segunda-feira, 28 de abril de 2008

Saudade - Pablo Neruda

Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...

Saudade é amar um passado
que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...

Saudade é sentir que existe
o que não existe mais...

Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...

Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.

E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.

O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.

domingo, 27 de abril de 2008

Start Reverse

Partindo do princípio que todo começo é sempre o fim de algo que é bom(ou de algo ruim),o meu princípio começou e acabou de trás pra frente.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Dos copos e corpos.

O mundo se fecha
os ouvidos se abrem
os olhos circulam
os miolos se confundem
com o peso da responsabilidade
de ser e aceitar-se só.
Nem tenho dó.
Apenas das minhas rimas
Conhecidamente mal construídas
Que me distróem.
Malditas que me assustam
Vezes durmindo
Vezes acordadas
Corróem nuvens de algodão salgado
Que faz um estrago à vida
Que não precisa ser longa pra ver.
E quando os olhos se fecham
Nas pálpebras o peso de ser
Sem escolhas e nem alternativas
O que já se vê no espelho
De ser aquilo que se nega em voz alta inaudível
Mesmo sabendo que o desejo mais íntimo é
Mergulhar em um mar de Caipiroscas
E só sair em coma.na maca.na cama.pra cama.pra casa
Ir pra casa à pé no escuro
E pular o muro.
Must be the moooon!

Niente

'Se tudo parece tão vazio
Se tudo parece tão estranhoooooooooô'


Berros do NADA não saem da minha cabeça.
Bom.Bom demás.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Mão.

Segue o barco
O rio.
A rua.
As linhas que separam as mãos.
Linha tênue do sentir ou não.
Mão única.
Mão dupla.
Mão áspera.
Mão distante.
Mão rejeitada.
Mão molhada de água salgada.
Do mar.
Do rio.
Da rua.
Do meio fio.
Daqui.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Insônia

O monólogo diálogo ecoa no quarto.
Antes fosse 1/4,mas 1/2 de um só, dá metade do que seria necessário pra me fazer sentir menos azul.





*Insônia.Monólogo diálogo.
Saudades da época de composições compulsivas.
Saudades de tantas coisas.
Saudades também.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Lembrando


As vezes ao abrir os olhos eu não quero acordar.Finjo que não vejo a luz cegante nos meus olhos.Sem cortinas ela é atrevida.Entra mesmo.Antes eu me incomodava mas hj não, até gosto.As cortinas se mantém abertas.E quando os olhos abrem completamente eles vêem o que minha mente pensa a todo minuto.É uma recaptulação do dia anterior,da noite, recaptulação do antes.Vezes boas, vezes ruins as lembranças são bem vindas.Contróem coisas boas e distróem as coisas ruins.Acho que as vezes eu só vivo de lembranças.E ruim viver de lembranças só.Sozinhas e sozinha.

sábado, 19 de abril de 2008

V.I.P


Eu sou uma V.I.P - Very Indian Person.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Cha cha cha changesss

E o frio está indo embora assim como a minha vontade de mudar o mundo.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

E não é fofoca.




Outro atrazo meu(ou talvez não)é o The Gossip.A vocalista uma fofa - literalmente - super estilosa foi eleita uma das mais pessoas mais Cools do momento juntamente com Luisa Loverfoxxx e Thom York. Além de não negar sua preferência por mulheres,usa roupas extremamente chamativas e descoladas.Ela não está nem aí pro seu peso.
E precisa?Com uma banda fazendo um rockzinho modernoso,a performace de Beth Ditto(a vocalista)com sua voz meio soul é eletrizante.Muito além das divas de corpo,cabelo e maquilagem impecáveis.Beth e Amy winehouse estão no meu top.Podem não ter o comportamento ou a aparência 'normais' mas sabem fazer shows e músicas boas demais.


Standing In The Way Of Control- The Gossip





Versão da Música Standing In The Way Of Control pelo Soulwax.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Vícios.



Todos sabem que alguns vícios quando são deixados de lado,são substituidos por outros.Vício ou não,durante 3 noites tenho comido melão pela madrugada.Melão,dos amarelinhos, nem tão doces, mas gelados.

Saibam vocês que o melão não é uma fruta calórica, pois 100 gramas dela contém apenas 30 calorias.É rico em vitaminas A, C e do complexo B.É também uma excelente fonte de sais minerais como, por exemplo, ferro, cálcio e fósforo.


E daí?E daí nada.

Larguem as drogas,deixem seus vícios de lado e viciemo-nos em melão!

Velhas novidades.

Este resumo não está disponível. Clique aqui para ver a postagem.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Should we go outside?



Curta brasileiro com direção de Clarice Falcão, Célio Jr. e Juan Manuel, "Dois Menos Dois" trata de romance em um banco de parque. A trilha sonora é a música "Sprout and the Bean", de Joanna Newsom.

Fofo,não?

Espreme que sai.

Escreve-se apenas pelo prazer de escrever e ser lido por olhos anônimos.Olhos que de anônimos passam à protagonistas de facetas impiedosas da fala escrita.
Repetente?
Recorrente.Inquietude.
Devaneios egoístas?
Quimeras solitárias.
Repentinas.Verspetinas.
Das de sol quente na janela e nas costas.Vezes nuas,vezes vestidas,costas essas que sofrem o peso dos ombros curvos e colo torto.
Ignorância?Investimento intelectual à longo prazo.
Dos vinte.Dos vinte e poucos.Dos trinta.
Arrogância?Fragilidade.Escudo de mentira.A arma dos fracos sem espadas e nem lanças.Me lança teus ataques.Absorvo com o orgulho.Esse também, falso.De fato.
Imaturidade?Ingenuidade do ser algo que não se vê que se é.Ou mesmo do não ser.

Espera aí.Espreme mais um pouco,que coisa boa sai.

Quando adestramos a nossa consciência, ela beija-nos ao mesmo tempo que nos morde.

Nietzsche

Pano

Por baixo dos panos
Meu pano de fundo é totalmente rasgado.

sábado, 12 de abril de 2008

Zoom

Eu queria ter uma lente de aumento pra olhar os olhos das pessoas e enxergar além do sorriso da face.Passando por cáries e saliva pra ouvir com os olhos o que se passa no coração.

Ouvir com os olhos é ler com a imaginação,personificando cada interjeição em expressão facial e tom de voz familiar.

Eu queria encontrar pessoas com coragem pra me deixar olhar e retribuir meu olhar nos olhos com os olhos, pode ser.Retribuir com sorrisos, pode ser.Retribuir com uma mão.Com um banco macio pra sentar, pode ser.Retribuir com verdades,tem que ser.

Eu queria que a comunicação outrora transmitida pelo vento e captada pelos olhos,substituisse a de hoje,comunicação verbal não oral.Escrita.Injusta.

Escravos de jó



-Você vai ter que morrer pra eu parar de sorrir.

Ou você vai ter que sorrir pra eu parar de morrer?

Sem.

E tudo parecia fazer sentido.As formigas seguiam os rastros deixados por outras delas,o vento fazia curva,fazia reta.Fazia calor.Os pássaros pareciam estar meio engasgados,um canto afogado de água.Mas mesmo assim tudo parecia fazer sentido quando a vontade de ir à janela observar o movimento do nada se desfez em uma colher de chocolate self-maid.
E até mesmo o calor refrescado pela chuva parecia fazer sentido quando olhei pro chão e a água já estava sobre meus pés.As coisas simples fazem sentido.De vez em quando,só.

Wait

À espera.
Sempre há.

Ponto e vírgula.

Fala-se de vida em morte.
De morte em vida;
De morte e vida;
De vida mal vista;
Vida mal vivida;
Vida póstuma;
Morte prematura;
Vida torta;
Morte direita;
Vida tonta;
Vida direta.;
Morte de conduta.

E eu fico pensando e me cobrando mesmo,quando eu vou começar a viver a minha vida decentemente,sem ter que me preocupar com o que eu deveria ter feito por uns, pra uns e me arrepender por uns, por mim e por todos.Eu não desisto e nem canso de levar porrada na cabeça.Um dia aprendo.Hei de aprender que todas essas coisas só dependem de mim (nós mesmos) pra que sejam mudadas.Clichezão clássico e totalmente aplicável.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Auto-(im)própria-importância

Eu me acho importante.
Tenho que me achar.
Senão, quem acha?

segunda-feira, 7 de abril de 2008

É.

É mesmo
É muito
É mito
É muito
E minto
É,minto.

sábado, 5 de abril de 2008

Carta Aberta.

O Dia que eu Criei Coragem para dar Novos Passos.

Nas últimas duas semanas além de lidar com a possível ruptura de um sonho, tive que desprender energia para lidar, também, com comentários tortos e maldosos que envolviam a minha banda. Comentários do tipo: “A banda vai acabar”, “Não são mais amigos”, “Elas brigaram”, “A culpa é do namorado” e outros que iam além do bom senso. Por enquanto é somente nessas horas de discórdia e fofoca que eu sinto como é ser famoso. E por esse motivo, mas não unicamente por ele, resolvi escrever esse texto.

Durante quase dois anos e meio, eu e os outros integrantes da Blush Azul nos esforçamos para unir sonhos, anseios e temperamentos diferentes em um projeto em comum: a nossa banda. Nesses dois anos ajudamos e fomos ajudados a fortalecer a cena independente musical de Rio Branco e do Acre. Compomos e gravamos. Tocamos aqui e Brasil a fora. Ouvimos e fomos ouvidos. Vimos e fomos vistos. E foi lindo.

Mas assim como todo rio amazônico modifica seu curso conforme a necessidade do meio, a Blush Azul, sendo uma banda amazônica, teve que modificar seu curso também. Nossa baixista e amiga Giselle Lucena foi levada a direcionar para outros rumos seus passos. Por motivos unicamente pessoais e que dizem respeito somente a ela, Giselle não faz mais parte da Blush Azul. Mas sempre será uma de nós, tanto pela sua colaboração artística com seus versos inteligentes e com sua presença de espírito, assim como pela nossa amizade, que não está exclusivamente ligada à banda.

Ao contrário do que foi dito pelas más e longas línguas, não houve nenhum desentendimento que tenha levado ao rompimento. Nem por parte dos integrantes da Blush Azul, nem por parte dos gestores e colaboradores do Coletivo Catraia. Como afirmei anteriormente, a saída da Giselle se deu por motivos pessoais. Cabe a ela responder por eles. Na quinta-feira fomos chamados pelos gestores do Coletivo Catraia para uma conversa, onde tivemos oportunidade de expor nossos anseios, esclarecer nossas dúvidas e nos fortalecer como artistas. Muito mais do que desentendimentos, existe um forte desejo por parte de muitos de que a coisa funcione. E ela irá funcionar. (No que depender de mim).

A Blush Azul pretende continuar trabalhando e seguindo com a parceria do Coletivo Catraia, parceria essa, que vem sendo estimulante (eu acredito), tanto para nós, quanto para outras bandas e pessoas envolvidas na construção de uma cena cultural que se sustente e se renove cada vez mais. A Blush Azul é grata ao Catraia assim como o Catraia é grato à Blush Azul. Brigo todos os dias para que a recíproca seja verdadeira. E creio que todos, catraieiros ou não, devem fazer o mesmo, trazendo para debate aquilo que precisa ser debatido, independente da forma como será exposto.

É muito mais saudável expor as coisas abertamente, do que por debaixo dos panos, na boca pequena de língua grande. E tomar para si como um problema só seu. O problema é de todos e diz respeito a todos. Se há algo errado, há e se não, deve haver a oportunidade de corrigi-lo. Como li no texto da Veriana postado no blog do Coletivo Catraia, o rio segue seu curso. E a Blush vai seguir diferentes cursos afluentes do mesmo rio. A Blush vai seguir. O curso. O rio. A música. A catraia. Na catraia.


Kaline Rossi
Baterista da Blush Azul
Integrante do Coletivo Catraia
Sonhadora e persistente.

dope show.

Deveriam inventar alguma bebida que desse o mesmo efeito que o sono dá nas pessoas.
Eu,não sou eu com sono, fechei a porta do carro nos meus dedos.
Dopada?Chapada?Bêbada?
Não.Com sono.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Descaso Calado

Para todos que dizem não
Eu digo sim
Digo que sou, digo que fui, digo que fiz.

Para todos aqueles que olham por cima
Eu olho por baixo
Olho por dentro
Eu atravesso
Transcedo aquilo que não é legítmo
Aquilo que não é de bom grado

O descaso caladooo
O descaso caladooo

Para aqueles que não se importam
Para aqueles que largam
Ou que dizem que não acreditam
Eu digo que consigo
Eu faço, eu prossigo

Pois o descaso se disfarça por preguiça
Pela ignorância e pela graça
O descaso se disfarça de responsabilidade renegada
Se faz pela falsa culpa sempre armada

O descaso caladooo
O descaso caladooo

Mesmo não dizendo sim, fazendo ou negando
Faço uso dos ouvidos,meus conselheiros
Pra projetar como gostaria que fosse
Pois mesmo que seja só na imaginação
E tenho a capacidade
E a coragem de dizer não.


Com o descaso calado
O descaso calado
Pelo descaso calado
Só o descaso é calado.