanto e quando quiserem. Muito fácil. Mas assim o mundo não funciona. O que chamam de liberdade, nós chamamos de falta de bom-senso.

O Catraia se preocupa com a qualidade
de seu trabalho, mas leva em conta o oneroso
processo de capacitação de seus envolvidos


Não existe liberdade, quando ela vem com os dois pés no desrespeito. Não existe liberdade quando ela vem no grito, no recalque ou na falta de tato e consideração. Para o Catraia liberdade é um termo de extrema importância. Liberdade se constrói com respeito e trabalho. Trabalho enobrece o espírito. Espírito nobre eleva o corpo. Corpo elevado é liberdade. E é nessa estratégia que o Catraia firma seus passos. Capacita para o trabalho através da concretização da verdadeira liberdade – aquela que termina quando a do próximo começa. Prezando pela boa convivência, confrontamos dificuldades abertamente para evitar conflitos. E trabalhamos. O Catraia se preocupa com a qualidade de seu trabalho, mas leva em conta o oneroso processo de capacitação de seus envolvidos, respeitando as limitações individuais dos mesmos e estimulando avanços.

Para nós, do Catraia, cada um que está ali tem um porque de ali estar. E para cada um há, não só poder de voz, como também poder de ação. Batalhamos pelo entendimento disso, através do aprimoramento dos mecanismos de relacionamentos interpessoais. Repudiamos, interna e externamente, qualquer demonstração de desrespeito, individual ou coletiva, pública ou não. Repudiamos a violência passiva do boato e da fofoca. Assim como também repudiamos a sectarização e a estratificação. Batalhamos pela saúde nas relações, nos debates, nos confrontos e nos enfrentamentos. Acreditamos na pluralidade, na gestão pautada por métodos profissionais e na capacitação das pessoas através da cultura e de sua cadeia produtiva. Buscamos de forma soberana e parcimoniosa, o método ideal que alie trabalho com satisfação, diversão com engajamento social, conhecimento e cultura para todos.

Atenciosamente,

Janu Schwab – Gestor de Marketing e Estratégia, Rodrigo Forneck – Gestor de Produção e Eventos, Saulo Machado – Músico associado e Gestor de Sonorização, Jeronymo Artur – Gestor de Comunicação, Karla Martins – Gestora de Administração e Planejamento, Thays França – Secretária de Relações Institucionais e Colaboradora de Produção e Eventos, Diego Mello – Músico associado e Colaborador de Comunicação, Thalyta França – Sub-coordenadora de Produção, Kaline Rossi – Músico associado e Colaboradora de Produção e Eventos, Ana Helena de Sousa, Colaboradora de Produção e Eventos, Veriana Ribeiro, Colaboradora de Comunicação, Rodrigo Oliveira, Músico associado e Colaborador de Sonorização, Santiago Queiroz – Colaborador de Comunicação, Daniel Zen – Músico associado, Colaborador da Coordenadoria de Ação Política da ABRAFIN e Presidente da Fundação Elias Mansour, Renato Reis – Fotógrafo e Colaborador do Circuito Fora do Eixo, Pablo Capilé, Marielle Ramirez e Lenissa Lenza – Espaço Cubo (Cuiabá), Marcelo Domingues - Demo Sul (Londrina), Pablo Kossa – Fósforo Records (Goiânia), Talles Lopes – Coletivo Goma (Uberlândia).\



Fora do Eixo
Catraia
. Coletivo pela Cultura.Seletivo Pelo trabalho

sábado, 10 de maio de 2008

A Corda

Em meio a um sonho ruim e um despertar forçado me sinto paralizada.Pra levantar.Pra tomar um rumo diferente, ou seja, um rumo.Pra quem não tem de onde partir fica difícil saber aonde se quer chegar.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Sobre pássaros.

Ela parecia um pássaro.Tinha o rosto fino, nariz pontudo e lábios que ,juntos, pareciam pêssegos ou talvez figos abertos.Lobados e protuberantes pra frente.Cabelos curtos, ralos na cabeça.Usava sempre batom escuro.Talvez fosse pra chamar a atenção por que ela parecia um pássaro e os pássaros, assim como todos os animais, têm suas estratégias para chamar a atenção.Os humanos também. E ela nem precisava colocar um batom escuro. Já chamava.

Além do rosto, o corpo lembrava também. Esguio, longelínio, fino, quase sem curvas. Para uma mulher ela era bem esquisita. E para um pássaro também.Usava roupas que pareciam não ter a delimitação entre uma peça e outra. Parecia uma vestimenta contínua, embora eu sabia que eram calça centro-peito e blusa de alça fina.Cobria as poucas curvas que tinha, na parte frontal do corpo.Tinha a coluna meio curvada pra frente, uma flor murcha.

Usava uns óculos com armação grossa. Tipo daqueles de acrílico.Preto, vermelho. Já vi vários modelos no nariz que aponta sempre pro infinito.E como era grande.Tinha cara de jornalista.E de pássaro também.Talvez uma lesbianchic.Sapacaxa do agreste. Talvez uma cdf que gostava de assitir animes nos fins de semana e desenhar. É, ela tinha cara de quem gosta de desenhar.Geralmente pessoas estranhas tem estranhas maneiras de se distrair.No caso dela aposto que seria desenhar ou escrever.

Talvez tivesse anorexia.Talvez tivesse o pai magro.Talvez estivesse em um desses regimes malucos.Talvez estivesse treinando pra ser modelo. Não, acho que não.Era muito feia. Parecia um pássaro. E quando estava atravessando a rua, esperando o homenzinho ficar verde, eu pensei: Por que será que ela não sai voando? Eu queria saber voar.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Sobre unhas.

Guardo as cutículas pro final.