segunda-feira, 31 de março de 2008
Canto das gérberas.
Me contradizendo,então
Saio de fininho, em vão.
Calo-me com os olhos
E deixo me perder na multidão
Multidão sem cor e sem forma do escuro
Uso o tato,uso o murro
De frente pro muro
Eu julgo muito, faço pouco
Faço caso,desfaço o laço
Rasgo o forro daquilo que era vermelho-amor
E reciclo no vermelho-ódio
Vermelho-dor
Pra não querer fechar com botões de rosas sem cor
Ou gérberas mortas do canto da parede
Pra não me deixar cair no escuro sem fim
No escuro eterno do rancor
E no ensurdecedor barulho do silêncio
Cerro os olhos mudos
Por que segundo palavras cuspidas
Nada disso mais têm valor.
Postado por Kaline Rossi às 16:25 0 comentários
Ego.
Difícil é falar do ego dos outros quando se tem o maior de todos eles.Quando o ego cobre os olhos não se enxerga além do que se quer.
Postado por Kaline Rossi às 08:07 0 comentários
terça-feira, 25 de março de 2008
(...)
Eu odeio muito mais a gramática hoje do que um dia odiara. Pra falar a verdade eu nunca odiei gramática tudo isso aqui é mais uma viagem da minha cabeça que está livre de pensamentos numéricos,(por enquanto),sonoros(por enquanto),livre de palavras faladas(por enquanto)mas não livre de pensamentos escritos na mente,esses não.
Parece que tudo que eu li(foi pouco menos do que eu gostaria de ter lido)e aprendi, não serve de nada pois o conhecimento acumulado não se faz presente em silêncio muito menos em desuso.Vira pó.Vira arquivo da memória falha.Mas eu tenho o poder de escolher o que eu gosto de usar,de ouvir e do que não.
Prefiro muito mais os pontos.Finais.Continuando's. Os dois pontos,aqueles um em cima do outro,me assustam por que advertem:'Lá vem mais palavras','Agora é minha vez de falar'.Como se precisasse dizer!
Os travessões são meus inimigos pois eu quase nunca tive oportunidade de usá-los.'É aquilo que o segue', 'Como eu dizia'. Apenas os ouço,sempre,constantemente.Ouço por que quero, não minto,por que se não quizesse,o ponto final seria um triunfo meu.
As vírgulas sim, essas são incessantes.Prolongam,pausam sem expectativa prévia pro fim, torturam adjetivos seguidos de verbos mal passados,abrem o buraco, cavam mais fundo pras palavras entrarem e sem ter pressa de ir embora. Abrem sem dar licença para travessão alheio,muito menos dois pontos(um em cima do outro).Seguem seguindo, descontroladas,ameaçadoras e angustiantes, seguem sim.Pequenas curvas feitas à lápis ou caneta,ou até mesmo com os dedos e teclas,visualmente sem peso,tornam-se bombas,pedras,punhos pros ouvidos e pra cabeça, principalmente.
Lê-se.Ouve-se.Pouco fala-se.Muito fala-se.Pouco deixa-se falar.E tudo acaba não em um ponto final.Quizera eu.Acaba com pontos.Três.Um seguido do outro.Horizontalmente.Pro infinito.
Aqui sim, eu posso usar meu ponto final.Posso mesmo?
Postado por Kaline Rossi às 07:41 4 comentários
segunda-feira, 24 de março de 2008
Colorida Quimera.
As cores eram tão fortes e tão reluzentes que ofuscavam o sol.Seguiam uma linha perpendicular, quase uma parábola por cima das nuvens até o chão.O verde era de brócolis, mas eu não quiz pegá-los.O vermelho era de melancia,mas como era muito grande eu não consegui abrí-la.O azul era do céu mesmo, aquele azul de céu sem nuvens.No fim, que se dava rente aos meus pés, não tinha pote de ouro e muito menos de mel.Então do amarelo eu tirei palmas de banana comprida, que estavam tão doces que eu comi ali mesmo.Tinha gosto de banana mas cor e textura de manga.Quanto mais eu tirava, mais tinha pra tirar.Para as pessoas que passavam eu oferecia e eu me sentia muito simpática e prestativa, seria o efeito dos tesouros das cores? Acho que ali eu percebi que de nada valem os tesouros se você não tem com quem dividir.Então eu acordei com fome.
Postado por Kaline Rossi às 09:47 1 comentários
segunda-feira, 17 de março de 2008
Passividade
Acabe com isso de uma vez!
Eu sinto palpitar
e me pergunto porque
Me sinto culpada
Por querer que acabe logo
Consegue pegar o telefone
E dizer: Alô?Pode conversar?
Eu sei que a espera
Foi sempre uma irmã
Aliás, mais que irmã
Uma irmã gêmea univitelina
Ou melhor, um irmão
Que não hesitava em abrir o coração
Que não hesitava em chorar
Que nunca hesitava
E eu aqui, como sempre
Esperando...sempre esperando
O êxito.
Postado por Kaline Rossi às 20:24 1 comentários
terça-feira, 11 de março de 2008
Bolo sujo.
Por que
às vezes
sinto vontade
de vomitar
palavras
com ímãs
de maldade
que atraem
as coisas
(dentro de mim)
que eu não
consigo controlar
e fazer um bolo
bolo de maldade
jogar pro alto
e esperar se espalhar
retribuir o mal
com o bem
pois as coisas
e as pessoas
se transformam
e evoluem para
o que quer que seja
e na maioria das vezes
quem recebe
aproveita melhor
do que você.
Postado por Kaline Rossi às 21:41 0 comentários
Predicativos do sujeito só.
E não vejo mal algum em ter problemas.Todo mundo os tem.Quantos tem coragem de expor suas angústias? suas caras feias? suas cara bonitas? seus espelhos pixelizados(?)Suas fraquezas, suas mentiras, suas incapacidades e incompetências, suas falhas e seus medos?Poucos.
E quando não se tem pra quem pedir ajuda?Se fode e se fode conscientemente.
Postado por Kaline Rossi às 21:35 0 comentários
Dedos Inquietos - parte terceira ou segunda.Pessoa.
Por que será que as verdades ditas em terceira pessoa soam menos agressivas aos ouvidos que as assumidas em primeira pessoa de si?
E pergunto mais:Por que será que as palavras, verbos, adjetivos, defeitos e afins enfim, quando lidos senão ouvidos, doem mais?
Eu respondo baseado na verdade d'outrém: Por que temos mais tempo pra relletir, pra pensar e concordar ou não, e se inundar com todos os sentimentos ruins que nos afogam nesses momentos.Momentos estes nos quais pessoas como uma amiga(imaginária) se fazem mais fortes e mais fracas, mais mulheres e mais crianças, mais burras e mais inteligentes, mais covardes e mais corajosas.Sem terceira ou segunda pessoa.
Postado por Kaline Rossi às 21:21 0 comentários
domingo, 9 de março de 2008
Ser Mulher
'Por que ser mulher é ser humano e ser humano é ser homem, é ser mulher...'
Postado por Kaline Rossi às 16:11 0 comentários
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