não sei o que há
sinto metros cúbicos de dores.
domingo, 26 de julho de 2009
quarta-feira, 22 de julho de 2009
título à definir.
Seriam milhares, muitas, multidões, se fossem pessoas e não matéria. E como em todos os lugares onde muitas pessoas existem e coexistem, existem também conflitos, deformações, confusões e desentendimentos. Fatos também da matéria. Aos montes, algumas gostavam de molhar, abafar, cozinhar, irrigar, irritar, outras de inundar e outras apenas de umidificar. de frescar mesmo.
- Vim da frança. Eu do Camboja. Eu da Malásia. Rússia. Noruega. Cazaquistão. Oceania. Marrocos. Espanha. Canadá. México. Ilhas Malvinas. Austrália. Índia. Alemanha. Bruxelas. Argentina. Uganda. Estados Unidos. (Uhhhm, ácida tssssssssss ) e eu do Acre.
- AAAAAcre? -todas em um coro só. (queria muito poder reproduzir aqui esse som. quem sabe um dia eu compre um gravador mental ou sintetize os sons que saem da minha cabeça ao presenciar essa cena sonora tão singular. Plural. desculpe moças.)- Que país é esse?
- Fica no Brasil.
- Ahhhhh, Brasil. Então você é das boas. Vem da amazônia, ares e seres puros por lá.
Não entendiam muito de geografia mas eram bem voláteis e conversavam, discutiam, se conheciam apenas por conhecer. Como se não houvesse aquele tal de amanhã. Talvez nunca mais se encontrariam denovo, só se fosse no próximo ciclo biogeoquímico. Não tinham tempo à perder visitando e elaborando propágulos internos que explodiam alfinetes. As vezes, pareciam ser uma só olhando de longe e de perto também. As vezes se irritavam com isso. Não gostavam de ser consideradas seguidoras, vão com as outras, discípulas. Não, não. Cada uma pensava, fazia, falava de um jeito. Um jeito só. que por sinal, era igualmente sem personalidade. As chinesas que eram piores, coitadas. Não tinha como lutar contra sua natureza estrutural. - Lá vem elas.
- No próximo ciclo, quero morar nas rochas. Arrancar pedaços e virar mineral. Perceberam como o sobrenome mineral tem um status nos dias de hoje? Se eu der sorte, vou pra dentro de uma garrafa linda, com um rótulo lindo, pra dentro de uma boca linda...imagina eu me mandando pra dentro do Jude Law? - Ah, ai ai Harebaba, falou a indiana.
Tinha uma que sempre se destacava, e nem sempre era por bem, no meio das outras. Afinal, sempre tem um que quer ser o importante no mundo vivo e não poderia ser diferente na matéria. Sempre tem aquela que tem características megalomaníacas e psicopatas. Não deixava de ser. Era muito comuns suicídios naquelas bandas. Eram corajosas por que tinham certeza que nem a lei e nem o deus que as regiam, ia puni-las privando de um retorno triunfal num próximo ciclo. Se pudessem assim se assumir, mandariam encomendar purpurinas e pelúcias pomposas. Se jogavam mesmo, sem dor, dó e nem piedade. As vezes com alguns fluidos incolores, como eram. Quando ficavam tristes assim, simplesmente se desestruturavam. Perdiam partículas elétricas agregadoras de íons de sulfato e nitrogênio para virar simplesmente uma fórmula química monossilábicacápsuladupla. Só. Via-se de longe a tristeza. Tem muitas vezes por aqui, mas é por que são muitas vezes mesmo, antonimamente e diferente de sempre, não há outro sinônimo cabível no contexto.
-Incolor? E você que é insípida!
Houve um silêncio geneneralizado e azul. Esclareço: não há pior xingamento no mundo, em todos os mundos, de todos os adjetivos desagradáveis possíveis, impossíveis e imagináveis do que o trio ternura do desgosto, literalmente: Insípida, Incolor e Inodora. Era o fim. De repente se via suicídios coletivos, vácuos a baixo. ( eu disse que era muito comum). As que conseguiam seguir em frente, esperavam apenas mais um vendaval para se espatifar num vão sem fim que é o infinito e afogar suas mágoas. afogar. águas. Tinha ala das mal bebidas, desquitadas, deshidrogenizadas, das sujas, das coloridas e das mal cheirosas. Era um vasto catálogo, quase um pasto. Algumas cheiravam pó e seus narizes tinham cicatrizes horriveis, cujos lenços de papel eram acusados de terem influenciado gripes. (era mentira. nem tinham narizes.) Incompatibilidade de neurônios. Dos últimos que sobraram. Sinapticamente falando, coisa de química mesmo. Vai saber.
(...)
Postado por Kaline Rossi às 15:42 0 comentários
terça-feira, 21 de julho de 2009
Dê - Cérebro Eletrônico
dê amor,dê paixão,dê segurança,dê prazer,dê carinho...
lindaça.
Postado por Kaline Rossi às 16:43 1 comentários
segunda-feira, 20 de julho de 2009
poderia ser um texto, mas não é
adjetivos patenteados não podem ser reproduzidos sem prévia autorização, muito menos póstuma. as fragrâncias da memória andam por baixo de pés de laranjeiras, sob sete palmos anões. a ostentação não deve ser reproduzida em casa por crianças, idosos, zumbis, monstros e nem animais contaminados por outros animais contaminados, tipo aqueles que habitam as mentes. quando se fala em mundo, se fala em mundo muito inteiro, não só uma banda. quando se fala em sonho, não se trata daquele que vende na padaria, muitas vezes dentro vejo pesadelos. apesar de você achar que as tesouras, vassouras, plásticos descartáveis, câmeras fotográficas e lápis (no plural) de cera- o giz vocativo- copos de cerveja, sofás de couro cabeludo, doces coloridos (que mal há?), estrelas, luminárias, luas, geladeiras, lençóis manchados de sangues heterogênios e multi dna's, plaquetas e placas bacterianas, escova de dente vermelha de pasta, porta e alma escacarada e estuprada por aqueles que não devem ser nomeados- jamais- papéis, pênis, tênis e brincos solitários adotados alheiamente, bicicleta, monociclo, monoteta, brusquetas, bolsinhas, filhas e gatos, nomes compostos, aviões, lágrimas conjuntas, telefone celular, copos diamantes, painél de madeira serrada, pulsos e água com sal têm alguma coisa em comum, eu continuo achando que aquele quadro pendurado, poderia ter uma inclinação de 15° pra direita, pra que eu pudesse admirá-lo com o pescoço caído e meus olhos enxergassem aquilo que foi escondido pelo pintor ou pelo fanfarrão do falsificador de obras, de palavras e de vidas.
Postado por Kaline Rossi às 14:10 2 comentários
domingo, 19 de julho de 2009
G#m
as ruas continuam vazias
mas cheias de listras, faixas brancas
e eu continuo à pé sonhando com sinfonias
de artistas mortos e ricos
mantenho meus pensamentos mais mortos do que vivos
vivo nas linhas
não consigo sair delas
música, música, música
vem pra mim em notas que eu não conheço
com sentimentos que me fazem cantar sóis menores
música, música, música
me faz pensar no mundo de linhas retas, ondas sonoras
magras, gordas, reverbéricas
pra eu embalar meu sono de dia
que é a qualquer hora
música, música, musica
me diz pra que tu existes na minha vida
se não é pra me fazer cantar
se tenho a voz tão desafinada e aguda
que nem meu cérebro aguenta pensar
me diz por que mãos que se mexem e se machucam
não conseguem seguir um ritmo só
que possa ser acompanhado por um maestro
com duas mãos delicadas, macias e com cheiro de cremes para as mãos
me diz por que eu que tenho dois ouvidos
um com mais cera, outro não
que não conseguem traduzir essas ondas que pairam por aí
enrroscam em fios de telefone, em receptores de satélites
e não conseguem chegar ao seu destino final
minh'alma anda meio sem sal.
Postado por Kaline Rossi às 12:27 1 comentários
quinta-feira, 16 de julho de 2009
sábado, 11 de julho de 2009
eu, deserto P. D.
Infinitos longos com gosto de jasmim
(só pra rimar)
Cheiros e cores de balas de festim
Tem crescido desertos, areias
O vento espalha pelas veias
A vontade de não ser só mais um grão
Na multidão dos milhares
Sente-se pequeno tal qual como era
Os peso da idade na barriga
Os traços da morte que passou na face
O deserda do seu destino que era um dia ser feliz
Mas pra que serve viver o destino se
O passado que te mata?
Não se sabe se foi, mas a dor do deserto
Vem rasgando o passado presente
Ao invés de flores delicadas
Cactus suculentos, agressivos na beleza
Frágeis demais pelos tempos
Que batem em suas pseudo folhas
(gordas)
Temporal em copo de areia
Vendaval de maldade veio, passou e continua vagando
Bate aquela vontade de morte
Tempestade em lágrima órfã
Se vão como se nunca tivessem existido
(que frase mais passada!)
Grão de areia perdido
Sem certeza do que o fim pode trazer
Aos montes, uma cáfila de sonhos montados
Que engole cada pensamento
Como se fosse amargo remédio
Verde lodo azedume
E aquela careta que não pode faltar
Um buraco ficou e no lugar, vida
No fundo dos olhos, janelas serradas
Da mais pequena e insignificante, fica na sua
Desertos que crescem dentro de corpos
Ventos do nordeste do sul do Brasil
Onde ventos fazem curvas
Não movem montanhas
E sim dunas.
Postado por Kaline Rossi às 07:14 0 comentários
quinta-feira, 9 de julho de 2009
vem pra mim
nesse copo graduado
cheio de medidas que
desmedida eu bebo
me afogo
goela a baixo
de ti
Postado por Kaline Rossi às 15:53 1 comentários
Giselle, não tem nada de divertido em arrancar um dente.
Postado por Kaline Rossi às 08:35 1 comentários
terça-feira, 7 de julho de 2009
Claro. Justo, Roberto.
- Me desculpa por falar com a boca cheia.
- Não tem problema me desculpe também por ter te abraçado e te beijado o rosto logo depois de sair do banheiro. Eu não lavei as mãos e tenho doenças sexualmente transmissíveis. Ei, pera aí! Não se procupe, se você pegar alguma coisa eu pago sua consulta, conheço um médico maravilhoso!
- ...
- !?
Postado por Kaline Rossi às 15:01 1 comentários
segunda-feira, 6 de julho de 2009
quarta-feira, 1 de julho de 2009
de Vik Muniz
Vik Muniz
Postado por Kaline Rossi às 15:34 3 comentários