domingo, 20 de novembro de 2011

vermelhas são as olheiras da tarde.

sábado, 19 de novembro de 2011

Da camiseta

Receio em pedir de volta a camiseta. Medo. Daqueles medos que se tem de saber a verdade por que mais que seja ela ruim. Fingir que é boa também não adianta nada. Ela foi minha mas tão tua ao mesmo tempo. E não lembro, mas acho que foi de muitos outros antes de nós. Usávamos eu e tu e às vezes ao mesmo tempo. Mas acabou ficando sem mim. Ficava melhor em ti, confesso. Todo cinza é teu e isso nada vai mudar. Está registrado em ata. Se carregas contigo ou se guardas no fundo da gaveta junto com aquelas que estão furadas, com as mangas rasgadas, talvez comida por traças, manchada de água sanitária ou simplesmente apertada, se mandaram-te queimar ou doar para necessitados ou fizeram-na de pano de chão: não me importo. Só queria certificar que ela passa bem mesmo amassada.

do vazio que se preenche de si mesmo

tem mais você do que eu aqui.

das nuvens

gosto muito das nuvens que conheço