Você era sempre triste
Era o estar não querendo
Menos naquela viagem à Itaipu
Ao registro do instante: click!
não era você
Ou era, apenas não conhecia
Reconhecia seus músculos forçando algo que não tinha
Lá de dentro, as fotos não negam fatos
Seu sorriso não era comigo
Eu estava sempre te procurando entre os símbolos
Mas te faltava.
sábado, 25 de fevereiro de 2017
Te faltava
Postado por Unknown às 19:11 0 comentários
sexta-feira, 23 de dezembro de 2016
Melhor castanha do mundo e grãos de presente.
Partilhamos genes e amêndoas de biomas distintos. Enquanto comemora se 35 mm de chuva, dentro de mim abundantes 250 mm de plenitude folhosa esvaziam-se a cada aeroporto. E atravessa um jegue na rodovia federal, e reclama-se da corrupção e primeiramente fora temer. Me entristece seus sacrifícios, assim como todos os seres viventes. Mas sorri, abençoando o pedacinho que alimentou aos meus por minhas mãos. Sorri quando afoita me disse com a boca com poucos dentes ainda: esta é a melhor castanha do mundo, tia ( com o t e a pronúncia mais correta que ouvi). Nós que somos de nortes distantes lemos ditos chiados, enquanto eles, claros como água salgada e azul. Primeiro item da lista anual: quero ser vegetariana, me alimentar de sentimentos sinceros, viver cada grão de areia do presente.
Postado por Unknown às 03:16 0 comentários
domingo, 26 de junho de 2016
Cartas mentais
Te escrevo cartas mentais. Quase todos os dias em que me pego pensando em coisas que deveriam, que poderiam. as vezes faço jogadas poéticas, rimas banais e as vezes consigo voltar até o inicio do paragrafo para corrigir uma concordância verbal.
Ontem no trem, te escrevia sobre como eu adorava compartilhar coisas com você. Pensamentos, impressões sobre arte, sobre o jeito como as pessoas se vestem e como eu adoraria usar aquela calça curta que antes era considerado ridículo, hoje super 'in'. E então, derrepente, passeando com os dedos pelas diversas opções de entretetenimento, aparece um filme que ensina como ser solteira. achei engraçado, achei bobo, mas assisti. Precisava ocupar minhas 11 horas com os pés fora do chão. Em varios momentos desligava os ouvidos e pensava comigo mesma sobre o quanto eu estou me saindo bem, de verdade. É clichê, eu sei, mas parece que esse negócio de idade e maturidade com as coisas da vida realmente faz sentido agora que deixei a adolecência há algum tempo. Me sinto mais mulher do que nunca. Minhas espinhas tardias são apenas toxinas que meu homeopata achou que seria divertido colocar pra fora pelos poros. Não vou reclamar aqui. Elas tem que sair por algum lugar: que saiam por onde quiserem.
Quando penso em você, me parece uma poeira, uma névoa, uma bruma. Semana passada andei de bicicleta na chuva e tenho certeza que era você que estava caindo por aquelas gotas geladas e me fazendo bater o queixo. Se materializa em memórias boas, sempre elas, eu abraço, tento pegar no ar, e você se desfaz e se vai. Sem se importar, como assim sempre foi. Acho que é assim que a gente supera estas coisas, né? Lidando com as poeiras que vem e vão e de vez em quando irritam os olhos. Como agora, em que olho pela janela os prédios do jardins, enquanto o frio vem pelos meus pés e minha vontade mesmo é de querer estar na praia, olhando o mar sem muito fazer e sem muito pensar. Só estar.
Quando te escrevo cartas mentais não era nada disso que eu queria dizer. Me veio uma poeira nos olhos, vou ali lidar com ela. Volto depois.
Postado por Unknown às 14:00 0 comentários
segunda-feira, 28 de março de 2016
Um distrito que me dói menos #1
Não fosse a secura de meus olhos, teria sido roubada de toda a umidade possível
Nos lugares e avenidas, rápidas e cinzas, brotam plantas resistentes, adaptadas e ousadas
Cada quadra, cada par de números me deixa perdida
Como pode estar aqui e não estar mais?
Resignificar cada bloco e cada lance de escada
É olhar a cidade com um pedaço a menos ,pois tudo que eu conheço costumava vir em pares
Costumava ter, costumava ser
Costumava ir e voltar aos dominigos: o dia oficial do até logo
E o até logo passou a ser cada vez mais até e menos logo,
Logo então, tornou-se um espaço vazio sem cor, apático e flutuante com cheiro de outras
Flores, incensos e água sanitária
Por que sim, a tristeza flutua antes de grudar nas paredes
E o que era par, se dividiu e multiplicou em outras direções
Em outras dimensões ainda ficam, e ficarão por muito tempo
Por que o tempo é relativo, é médico e trabalha, também, no departamento de fármacos
Pode trabalhar no posto de gasolina, nas companhias aéreas e nos laboratórios de fotografia
Onde trabalha o seu tempo?
O meu tempo trabalha em um distrito que me dói menos.
Postado por Unknown às 05:29 0 comentários
domingo, 9 de novembro de 2014
Engoli um eu te amo e fiquei grávida de amor
Escolhi guardar pra dentro, pra evitar constrangimentos
Já tem tanto solto por ai, da boca pra fora não adianta
Se não vier mais profundo, do coração
Quando a vontade vem de dentro, quase que incontrolável impulso
Analisa-se o contexto, o tempo, a umidade relativa do ar e a posição do sol
Não se deve deixá-lo ir sem que o que está dentro saia por fim para dar um passeio
Mas em tempos de distanciamento circunstancial
Manter as frequências e sintonias mentais anda cada vez mais difícil
Por tanto guardo, poupo e economizo
Engulo um eu te amo por semana
Ficar grávida de amor: o prazo é nove meses
Como se eu tivesse todo o tempo do mundo
E tenho.
Postado por Unknown às 08:29 0 comentários
segunda-feira, 13 de maio de 2013
Vibrações
Por aqui, só o que faz bem.
Custe quem custar.
selecionando frequências.
Por aqui, só do bem.
Postado por Unknown às 16:14 0 comentários
domingo, 12 de maio de 2013
terça-feira, 5 de março de 2013
Dos pedaços de si.
Postado por Kaline Rossi às 07:34 0 comentários
segunda-feira, 4 de março de 2013
Da inspiração
Não sinto falta da dor da inspiração.
Viver feliz já me é poesia.
Postado por Kaline Rossi às 06:04 0 comentários
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
domingo, 29 de julho de 2012
quinta-feira, 19 de julho de 2012
A cada km de vida.
Postado por Kaline Rossi às 16:56 0 comentários
domingo, 1 de julho de 2012
Para dar o primeiro passo à frente, já dei milhões pra trás.
Postado por Kaline Rossi às 20:04 0 comentários